sábado, 31 de dezembro de 2022
1652 - Fartei me
1652 - Estação da união
No rio dos teus olhos
Mergulhei fundo e deixei me afogar
Para nunca mais emergir
Na brisa dos teus sorrisos
Deixei me flutuar seguindo-o
Para nunca mais ficar longe de ti
No calor dos teus beijos
Guardei meu coração
Protegendo-o do frio da solidão
Em suas mãos carinhosas
Coloquei meu destino
Confiante na estrada da união
Agora...
No rio dos teus olhos
Mergulhar não é mais possível
Suas águas são profundas e sem leito
Na brisa dos teus sorrisos
Flutuar não é permitido
Restou observar as nuvens revoando
Nas frias lembranças dos seus beijos
Congelei meu amor
Protegendo-o da morte por solidão
Sem suas mãos gentis
Meu destino caminha sem direção
Confiante em chegar na estação da união
De Elise para Rosemberg
segunda-feira, 26 de dezembro de 2022
1647 - Algibeiras das entrelinhas
Há MDCXLVII dias
a saudade transmuta se em versos
Há MDCXLVII dias
os versos enroupam poemas
Os poemas ocultam
a dor nas algibeiras das entrelinhas
Há MDCXLVII dias
versos, poemas e dor afagam a loucura
Há MDCXLVII dias
a loucura governa em solo desabitado
Na ditadura da loucura
os sonhos são companheiros fieis
Há MDCXLVII dias
a bagagem do amor está pronta
Há MDCXLVII dias
o ingresso está quitado e preenchido
Restando aguardar a chamada
do embarque a qualquer momento
Elise
quinta-feira, 22 de dezembro de 2022
1643 - Débitos
Saldar débitos
Antes da pesagem do coração
Trilhar o caminho silencioso
Que o seus vivenciaram
Curtir preocupações
Que imperaram nas mentes dos seus
Calar os sonhos
Nos dias sem lunação
Ouvir o tempo ranger
Lembranças enferrujadas
Zerar débitos
Antes de transpor a soleira espiritual
Aconchegar o próprio coração
Sem esperança ou rumo
Embalar os medos
Do pretérito com pétalas de saudades
Ouvir o silêncio
Que ocupa todos os cantos da alma
Falar sozinha
Para ouvir os ecos do amor distante
De Elise para Rosemberg
domingo, 18 de dezembro de 2022
1639 - O Tempo II
Palavras sagradas afirmam
Haver um tempo para tudo
Tempo de nascer
Iniciando o caminho do amor
Tempo de morrer
Findando o caminho do amor
No caminho amando e errando
Amando e acertando ou só cuidando
Como encurtar o caminho?
Palavras sagradas afirmam
Haver um tempo para tudo
Orar não é suficiente
Fechar as cortinas é um desejo
Quando estamos de joelhos sem fé
A implosão da esperança
Finda um projeto de amor
O caminhar sem proposito
é o tempo do amor sem reciprocidade
Elise
sábado, 17 de dezembro de 2022
1638 - O tempo
O Tempo é carrasco implacável
rompendo elos com sua lâmina
Cisão da união
O amor apartado evapora
deixando quem fica sem amparo
Divisão de um em dois
Lembranças sobrevivem
dando continuidade ao passado
Fração da vida
Sonhos escassos iluminam o futuro
que cambaleando aguarda seu fim
Parte agonizante
O presente sem vida
se faz notar pelo ranço da morte
Naco de dor
A cada novo amanhecer
mais distantes estão os apartados
Longínquos no universo das almas
O tempo é o algoz do amor
impedindo qualquer ligação
Desapego forçado
O distanciamento cria uma lacuna
onde o silêncio impera sob neblinas
Véu da solidão
Elise
quinta-feira, 15 de dezembro de 2022
1636 - O amor
terça-feira, 13 de dezembro de 2022
1634 - MDCXXXIII
MDCXXXIII dias de rotações do luto.
A saudade gira no eixo vida e morte .
Dias e noites alternam padecimentos.
A dor é dissolvida pelo tempo.
Lágrimas vivem períodos de estiagem.
Lembranças tornaram se árvore frondosa
E hoje sua sombra alberga a vida solitária.
De Elise para Rosemberg
domingo, 11 de dezembro de 2022
1632 - Quebra cabeça
sexta-feira, 9 de dezembro de 2022
1630 - Loucuras
Peregrinar no Jardim da Loucura
Neste universo tudo é permitido
No Jardim da Loucura
Cartas atravessam o portal da morte
Chegando ao destinatário apartado
No Jardim da Loucura
Poesias bailam no céu
O vento sussurra baixinho os versos
Deixando o apartado vaidoso
Ao saber que são para ele
Neste mundo amores se encontram
Porque o amor é luz
Abraços e beijos unem as saudades
Porque os apartados vivem na loucura
No Jardim da Loucura
O céu é estrelado por sonhos
A lua ilumina os apaixonados
Os dias são floridos e refrescantes
Pássaros voam e a natureza canta
Mundos separados por vida e morte
Como é prazeroso
Peregrinar no Jardim da Loucura
Neste universo tudo é permitido
De Elise para Rosemberg
terça-feira, 6 de dezembro de 2022
1627 - Percurso
domingo, 4 de dezembro de 2022
1625 - Um sonho
Há um sonho pairando sobre o Amor
Persistente tece poemas no coração.
Um desejo guardado na alma
Suplica a Deus que seja atendido.
O futuro com esperança ilumina o caminho
E os céus sonham olhando para o Amor.
O sonho do Amor junta se aos sonhos dos céus
Formando poemas de resignação.
De Elise para Rosemberg
sábado, 3 de dezembro de 2022
1624 - Tratamento alternativo
quinta-feira, 1 de dezembro de 2022
1622 - Sonhos