sábado, 27 de fevereiro de 2021

980 - Solidão

 

Solidão é brisa,
Mesmo leve apaga a luz da esperança,
Seca a boca e amarga a alma.
Solidão é força,
A rachar corações cansados,
Que sem ritmo bailam com as lembranças.
Na escuridão do silêncio,
A mente vaga buscando a felicidade.
O refúgio do coração rachado,
É ser poeta solitário.
Colocar no papel,
Que retém a magia das árvores,
Os sonhos que viraram palavras,
E com o lápis, unir palavras e magia.
Assim é possível amar sob a lua cheia.
Dançar na chuva da ilusão.
Andar de mãos dadas... sem solidão.

De Elise para Rosemberg

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

979 - Fios de palavras

Esperar mesmo ciente que não chegarás
Suplicar sem fé para um Deus sem alma
Tatear o sonho que não se pode ver
Aguardar...
Fechar os olhos para enxergar as lembranças
Falar baixinho o que não podes ouvir
Explorar o vazio na fé de te encontrar
Almejar...
Que fios de palavras liguem mundos opostos
Revelando para a vida que não lê as cartas
O amor que sofre escondido nas entrelinhas

De Elise para Rosemberg


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

975 - Sonho apressado

O sonho afobado com sua realização
Resolveu percorrer o deserto do amor
Buscando por ajuda nas cartas da vida
Andou meses por caminhos tortuosos
Passou de mão em mão atrás de ajuda

O sonho apressado cansou das veredas
Voltou ao ninho da saudade após meses
Resolveu ficar quieto é ser só um sonho
Adoçando dias futuros com o passado
E o presente com sonhos fracionados

De Elise para Rosemberg

domingo, 21 de fevereiro de 2021

973 - Saudade

A saudade que doeu
Envelheceu e morreu
Germinando a saudade suave
Brisa que acaricia as lembranças

A saudade que germinou
Agonizou e não morreu
Florindo a saudade da certeza
Com perfume de esperança

A saudade que ainda doí
Ressuscita a cada amanhecer
Deixando o amargo nas lágrimas noturnas
Tornando se doce e calma na espera pelo fim

De Elise para Rosemberg

970 - Palavras

Palavras formando correntes
Unindo pontos opostos
Separados pela morte

Palavras que transitam
No celestial e no carnal
Ligando pontos invisíveis do amor

Palavras em metade
Buscando por sílabas perdidas
Na imensidão do nunca mais

De Elise para Rosemberg

969 - Aguardar

Aguardar o amor nos sonhos,
Num encontro marcado apenas por um.
Conversar sobre momentos vividos,
Onde apenas um revive as lembranças.
Servir o café da manhã apenas para um
E refeições em pratos vazios.
O amor não pode ser pronunciado,
É som vibrante nos corações.
O olhar deixado para trás,
Aguarda a despedida não consentida.
Mãos vazias esperam o chamado.
- "Venha comigo!"
Palavras agonizam no vazio da alma,
Escritas apenas por um tentando conexão.
A solidão encobre o céu e a terra,
Esfria a vida e aquece a morte,
Tornando tudo morno e sem cor.
O amor faz se folha seca ao vento do norte,
Levada rumo a Montanha de Rosas,
Onde pétalas ao chão pronunciam baixinho
- Aguardava por você nos sonhos.

De Elise para Rosemberg

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Medo

O medo rasga palavras ao meio
Quebra pontas de canetas 
E aprisionam ideias
O medo impede 
O avanço da liberdade
Que calejada pelas  chibatadas 
Fica inerte sobre pés envelhecidos
Sem coragem para retomar a luta
O medo curva se pela idade
Diante dos sem moral
Avançar...
Avançar é o caminho

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

957 - Bordar em silêncio

 

Usar a própria voz
para rasgar o silêncio
na estação da loucura
Usar palavras em cartas
que nunca serão entregues 
ao destinatário que está na contra mão
Bordar flores sem perfumes
em toalhas vazias de refeições 
pois a fome morreu sem companhia
Apreciar com o olhar embasado
os cômodos mobiliados com a solidão
vivendo o abandono da morte e dos sonhos 
Clamar por libertação
rompendo com as algemas sentimentais que ligam elos da carne Usar a própria voz em orações sem fé no templo ateu da alma Escrever palavras na pele para não esquecer do amor arrebatado para a contra mão da vida Bordar flores para a Montanha de Rosas que habita sob a estiagem dos rios flutuantes pois as lágrimas salgaram o coração Esfregar os olhos cansados flertar com o passado ignorando a morte e aguardando os sonhos Orar enquanto borda flores de amor com seus olhos cansados para sua Montanha de Rosas De Elise para Rosemberg

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

954 - Olhares

A força do amor
Atrai corações ao mesmo lugar
Ao toque do primeiro olhar
Barreiras das desilusões são rompidas
Assim é traçado um inicio sem volta
Entre dois corações que se procuravam
Começa a ser escrito o romance eterno
De uma homem e uma mulher
A luz do primeiro olhar
Acende estrelas na estrada dos corações
Que atravessam a ponte dos sonhos
Abrem a porta da união
Deixando o primeiro beijo
Unir olhares que se buscavam
Na contra mão da vida

De Elise para Rosemberg