segunda-feira, 20 de outubro de 2025

2675 - Chamado

 

O amor chama.

O amor atraí.

Antes do primeiro olhar,

Ou das primeiras palavras.

O amor se faz encantamento.


A alma chama sua metade.

Força inquietante,

Induzindo a passos aleatórios,

Direcionando ao norte

Do amor que chama.


De Elise Schiffer para Rosemberg 

sábado, 18 de outubro de 2025

2673 - Vida a dois

 

Na brevidade da vida a dois,

Cabem:

Abraços apertados,

Mãos dadas com firmeza e união,

Olhares de carinhos e seduções,

Sonhos de dois em um só pedido,

Gargalhadas e lágrimas com fé 

E o desejo de eternidade.


Na brevidade da vida a dois,

Ficam:

Lembranças boas e não tão boas,

Vozes circulando no lar sem alma,

Aliança no dedo e amor no coração,

Espaço vazio na cama e na mesa,

Roupas e objetos sem uso,

Saudades e esperança num depois.


Elise Schiffer

2672 - Sonhos

 2672  - Sonhos


Elevar os sonhos

Até que cheguem nas nuvens,

Soprar os pecados

Para subirem aos céus.


Pecados pesados,

Respingam das nuvens,

Ao tentarmos resgata los,

Escorrem por entre os dedos.


Sonhos sobem, pecados caem, 

Penetrando na terra desértica 

Onde culpa e arrependimento,

Tentam perdão é absolvição.


O sopro da esperança 

Eleva se até as nuvens,

Dá volta ao mundo

E retorna com os velhos sonhos.


Nuvens se refazem dia a dia,

Velhos sonhos sobem

Aos céus incansavelmente 

E os pecados garoam.


Sonhos sobem sem fé.

Pecados caem com culpa.

A garoa dos pecados

Umidecem olhos arrependidos.


A água que vem dos céus,

Resgata da terra desértica,

Sonhos e pecados decaidos

No ciclo mágico da vida.


Terra e céu

Permanecem ligados.

Levando, trazendo, resgatando,

Sonhos e pecados para evolução.


Elise Schiffer

Força e medo - ano 2014

 

A falta de forças assusta.

O viço dos músculos escorrem.

O pensamento corre,

Enquanto as pernas cansam.


Olhar para sol com esforço,

Pela enorme saudade do ontem.

Dormir não mais como perda,

Restando observar a vida que segue.


Esconder se não há mais tempo.

Perder já não é aceitável.

O que ainda é possível,

Acreditar  e lutar pelo suportável.


Os olhos caminham,

As lágrimas desobstruem a alma.

A força interior da vida,

Onde encontra la?


Elise Schiffer

18/10/2014

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Sons da idade

 

Ao nascermos 

vivemos a idade dos choros.

A primeira infância 

é  de cantigas e risadas. 

Adolescência 

é a época das canções românticas. 

Na juventude 

o som é das declamações poéticas

Na fase adulta 

vivemos as declarações de amor.

Nas gestações 

a idade é das cantigas de ninar. 

A idade da mãe 

é a idade das orações suplicantes. 

A mulher mãe 

vive a idade dos sussurros de amor.

Na velhice 

vive-se a idade do silêncio.


Elise Schiffer 

16/10/2023

480 - Vives em mim


Tu partistes 

do nosso caminhar.

Tu partistes 

dos meus sonhos.


Fiquei sem sonhos 

no caminhar solitário.

Morrestes no mundo

mas vives em mim.


Morreu as rotinas 

e ficou o vazio.

Fiquei só 

com as lembranças.


Abandono 

e Partida 

Caminham 

de mãos dadas.


De Elise para Rosemberg 

16/10/2020

terça-feira, 14 de outubro de 2025

2669 - Cartório da alma

 

Nomes registrados 

No cartório da alma, 

Perpetuam se no livro do coração.


Saudades cobram legitimidade,

Dos sonhos que preenchem 

O vazio presente.


Felicidades vividas ecoam

Com palavras e sons agradáveis,

Nos delirios que agregam.


Saudades com nomes próprios,

Vagam no passado

Buscando moradia no presente.


Respiro...


Sorrisos, olhares e sentimentos

Ficam opacos pelo tempo,

Mas com pódio no coração. 


A morte se faz presente

Como adversária invencível,

Na labuta do dia a dia.


Lembranças enganam o tempo,

Vencem a morte impiedosa

E tornam se companhia. 


Nomes registrados

No cartório da alma,

Perpetuam se no livro do coração.


Elise Schiffer

Sonhadores - Ano 2015


Os sonhadores 

se dilaceram com mais facilidade 

e se reconstroem muito mais rápido. 


Pequenos sonhos 

crescem em desejo e imaginação, 

de tal forma que sufocam a realidade.


Grandiosos pequenos sonhos 

evaporam quando não concretizados

destruindo continentes de felicidades.


Os sonhadores seguram seus sonhos 

em folhas de papel antes de serem sepulttados

e substituídos por outros sonhos.


De sonho em sonho vive o escritor solitário, 

num mundo onde a dor e a alegria 

possuem pesos diferentes da realidade.


Assim caminham os sonhadores.

Sonhando morrem os escritores.

Deixando órfãs cada folha de papel.


Elise Schiffer

14/10/2015.

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

2668. - Espera só de um


Saudade é  força com garras,

Que abraça forte só um.

Abraço que enaltece 

O passado vivido,

Sem esperar nada em troca.

As lembranças, bem precioso,

São guardadas no fundo do olhar,

Emoldurando momentos felizes,

Com lembranças moveis, 

Que dançam, voam,

Abraçam e perfumam.

Dependo da exigência do dia.

A saudade de hoje é paz,

Volitando sonhos e saudade

Só de um.


Elise Schiffer

domingo, 12 de outubro de 2025

2667 - Sentimento invasor


Os dias de saudades

Não são mais como antes.

O inesquecível se perdeu

E o eterno virou supérfluo 


Lembranças que embelezavam,

Sufocaram o cotidiano.

Como Heras grudaram na alma

E enraizaram destruindo tudo.


Pensamentos de saudades,

São indomáveis.

Impossível prende los,

Não respeitam delimitações.


Saudade é sentimento invasor,

Destroi tudo no presente.

Não deixando sonho sobre sonho,

Pois destroi o passado e o futuro.


Elise Schiffer

sábado, 11 de outubro de 2025

2665. - Linha tênue


Lembranças e sonhos, 

São separados 

Pela linha tênue 

Da saudade.

A vida segue 

Apesar da dor.

O relógio da vida,

Anuncia para breve 

O retorno das flores 

E dos sorrisos.

Os pólens do amor

Unidos 

As luzes dos sorrisos

Germinam.

Surgindo assim,

Novas floradas 

No jardim da vida,

Com flores 

Cheias de esperanças.


Elise Schiffer

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

2665. - Procissão

 

Procissão…

Caminhar morrendo a cada noite,

Esperando reviver nos sonhos.

Renascer e caminhar no novo dia,

Com a carcaça vazia de sonhos.

Procissão…

O cansaco asfixia a alma sem fé,

Que não luta para sobreviver.

A dor revive a cada amanhacer,

Que sobrevive sem sinais vitais.

Procissão…

Escrever palavras pelo caminho,

Ocultando as tristezas.

Versos sem rima,

Enfeitam a saudade.

Procissão…

Trajando esperança, 

E calçando o tempo.

Fingimos felicidade,

Com a coroação da dor.

Procissão…

Na cabeça o véu 

Bordado por lembranças,

Respeitando o passado,

Dos sonhos mentirosos.


Elise Schiffer

Surfista sertanejo


Deitado no solo rachado do sertão,

sou escravo da seca e da fome.

Surfo nas nuvens jogadas ao léu,

levando meus sonhos para brincarem no céu.

Correndo ao vento os rios flutuantes,

vão semeando esperança no inexistente.

Meu solo rachado espera gotas de vida,

gotas de nuvens em forma de água.

Quando as gotas chegarem, 

a vida vai florescer e o gado engordar.

Os rios flutuantes vão virar poça, lago e mar, 

do solo seco e rachado a esperança vai renascer.

Nas promessas das gotas de vida,

meus sonhos vão surfa no verde do sertão.


Elise Schiffer

13/10/2014

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

2663 - Tempo e Poesia

 

Tempo e Poesia

Eternizam momentos vividos

Na união acima da realidade.


Lágrimas represadas

Buscam pelo tempo nas poesias.

Onde o amor vive apesar da dor.


A solidão 

Especula reviver o passado,

Com versos de saudade voraz.


O tempo 

Destroi caminhos felizes,

Deixando o ninho silencioso.


O pensamento 

Veste se de saudade

E vaga pela vielas da mente.


Elise Schiffer

2663 - Eu lembro

 

Eu lembro! 

Porém não lhe escrevo.

Forço me a não escrever.

A fé inspiradora perdeu se.

O vaso 

Mais ou menos cheio,

Vazou e exauriu se.

No vazamento o amor se foi.

Hoje o vaso está vazio.

Eu lembro! 

Só não lhe escrevo.

Forço me a não escrever.

Lembro dos dias felizes.

Sem pensar no amanhã.

Estar vazio 

É não esperar nada,

Não desejar ou pedir nada.

Apenas manter se vivo.

Eu lembro!


Elise Schiffer

2663 - O amor


O amor é visto,

por olhos generosos.

Generosidade aos

Minerais, vegetais e animais.


O amor é sentido,

por um coração bondoso.

Bondade aos

Minerais, vegetais e animais.


Amor é compaixão,

Delicadeza e sopro divino.

Compaixão aos

Minerais, vegetais e animais.


O amor é enternecer o coração

E amar.

Amor aos

Minerais, vegetais e animais.


O amor atravessa horizontes, 

Vencendo percursos.

Percorrer junto aos

Minerais, vegetais e animais.


O amor precisa ser disseminado,

Para respeitar a existência.

Consagração aos

Minerais, vegetais e animais.


Elise Schiffer

terça-feira, 7 de outubro de 2025

2662 - Gavetas


O coração 

É um grande gaveteiro.

Algumas gavetas

Estão fechadas a muito tempo.

Outras são abertas

Diariamente.

Todas estão perfumadas,

Com as flores recebidas 

Ou presenteadas.

Há gaveta para as palavras

Desconexas sobre saudades.

Tudo é guardado

Lembranças boas ou ruins.

As gavetas guardam histórias 

De primaveras e outonos vividos.

O coração tem memórias

Cedendo a mente suas lembranças.


Elise Schiffer

2662. - Deixem me


Deixem me,

Escrever palavras desconexas 

E cantar melodias antigas,

Deixem me,

Recitar versos de amor

Sonorizando o caminho com poesias.

Deixem me,

Desenhar versos de amor

No branco das nuvens do céu.

Deixem me

Delirar por linhas tortas

Para encontra lo nas entrelinhas.


Elise Schiffer

Morte - Ano 2014


Brincar com a vida tendo a infinita,

zombar da morte por não aceita la.

Basta um tropeção,

para o rosto ser lavado por lágrimas.

O primeiro contato com a morte do corpo

estremece a alma atrelada a tantos amores.

Reconhecer que a carne morre 

é enxergar que a alma vive, 

mesmo assim sentir medo.

Desejar viver  cercada dos seus,

antes que o corpo apodreça na terra.

Rios de lágrimas não limpam o corpo

tratado com desdem por décadas.

Morrer levando uma alma errante

deixando um corpo que viveu para amar os seus,

O céu jamais poderá satisfazer os as alegrias do corpo.

A morte é uma sombra assustadora

que gela o coração e embaralha os sentimentos.

O medo aflora sentimentos assustadores, 

o maior  é o esquecimento.

Medo de que um dia ao ouvirem seu nome,

perguntem quem e o que foi.


Elise Schiffer 

07/10/2014

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

2661. - Cintilar das lembranças

 

No céu da saudade,

Lembranças cintilam,

Como as estrelas mortas, 

Embelezando sonhos.


Enquanto o mundo dorme,

A gratidão pelo amor vivido,

Passeia nos sonhos,

Que tentam chegar aos céus.


Ao repousar, a saudade 

Envolve se no manto da ausência,

Abraçando o silêncio

E pronunciando o nome do amor.


A escrita sem ornamento,

Reproduz palavras de dor,

Que presas ao peito como âncoras,

Cintilam saudades para o céu.


As lembranças cintilam,

Saudades do céu.

As palavras cintilam,

Saudades para céu.


Lembrancas e saudades juntas,

Cintilam somente amor,

Iluminando a vida,

Nos dias nebulosos.


Elise Schiffer

2661 - Lembranças

 

Nossas lembranças,

Pousam por instante,

Na memória cansada

E revivem.


Nossas lembranças,

Preenchem a alma oca,

Que aguarda o fim

E abraçam.


Nossas lembranças,

Aquecem instantes solitários,

Reanimando o coração 

E pulsam.


Nossas lembranças,

São momentos vivos,

Onde vivem eu e você 

E Nós.


Nossas lembranças,

São doces instantes,

Com platéia de um

E aclamação.


Nossas lembranças,

Brotam na terra seca,

Com raizes de amor

E germinam.


Nossas lembranças.

Nunca me deixam só,

Por virem com palavras

E versos.


Elise Schiffer

domingo, 5 de outubro de 2025

2660 - O Passado


O passado silencioso,

Invade profundamente o coração.

Sem explicações ou razões,

Liberta gradativamente alegrias.


O passado não é cansativo.

Relembrar momentos  felizes,

Fortalece o emocional

E ilumina o dia a dia.


O passado silencioso,

Olha o futuro com esperança, 

Aquece o coração solitário

E revive o bom amor.


Elise Schiffer

sábado, 4 de outubro de 2025

2659 - Pudesse


Pudesse...

Abraçar o passado,

Abraçaria forte, 

Até prende lo no agora.

Pudesse... 

Beijar o passado,

Beijaria lentamente,

Até parar o tempo.

Pudesse...

Falar com o passado,

Falaria versos de amor,

Ao pé do ouvido.

Pudesse...

Voltaria ao passado,

Ficaria a sua espera na porta,

Só para ouvir - Como foi seu dia.


Elise Schiffer

2659 - Flores

 

Plantei flores pelo caminho.

Flores que não envelhecem,

Apenas ficam entardecidas,

Atapetando caminhos com pétalas.


Plantei flores pelo caminho. 

Para que os descendentes,

Possam desfrutar,

De jardins pelo caminhar.


Plantei flores pelo caminho.

Na esperança de quando me for,

Seja flor de lembrança,

Nos corações dos que amei. 


Plantei flores pelo caminho. 

Para que os descendentes,

Perpetuem minhas sementes

E o vento leve minhas palavras.


Plantei flores pelo caminho. 

Florindo jardins em corações, 

Transmitindo amor e esperança,

Com pétalas de poesias.


Plantei flores pelo caminho.

Florescendo amor e paciência,

Para os ansiosos e descrentes,

No poder de um jardim.


Elise Schiffer

Nascer e Renascer Mãe / Ano 2014

 Nascer e Renascer Mãe  - 22/05/2014


Nascer mãe ainda bebê,

Brincar de mãe com bonecas,

Aprender a escrever mãe, 

Amadurecer o corpo para ser mãe,

Formar família e ser mãe.

Nascer filho da mãe,

Brincar mãe e filho,

Aprender rescrever mãe com filho,

Amadurecer  observando a cria crescer,

Formar nova família de Avó.

Nascer esperança de mãe na velhice,

Brincar com tempo e com netos,

Aprender eternamente como mãe,

Amadurecer a cada dia mãe e avó,

Formar Família Mãe-vó e renascer.


Elise Schiffer

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

O Escritor - Ano 2011


O escritor sonha,

Escreve, persiste,

Contorna os obstáculos 

E escreve, 

Escreve até a exaustão.

Parar de escrever 

É viver embaixo d’água asfixiado, 

Já que os pensamentos 

Brotam incessantemente,

Então o escritor escreve 

E não desiste nunca de escrever, 

Somente assim 

Ele pode respirar.

O escritor sonha, 

Escreve, persiste,

Contorna os obstáculos 

E escreve, 

Escreve até a exaustão.

Poder respirar já não basta, 

É preciso renovar 

As forças dos seus sonhos

E o sonhar de um escritor 

Só é renovado 

Com as energias dos leitores.

O escritor sonha,

Escreve, persiste,

Respira, contorna os obstáculos 

E escreve, 

Escreve até a exaustão

E renova suas forças

Com os leitores.


Elise Schiffer 

03/10/2011

2658 - Palavras


Escolhi palavras

Por companhia.

Abraço me 

Com linhas escritas,

Aqueço me 

Com folhas de papel

E por vezes 

Gargalho com as entrelinhas.


Cada palavra escrita 

É uma flor plantada

No jardim das folhas de papel,

Mesmo que não hajam

Primaveras e admiradores.


Palavras e idéias

Saem das linhas e voam.

Inquietas batem suas asas,

Carregando o sopro do sonhador 

Ao divino coração do leitor.


Palavras são energias

Com força de atração firme,

Num movimento infinito.

Conquistando escritores

E leitores.


Palavras são crescimento

Físico, intelectual e espiritual.

Ensinando o que nos tornamos

Com a descoberta da escrita

E o poder do sonhar.


Escolhi palavras 

Por companhia.

Abraço me

Com linhas escritas,

Aqueço me

Com folhas de papel

E por vezes 

Gargalho com as entrelinhas.


Elise Schiffer

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

2657 - Faz tempo


Faz tempo...

Estou longe de você.

Sonhando em ser poeta

Para doar te 

Poesias de saudades.


Faz tempo...

Que os versos

Repletos de palavras

Nos unem apesar da separação,

Porque poesia é amor vivo.


Faz tempo...

Que as palavras traduzem sonhos

E cintilam esperanças.

Sonhos não morrem

Apenas renascem ao amanhecer.


Faz tempo...

O amor baniu 

E silenciou a morte.

Porque amor é semente,

Semeada no jardim dos sonhos.


De Elise  Schiffer para Rosemberg

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

2656 - O Tempo


Encontrei me 

No fundo do seu olhar,

Permiti me 

Recomeçar ao seu lado.

Fiz minha morada 

No seu coração,

Ignorando 

O Tempo impiedoso.

Permiti me

Aquecer a mesa. 

Amanhecer a noite sombria.

Germinar sonhos antigos.

Descolorir a solidão,

E coloca lá reclusa

Sem direitos

A um despertar no futuro.

Abriguei me 

Em seus braços

Deixando 

Nossos sonhos florirem.

Os pés 

Cansados das topadas

Ficaram livres 

Para seguir o amor.

Seguir…

Não respeitar o Tempo

É um grande erro.

Impiedoso como sempre

O Tempo

Simplesmente leva embora

Os amores.


De Elise Schiffer para Rosemberg

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

2654 - Silêncio


Há um silêncio 

Escondido no borbulhar 

Dos longos dias de solidão,

Que destroem a razão 

E enfraquecem o coração. 


A saudade canta e não se rende

Ao tempo e suas intempéries.


O silêncio tem raízes fortes,

No coração rachado,

Sobrevivendo graças

As goticulas de esperança

Que regam o solo maltratado. 


Essas regas dão sobrevida 

Aos botões de lembranças.


O primeiro olhar de um amor,

Resiste ao tempo 

E suas intempéries,

Rompendo o silêncio da alma

E bailando com os sonhos.


O primeiro olhar e os sonhos

Alicerçam dias de solidão. 


Elise Schiffer

domingo, 28 de setembro de 2025

2653 - Telégrafo da saudade

 

No fio mágico 

Do telégrafo da saudade,

Versos em sinais são enviados.


Não há fartura em informações,

Somente palavras de amor

Fluindo no vazio da senilidade.


O passado se faz robusto

E o futuro cadavérico,

Com o presente enfraquecido.


Há pressa no envio dos versos,

A alma sobrevive

Na carcaça desabitada.


Chegará o tempo do fim abstrato

E dos corações desnudos,

Que se cobrem com palavras.


Elise Schiffer

2653 - Rosas de palavras


Observo o amanhecer, 

Fecho os olhos e forço me

A permenecer no sonho.

Sonhando mergulho

No seu olhar sedutor

E minh'alma 

Afoga se em prazares.

Nestes instantes

Recito poemas 

Cheios de saudades

Do passado vivido.

Hoje olho nossas fotografias 

Buscando novas experiências 

Nas mesmas historias vividas.

Somente flores e palavras 

Ludibriam o tempo

E chegam a você,

Onde nós dois caminhamos

Nas quatro estações 

Florindo nosso jardim

Com rosas de palavras.


Elise Schiffer

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

2651 - Deixe me

 

Deixe me escrever 

Para estar contigo

Nos versos de saudades.


Deixe me imaginar 

Que vives por perto, 

Por sentires saudades.


Deixe me brincar

Com a loucura,

Interpretando alegrias.


Deixe me sonhar e escrever

No silêncio sepulcral do lar.

É o suficiente.


Deixe me perseguir 

As lembranças 

E prende las nas entrelinhas.


Deixa me descer 

O sepulcro do exílio 

Para Ascender até você. 


Elise Schiffer

2287. - O amor sobrevive

 

A estiagem de lágrimas. 

Ocorre quando a tristeza 

É abrasadora.

Sua passagem seca

Tudo a sua volta.

Só o amor 

Sobrevive mumificado, 

Na lama endurecida

Do coração. 

Basta uma minúscula

Chuva de afeto,

Para o coração

Reanimar o amor. 


Elise Schiffer 

26/09/24

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

2650. - Escrever


O poeta não é escritor.

O escritor não é poeta.

Escrever

É extravassar saudades

E buscar por sonhos,

Instalados em dias de perdas.


Saudade é força crescente,

Minando a vida com perdas.

Palavras 

Alinhavam sonhos e desejos

Em costuras disformes, 

Com fios resistentes a solidão.


Elise Schiffer

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

2649 - Flores

Sempre plantei 

Flores pelo caminho.

Nos dias de estiagem,

Plantei Flores de Esperanças. 

Nos dias de tempestades,

Plantei Flores de Resistências.

Nos dias de alegrias,

Plantei Flores de Gratidões.

Nós dias de lágrimas,

Plantei Flores de Saudades.

Nos dias de solidão, 

Plantei Flores de Vidas.

Plantei Flores...

Plantei Esperanças, Resistências, 

Gratidões, Saudades 

E Vidas pelo caminho.

Plantei Flores...


Elise Schiffer

2649 - Portais

 

Os sonhos são 

Fragmentos de portais,

Onde suspiros e súplicas 

Transitam no amor já  vivido.


Como milagre no sonho,

Eis que surge o Amor Saudade,

Como cavalheiro protetor

Da parte que já foi sua.


Hoje no perigo eminente,

Num lampejo de felicidade,

No fragmento de um portal.

A saudade fez se pura alegria.


Serenamente restou,

A lembrança e o cuidado,

Voando apressadamente, 

Entre mundos de vivos e mortos.


A saudade tristonha, 

Foi acalentada pela  esperança.

Porque sonhos 

São fragmentos de portais.


Elise Schiffer para Rosemberg 

terça-feira, 23 de setembro de 2025

2648 - Lembrei


Ontem 

Lembrei do seu perfume,

De como era bom 

Me perder

Cheirando seu cangote.


Ontem 

Lembrei de você,

De como era bom 

Deitar em seu peito

Para ouvir nosso coração 


Ontem 

Seu perfume,

Pulsou no meu coração

E a saudade foi mais forte

No meu peito. 


Elise Schiffer para Rosemberg

2647 - Mentiras

 

Arranquei o amor do peito

E junto as mentiras.

Podei a árvore do "Nós"

Deixando raizes 

No solo da esperança.


No desvario dos apaixonados,

Aguardei o retorno pós morte,

Na esperança da continuidade,

Com as rosas de carinho,

Que haviam nos olhares.


Cansada rompi com a saudade,

Negando lembranças e fotos,

Que não preenchem os dias,

Dos olhos e coração 

Vazios de vida. 


A imagem do amor

Persistiu na memória e palavras,

Borbulhando versos

E poemas sem rimas

Apenas com sonhos e desvarios.


Minto caminhar em frente,

Na verdade vivo sentada,

Na plataforma do passado,

Aguardando o trem do futuro,

Na derradeira viagem.


Elise Schiffer

domingo, 21 de setembro de 2025

2646 - Mediocridades

 


Entre agulhas e linhas,

Há bordados medíocres. 

Entre o papel e a caneta,

Nascem versos medíocres.

Entre horas de um dia vazio,

Há afazeres medíocres.


Da infância a senilidade 

A sobrevida fez se medíocre. 

Num caminhar imposto

Por um Deus prepotente.

A fé medíocre refrigera

Com citações em versiculos.


No desejo medíocre do fim.

Agulhas e linhas bordam versos,

Que aprisionam a saudade.

Papel e caneta o passaporte

Permitindo a mente

Livre acesso ao passado.


Agulhas e linhas

Costuram a alma no corpo.

Papel e caneta viram asas

Conduzindo os sonhos secretos.

O tempo carcereiro impiedoso

Apenas arrasta se.


Elise Schiffer

2646 - Lembranças

 

Lembranças 

São como chuvas,

Umas caem de mansinho,

Enquanto outras são enxurradas.

Todas revigoram a vida.

Lembranças 

São como pedras,

Leves ou pesadas

Sinalizam que a vida

É resistência. 

Lembranças 

São aliadas do tempo,

Dissolvem a melancolia,

Iluminando o entardecer das perdas,

Florescendo gratidão a vida.

Lembranças 

Não são ausências, são provas

Da plenitude dos ciclos.

São sabedoria, eternidade

E gentileza no amargo que adoça.


Elise Schiffer

2646 - Escrita


A escrita

Mantém o amor vivo,

Através das palavras.

Esvazia o peito 

Das coisas não ditas.


A saudade 

Transmuta se em palavras,

Que repousam no papel,

Tentando ocultar se

Nas entrelinhas.


A solidão 

Torna se dor,

Destruindo alegrias

Do dia a dia,

Que perderam a serventia.


A morte

No aguardo do seu fim,

Resta o apego ao passado,

Para não esquecer 

O amor vivido.


Elise Schiffer

2645 - Recomeço


Dias cinzentos sorriem

Ao raiar de cada recomeço.

Esperança.

O levantar diario é benção 

Mantendo a vitoria viva.

Fé. 

A labuta diária é alimento d'alma,

Não necessitando de sabor.

Garra.

A saudade latejante é lembrete 

Dos momentos e alegrias vividas.

Promessas.

O amor antes eterno nos trai,

Partindo sem despedidas,

Abandono.

Deixando em seu lugar

O fôlego do recomeço 

A cada amanhecer.

Otimismo.


Elise Schiffer

sábado, 20 de setembro de 2025

2645 - Amor tardio


O amor tardio.

Residia nos sonhos 

E clamava incansavelmente 

Por parte da felicidade.


O amor tardio.

Vivia no coração,

Atraindo sua metade

Numa força inexplicável.


O amor tardio chegou.

Rompeu o silêncio do coração,

Guiou o caminho com estrelas,

Perfumou o trajeto com rosas.


O amor tardio ficou.

Dissipando o vazio vivido,

Expandindo o perfume das rosas,

Iluminando sonhos com estrelas.


Elise Schiffer

2645 - Aprendizado

 

Lembrar sim.

Relembrar sempre. 

Insistir com sabedoria. 

Memória são felicidades.


O passado vivo

Conduz ao futuro.

Ajustando pelo caminho

Erros e acertos no prosseguir.


Inventar se com sabedoria.

Sonhar sempre com busca.

Vencer a força do desânimo.

Construindo um presente de paz.


Temores humanos

São irremediáveis no trajeto.

Insucessos na vida,

Séries no aprendizado.


Elise Schiffer

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

2644 - Poesia

 

A poesia vivia serena em mim,

Esperando o tempo para florir

Os momentos semeados n'alma.

Tesouros e intuições de amor.


A poesia que vivi em mim,

Desabrochou colorindo os dias

E perfumando sonhos da alma,

Com versos de puro amor.


A poesia está no olhar atencioso,

Desnudando simples belezas 

Que dias atribulados

Ocultam na caminhada.


A poesia é fé genuína 

Sem súplicas ou deuses.

Apenas um caminhar

No presente indicativo do amor.


Elise Schiffer

19/09/25

Amar 19/08/2915


Quando minhas mãos 

Não puderem escrever, 

Nem traduzir meus sonhos,

Eu os transformarei 

Em cantigas de amor.


Quando minha voz 

Se fizer lenta

E não puder mais cantar

Transfornarei meus sentimentos,

Em olhares de amor.


Quando não puder olhar 

Os que amo neste caminhar

Acompanharei maternalmente

Sinalizando como um farol 

A luz do meu amor. 


Eu amo os meus.


Elise Schifffer

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

A grandeza da Rosa

 A Rosa        (18/08/2016)


Suave a rosa vive 

A doar seu perfume. 

A rosa não vive só, 

Há um botão a quem cuidar 

E encaminhar rumo ao florir.

O que há na rosa?

Há inocência 

No botão sonhando desabrochar.

Há perfume 

Doado caridosamente. 

Há também 

Vidas entrelaçandas.

Botão e rosa amadurecem

Buscando incansavelmente 

Ser doçura na natureza.

A grandeza da rosa 

Está em ser amor

Presente na vida do homem,

Seja na alegria ou na dor 

Ou simplesmente dizendo.

- Sou a presença de Deus na vida.


Elise Schiffer

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

2642. - Cativa das palavras


Sou cativa das palavras. 

A escrita encantadora

Seduziu minha alma,

Mas não libertou me da solidão. 


O pranto foi encarcerado,

Em versos sem esperanças.

O sonho perdeu seu ritmo

Na canção silenciosa dos dias.


As palavras transformaram

Desencanto em improvisos,

Saudade em refúgio.

E dor em pranto sem lágrimas.


Elise Schiffer

terça-feira, 16 de setembro de 2025

Flor dente de leão

Liberdade 

deixando sonhos seguirem com o vento.

Esperança 

voando ate alcançar a felicidade.

Otimismo 

na certeza que o amor vai florescer.


Assim é a flor dente de leão.


Angelical 

como um pedaço do céu.

Brilhante e amarela 

como os raios do sol.

Majestosa e densa 

como a juba de um leão


Elise Schiffer   -    16/08/2015

2641 - Sentimentos


Sonho e realidade

Separados pela linha tênue 

Do amor

Que ousam transintar

Entre os lados

Com o frescor da liberdade


Sonho e realidade

Caminham ao entardecer 

Onde saudade e solidão 

Podem romper a linha tênue 

Da cisão 

Com liberdade para amar


Elise Schiffer

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

2640 - Cartas

 2640  -   Cartas


As cartas de amor cessaram.

Acabaram inspirações e dores.

O coração esvaziou se de tudo e

Viciou se com a solidão. 


As cartas de amor

Agora são só lembranças.

O carteiro do amor

Perdeu se pelo caminho.


As cartas de amor e seus sonhos

Foram levadas pelo tempo.

Hoje meu silêncio é só seu

E os dias cartas de amor vazias.


Elise Schiffer

2640 - Palavras

Palavras 

Não possuem medição.

São símbolos silenciosos 

De um coração apaixonado.


Palavras

São buscas incansáveis,

Do amor apartado

Das páginas da vida.


Palavras 

São trilhos de fé 

Conduzindo o trem dos sonhos.

Com vagões de saudades.


Palavras

Trajetórias de devaneios.

Textos escritos nas nuvens,

Buscando por amores vividos.


Palavras 

Sentimentos que não morrem.

Libertam suspiros 

E desprezam a realidade. 


Palavras 

Descrevem amores diferentes,

Com esperanças nas entrelinhas

Dos que vivem distantes.


Palavras 

Silenciosamente  chamam

Pelo amor ausente

De um coração solitário.


Palavras 

São símbolos dos que amam,

Versando esperanças 

Em poemas de espera.


Elise Schiffer 

15/09/25

2640 - Momentos


Há momentos 

Que são eternos.

Momentos únicos

Ficam na alma

E não voltam.

Bons momentos 

Com morada no passado.

Bons momentos

Revividos todos os dias,

Com a força 

Das boas saudades,

Alegrias pulsantes

E amor imortal.

Não importa se hoje 

Os caminhos são opostos,

Ninguém pode roubar 

As recordações 

Dos bons momentos.


Elise Schiffer

15/09/25

sábado, 13 de setembro de 2025

2638 - Perdemos


Hoje sua morada 

É no país da Saudade.

Você virou a esquina 

Sem nunca ter partido.

Eu tornei me solo seco

Buscando vida em céus ateus.

A vida perdeu você 

E eu perdi parte de mim.

Sonhos fermentam meus dias 

E lembranças alegram os seus.

Fiz um pacto com as lembranças 

Para busca lo todos os dias.


Elise Schiffer

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

2637 - Livro da vida


O livro da vida

É formado por páginas sutis.

Páginas silenciosas

Ocultando histórias e amores.

Os romances explícitos 

São os desejados pelo coração. 

O romance real vive oculto

Nas entrelinhas de cada capítulo. 


O livro da vida

É formado por páginas sutis.

Os rodapés são floridos 

E os cabeçalhos estrelados.

O conteúdo pode ser explícito 

Ou disfarçado nas entrelinhas.

As barras latetais do caminhar

Delimitam o amar do coração. 


O livro da vida

É formado por paginas sutis.

Flores perfumam os rodapés 

Burlando odores das decepções.

As estrelas do cabeçalho 

Permitem afagos nas desilusões. 

Amores escritos em linhas tortas

Versam o primeiro e ultimo olhar.


Elise Schiffer

Depois

Quando eu me for,

Não chorem por mim.

Riam e até gargalhem.

Pequei muito.

Amei extremamente.

Acertei poucas vezes.

Acima de tudo 

Eu cuidei...

Amparei...

E fiz me mãe 

De todos.

Elise Schiffer  -   12/09/23

2636 - Sigo

 Sigo dias solitários.

Cuidando de rosas sem vida.

Abraço árvores buscando afeto

E fujo dos fantasmas do futuro.

Gargalho mais ou menos,

Maquiando a solidão com versos

E sigo...


Sigo falsos dias de felicidades,

Rompendo com a esperança.

Faço me NÓS em UM para seguir.

Dou pódio ao passado no agora.

Não olho para o futuro sombrio.

Deito me nos braços dos sonhos

E adormeço...


Elise Schiffer

terça-feira, 9 de setembro de 2025

2634 - Sereno


O passado 

É o sereno da alma.

Condensando doces momentos,

Que refrescam a saudade.

As lembranças 

Andam de mãos  dadas 

Com o presente solitário.


Gotas de orvalho

Aconchegam se aos sonhos,

Reavivando esperanças,

No jardim seco da vida,

Que aguarda ansioso

O sereno da noite,

Com gotículas de vida.


Elise Schiffer

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

2633 - Palavras

 


Não podendo conversar 

Com a saudade,

Transformei a ausência 

Em palavras. 

A dor desnudou 

A força do querer bem.

Estar só apressou 

O desejo pelo fim.

O tempo é o fiel da balança 

Entre lembranças e versos.

Para completar o caminho,

Vesti me de você.

Calei me para ouvi lo em mim. 

E assim...

Sigo serenamente  o caminho,

Com a mente livre para voar,

O coração a pulsar saudade

E as mãos a tecerem palavras.

Em dias de lágrimas 

Faço me rio de palavras 

E corro para o mar do passado.

Em dias de alegrias 

Faco me flores de palavras

Para florir seu jardim.

Sem os grilhões da carcaça, 

Um dia volitarei até ti.


Elise Schiffer para Rosemberg

sábado, 6 de setembro de 2025

2631. - LXXIII Feliz dia

 


Por mais que eu lembre 

E teça palavras.

Tu não ouves minha saudade.

Coloco me a tua espera.

Tu não vens em meus sonhos.

O silêncio absoluto é dor.

Tu és o passado presente 

Dos meus dias sem futuro.

As rosas do nosso jardim 

Murcharam por falta de fé. 

Tu és outono permanente.

A solidão não destruiu meu amor.

Nossas memórias são fiéis.

A coragem pela vida minguou.

Tu deixastes me sem norte

E os versos órfãos do leitor.

Envio te abraços entrelaçados

Com fios de versos apaixonados.

Ciente que não os  receberás.

Meu maior pecado é relembrar.

Hoje tu és versos sem rima.


Elise Schiffer para Rosemberg

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

2629 - Ciclo do amor

 


O vento da sabedoria

Leva amores,

E deixa novas sementes,

No solo fértil do coração.


O sol da vida 

Traz esperança ao solo fértil

E assim sonhos e saudades,

São acolhidos no coração.


O tempo passa

E novas floradas surgem,

No solo fértil do coração. 

Novas vidas são acolhidas.

 

Floradas de amores e versos,

Surgem no solo fértil do coração.

Poemas vivos florescem.

No ciclo infinito do amor.


O vento da sabedoria traz e leva

Flores e sementes de amor.

Assim o amor falado e cantado

Vive ciclos em proesas e versos.


Elise Schiffer

2628 - Descendências



Uma rosa murchar, 

é um ciclo se fechando.

Um botão de rosas, 

é o início de um novo ciclo.

A alternância de ciclos

comprovam a força do existir 

nas descendências.


Elise Schiffer

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Fim breve e rápido ( ano 2014)

 

Sem forças para sonhar 

A carcaça tomba,

No solo rachado 

Por falta de esperança.

Joelhos ao chão 

E lágrimas no rosto.

Coração acelerado 

Na hora da suplica.


Suplicar o que,

Se não há mais desejo? 

Suplicar...

Um fim distante 

Breve e rápido.


O amor pelos seus 

É a pressa no fim.

Pés sangrando da peleja 

Não suportam o peso.

Mãos calejadas da labuta 

Ainda doam carinho.

Coração acelerado 

Se despedindo lentamente.


Suplicar o que, 

Se não há mais desejo? 

Suplicar...

Um fim distante 

breve e rápido.


O esmeril da vida 

Tirou lhe os sonhos.

Trabalhar dia e noite,

Foi sua jornada.

Por amor 

Sua escolha foi não ter vida.

Coração acelerado

Para derradeira estação.


Suplicar o que, 

Se não há mais desejo? 

Suplicar...

Um fim distante 

Breve e rápido.


Morrer é o que resta

Para salvar os seus.

Realidade do valer mais morta 

Do que viva.

Suplicar a morte

Libertadora da vida encarcerada.

Coração desacelerado

Sem desejo a suplicar.


Suplicar o que, 

Se resta um único desejo? 

Suplicar...

Um fim 

breve e rápido.


Elise Schiffer

02/09/2014

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

2626. - Setembro chegou.

 


Setembro chegou!

Os jardins anunciam florações.

Reavivando cores e aromas.

É tempo da natureza florescer.


Setembro chegou!

Flores e a vida pulsando.

A Montanha de Rosas floresce,

Mesmo longe o amor sobrevive.


Setembro chegou!

Realçando a trinta e nove anos,

O doce sabor da maternidade

Com risos, travessuras e orações 


Setembro chegou!

Com reverências a primavera,

O inverno se despede.

É  chegada a hora de alegrias.


Setembro chegou!

A alma enxerga o amor.

As palavras versam o amor.

A saudade abraça a primavera.


De Elise para Rosemberg e Pedro

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

2623 - Lágrimas



As lágrimas.

São palavras e sentimentos represados.

Decompondo se depois de longa espera.

Surgindo assim um líquido sagrado.


As lágrimas.

Lavam as janelas da alma,

Para novas percepções na vida.

Abrindo espaço e esperança na alma.


As lágrimas.

Carregam linguagens puras da alma.

Como saudades, gratidões e

Arrependimentos.


Elise Schiffer

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

2622. - Disfarces do final



A pior dor 

É a travestida de sorrisos. 

O choro seco

É areia arranhando a alma.

A oração sem fé 

Acoberta medos do coração.

Braços vazios estendidos

São abraços sem vida.

Pés sem rumos

Caminham em vielas desoladas.

Pedidos de perdão 

Mascaram erros da mocidade.

Assim seca a vida

Na senilidade desacompanhada.

Sorrisos amarelados

E roupas com aroma de velhice.

Rosto enrugado

E alma rasgada.

Orações decoradas

Suplicando por milagres.

Braços vazios

De aconchegos e amores.

Pés parados

E mente a viajar.

Pecados transformados

Em pedidos de perdão.

A vida morre por dentro

Restando morrer a carcaça.

A sobra de um caminhar

É aguardar a derradeira partida.


Elise Schiffer

2622 - A falsa fé

 2622  -  A falsa fé 


Desanimar não é permitido.

A caminhada é ininterrupta.

A algibeira pesa na carcaça 

Com dores, decepções 

E sonhos não realizados.

Fraquezas e desilusões 

Geram falsas crendices.

No caminhar ininterrupto 

Deuses punitivos são criados.

Havendo Deuses

Eles se regozijam com as dores.

Não havendo Deuses,

Os falsos profetas assumem,

Amedrontando sofredores.

Dores são banquetes de carniças,

Nutrindo carcaças  desiludidas,

Deuses inventados por medos

E falsos profetas gananciosos.

Restando as carcaças 

Caminharem ou se libertarem.


Elise Schiffer

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

2621 - Coração


Coração deve ter asas

Para voar livremente

Do passado ao futuro em segundos.


Coração deve ter pés 

Para levar esperança 

A mãos solitárias e vazias.  


Coração deve ser de plumas

Para o repouso aconchegante 

De cabeças desalentadas.


Coração deve ser livro em branco

Para escrever amores e desamores

Com versos de amor.


O coração é o todo de um corpo

Ofertando amor pela vida

Por todo o caminho.


Elise Schiffer

2621 - A arca

 


A alma humana

É uma valiosa arca.

Armazenando tesouros

Da longa caminhada.

Olhares, palavras e sonhos

Valem mais que riquezas.

Feridas, decepções e gestos

São aprendizados certificados.

A chave da arca

É a saudade.

Permitindo acesso

A lugares e corações.

Protegidos do tempo,

Dentro da arca.


Elise Schiffer

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

2618 - Intuição

 

A intuição do alvorecer
De um gostar,
É o prenúncio do amor.
Sentimento sem tempo.
Aguardar e sonhar
São alicerces para o amor.
A janela da alma
Precisa estar aberta,
Aguardando a chegada do amor.

A intuição do alvorecer
De um gostar,
É um alerta ao coração.
Não definindo a quem amar.
Distinguindo apenas
A chegada do sentimento
E os dias cheios de flores,
Na primavera da paixão.

A intuição do alvorecer
De um gostar
Rompe barreiras.
Na espera sem tempo.
A chegada do amor pulsa forte,
No coração e na alma.
Pondo fim a espera de um gostar
E realizando o sonho de amar.

Elise Schiffer

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

2616 - Poente da vida

 


Quando os pés
Chegam ao poente da vida.
Devemos deixar
Um rastro de amor.
Um jardim para as sementes
Produzidas pelo caminho.
Perolas e pétalas
De bons ensinamentos.
Boa saudade
Repleta de lembranças alegres.

Quando os pés
Adentram ao poente da vida.
O ingresso para acesso
É o bem vivido.
O lugar para repouso
É o banco do dever cumprido.
As flores do novo caminho
São as lembranças na bagagem.
As saudades do coração
Tornam se orações,
E o aprendizado
Um passo para o regresso.

Elise Schiffer

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

2615 - Saudade apascentada

 


Saudade apascentada
É a última estação da vida.
Tudo é deixado para trás,
No final da viagem.
A dor se esvai...
O medo desaparece...
As lágrimas secam..
Os dias ficam sem um amanhã.
Restando apenas resquícios
De lembranças vividas.
A saudade apascentada
Entrelaça suas mãos a pouca vida
E segue...

Saudade apascentada
É sede diante de nascentes.
É seca de lágrimas no choro.
É medo morrendo a míngua.
É saudade sem forças.
É carcaça de mão estendida
Sem alcançar o passado.
Não há futuro sem acesso ao passado,
Resta a carcaça agonizar no presente
As lembranças vividas.
A saudade apascentada
Entrelaça seus sonhos a pouca fé
E segue...

Elise Schiffer

2615 - Dias atuais

 


A colheita de imbecis
Contamina o planeta.
Ninguém se salva
Diante da ganância
E manipulação do poder.
Os loucos são os comunistas,
Por andarem na contramão
Dos estelionatários da fé e
Michês da política sem pudor.
Os imbecis clamam por mentiras.
Os michês da política
Manipulam os imbecis
E falsos pastores pastoreiam
Falsas verdades fabricadas,
Para imbecis e michês da politica.
Dias atuais são o avesso
Da moral e boa conduta.

Elise Schiffer

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

2614 - O Tempo

 


O tempo desfaz laços,
Rompe rotinas e acalma dores.
O tempo ensina a valorizar,
As caricias do vento.
O tempo sinaliza novas perspectivas,
Para observarmos belezas sem porquês.
O tempo é mudança constante,
Transformando crenças em fé.
O tempo é um ciclo infinito,
Retornando sempre com a primavera.
O tempo desnuda segredos,
Expondo amores das entrelinhas.
O tempo é biblioteca,
Nós forçando a reler o passado.
O tempo desfaz certezas,
Transmutando árvores em livros.
O tempo rompe açudes de lágrimas,
Secando esperanças das petições.
O tempo só não é onipotente,
Porque não finda com a saudade.

Elise Schiffer

terça-feira, 19 de agosto de 2025

2613 - Saudade

 

Saudade é escuridão,
Noites sem estrelas
E vozes emudecidas
Sonhando em versarem.

A tenebrosidade da noite
Traz assombrações
Que afastam sonhos
De um pós túmulo.

O tempo arrasta se
Com grilhões do passado
Sonorizando a saudade
Do poeta apaixonado.

A fé é minúscula
O vazio latifúndio
A despejar o amor
Sem dó nem piedade.
O silêncio amasia se ao papel
Rasgando o véu do passado
Com a ponta da caneta
Que escreve poesias em fuga.

Palavras encarceradas no coração
Fogem na escuridão da noite
Temendo o açoite da saudade
Disfarçando se em poesias.

De Elise para Rosemberg

2613 - Amizades

 

A vida é uma longa viagem,
Cheia de ousadias, coragens,
Paciências e boa vontade
Com cada dia que amanhece.
Ao longo da viagem
Fazemos amigos,
Que seguem viagens diferentes,
Com rumos distantes,
Mas que ficam
Na bagagem do coração.
Amigos mesmo longe,
Nos fazem felizes
Com as lembranças que deixam.

De Elise Schiffer para os amigos.

2613 - Me dê um sonho

 

Me dê um sonho!
Onde eu não possa acordar.
Um sonho sem presa,
Sem indiferenças
Ou lenga-lenga.
Só um sonho,
Que realize meus sonhos.
Um sonho
Que serene as saudades,
Faça os pés tocarem as nuvens,
Bailando alegremente
E ao fundo o luar
Iluminando nossos corações.
Me dê um sonho!
Que habite meus sonhos
E eu não possa mais acordar.

Elise Schiffer para Rosemberg

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

2612 - Apêndice

 

Velhice é aceitação.
O idoso torna se um APÊNDICE
No grupo familiar.
A lapidação é lenta,
Requer do idoso
Sabedoria e resignação.
É preciso aprender
A conter a própria luz.
Sair da condição de luminoso
Para ser iluminado.
O coração se compacta,
Acomodando grandes amores.
Afeições incomodam aos jovens.
A sabedoria faz se livro fechado,
Idade avançada
Aos olhos alheios,
Não é fonte de sabedoria.
Como um APÊNDICE
O idoso não é mais essencial,
Sua remoção do núcleo familiar
Não causa grandes alterações.

Elise Schiffer

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

2608 - Tu

 

Tu...
Quando sorrias
irradiavas flores.
Quando falavas
perfumavas o ambiente.
Quando despertavas
iluminavas todo o dia.
Quando caminhavas
semeavas esperanças.

Tu...
Ao partires
deixastes um jardim florido.
Onde retornamos
para revigorarmos o coração.
Deixastes esperanças
reafirmando a beleza do viver.
Deixastes o aroma
da gratidão por cada amanhecer.

De Elise Schiffer para Rosemberg

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

2605 - Amor

 


Sem amor.
Um jardim não floresce nem perfuma,
A vida não possuí sombra,
O dia fica nublado e sem tempo.
Assim é um coração vazio de amor.

Com amor.
Sentimento que abriga aquecendo,
Direciona passos sem rumo,
Conduz a paz com serenidade.
Porque o amor é a primeira lei.

Amor indeciso.
É um jardim sem semeadura,
Vida que não pulsa,
Tempo escuro que não corre.
Terra infértil que não floresce.

Amor por amor.
Fonte de felicidade e doação.
Ver, ouvir e aconchegar
São as sementes do amor infinito.
Nutrindo corações sem esperanças.


Elise Schiffer

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

2601 - Pequenos sinais

 


Há momentos
Que pequenos sinais,
Desencarceram sonhos,
Quando libertos se multiplicam.
Desrespeitando a realidade.

Segundos delirantes
Constroem castelos sem alicerces,
Com jardins balsâmicos,
Porque segundos delirantes
Anestesiam as decepções.

De Elise Schiffer para Unaslaf

2600 - Final

 

Todo final deveria ser épico,
Com amores e saudades.
Como as entrelinhas dos poetas.

No ciclo dias e noites,
O fim é solitário e silencioso,
Amornado pelas lembranças.

A decrepitude assola a carcaça,
Que outrora irradiava vida é amor
Deixando rastros de poesias.

O épico virou prosaico.
O amor desnudou se da ilusão
E os versos ficaram sem rima.

O tempo fez se moroso,
Deixando como cúmplice
O vazio tácito para o fim.

A alma virou deserto.
O coração rachou com a seca
E a carcaça clama pelo fim.

Elise Schiffer

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

2598 - Lembranças

 


Seu olhar
Vive em minhas lembranças.
Desejo
Que parte do meu viva em ti.

Recordações
São nossos elos no caminhar.
O tempo
Não pode separar recordações.

Memórias viva
São energias,
Vagando
Pela vida no planeta.

Cruzando
O mesmo espaço,
Uma energia
Reconhece a outra.

Porque
Uma busca a outra.
Uma se completa na outra.
Como positivo e negativo.

Quando não mais
Estiver na carne,
Meu coração
Ainda buscará seu olhar.

Lugares e felicidades passarão,
Mas o querer bem
Não passará
Por ser energia pulsante.

Elise Schiffer