terça-feira, 30 de novembro de 2021

Amor

 

O amor é um sentimento de mil faces
Há momentos que ao odiarmos estamos apenas amando intensamente
O amor é um sentimento vaidoso
Há sempre o desejo que seu reflexo seja idêntico ao nosso

O amor precisa ser sereno
O amor precisa ser perdão
O amor precisa ser libertador

O amor é a única coisa que levamos na alma
Os bons momentos e as fagulhas de felicidades
O amor é solitário porque não o prendemos nem gritamos "eu te amo"
Receber é o que menos importa ao doarmos amor

Amamos longe ou perto porque o amor é luz

De Elise para Martha (minha irmã)
30/11/21

Lágrimas de amor

Ao perdermos um companheiro
Perdemos parte de um enxerto perfeito
Ao perdemos pais e irmãos perdemos partes de nós.
Perdemos parte da nossa ramificação
Assim caminhamos pela estrada da vida

Vivemos o período dos somatórios
Onde as famílias aumentam seus membros
Vivemos o período das subtrações
Onde as famílias diminuem seus membros
Assim caminhamos pela estrada da vida

Morte e vida, vida e morte
No caminho só cabe o amor
Aparar as arestas pode ser difícil mas não impossível
Só o amor pode lapidar atritos corriqueiros
Assim caminhamos pela estrada da vida

As lágrimas estão nas chegadas
As lágrimas estão nas partidas
Porque as lágrimas são o transbordar do coração
Nas alegrias e nas dores da despedida
Assim caminhamos pela estrada da vida

De Elise para Martha (minha irmã)
Lido para minha irmã em 29/11/21 no CTI

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

1251 - Palavras

Palavras sem fim
Formam versos sem rimas
Mantendo vivo o amor de um

Palavras saudosas
Recitam poesias sem rimas
Aproximando vida e morte de um

Palavras carcereiras
Mantendo a morte sem alforria
Trancando o ontem de dois no hoje de um

Palavras que dão vida
Aproximando corações apartados
Mantendo viva a carcaça de um

Palavras sem o seu leitor pontual
Jorrando saudades na nascente da fé
Desejando haja depois no fim de um

Palavras vivas
Apagando o portal do céu com a terra
Permitindo trânsito livre do amor de um

De Elise para Rosemberg



domingo, 21 de novembro de 2021

1247 - Chuvas

Dias de mansidão
O orvalho da saudade
Diz a cada amanhecer que você vive
Nas lembranças dentro de mim
Na magia das flores que perfumam os dias

Dias de aceitação
O chuvisco da saudade
Toca o rosto enrugado de mansinho
Murmurando versos de sonhos e amor
A um coração desolado

Dias de esperança
A chuva da saudade
Canta embalando corações solitários
Frases que bocas não pronunciam
Somente almas unidas decifram

Dias de insurreição
A tempestade da saudade
Revolve lembranças e dores
Trazendo inquietação ao coração
Arrancando as flores da mansidão

De Elise para Rosemberg


sábado, 20 de novembro de 2021

1246 - Agulha e linha

Agulha fria do presente
É transpassada pela linha da esperança
E juntos cosem o tecido do passado

Flores são bordadas sobre a saudade
Ocultando a dor a cada ponto ou laçada
E mantendo as lembranças vivas no dia a dia

Costurando o passado com o presente
O amor permanece junto da bordadeira
E a saudade fica escondida nos arremates

A agulha costura o "Eu te amo" na alma
A linha acaricia as mãos vazias do "bem querer"
Hoje presente e passado são flores bordadas

De Elise para Rosemberg


quarta-feira, 17 de novembro de 2021

1243 - Desapareceremos

Crença
Quando os olhos se fecham para sempre
É a imagem do amor que fica gravada na retina
Quando os lábios emudecem para sempre
O último sussurro é o nome do amor
Quando o coração dá a última pulsada
Sua força é para o amor verdadeiro
No derradeiro momento
Esperança
Mãos frias aguardarão as mãos do amor
Amparando-as rumo a eternidade
Ouvidos buscarão a voz do amor
Murmurando "Eu te amo"
O corpo frio almejará aconchego
Nos braços que aqueceram seus sonhos
Tudo acaba
Realidade
Os olhos se fecham
Não há imagem
Os lábios emudecem
Não há sussurros
O coração paralisa
Não há mais forças
Sepultar é o que resta
Verdades
Mãos frias enrijecem
Eternidade é a saudade deixada
Ouvidos fechados por algodão
Selam o silêncio com o mundo
O corpo frio decompõem se
Nos braços da mãe terra desapareceremos

Elise Schiffer para Montanha de Rosas





segunda-feira, 15 de novembro de 2021

1241 - Tempos

Você segurou minha mão
E levou me para seu mundo
Caminhamos um o caminho do outro
Tempos de Aproximação
Juntos...
Vivemos as chuvas dos verões
Dividimos nosso calor nos invernos
Colhemos as flores das primaveras
E valorizamos a calma dos outonos
Tempos de União
Fomos...
Um o reflexo do outro
Segredos decifrados no olhar
Consolidação da aliança de almas
E aliados lado a lado na dor
Tempos de Companheirismo
Ficou...
As lembranças indispensáveis para seguir
A saudade do ombro que acolhia meus medos
O silêncio da ausência que instalou se em mim
Entrelinhas que gritam seu nome
Tempo da espera

De Elise para Rosemberg




domingo, 7 de novembro de 2021

1233 - O tempo

O tempo
Transforma risos em lágrimas
Destrói sonhos e semeia lembranças
As flores das lembranças são duradouras

A saudade
É a espera constante pelos sonhos
É desejar um minuto a mais
É estender a mão e não encontrar o amor

A tristeza
É hospede que instala se e parte
Deixando em seu lugar uma substituta
Que torna se moradora permanente

A dor
É a moradora fixa sem direito a despejo
Vaidosa cobra atenção exclusiva
Não deixando espaço para um começo

O presente
Vive o passado no presente - As lembranças
Vive o futuro no presente - Os sonhos
O presente no presente é solidão

A vida
Aguarda reencontrar a felicidade
Sem tempo ou essência em qualquer lugar
E poder se apaixonar novamente (por você)

De Elise para Rosemberg



sábado, 6 de novembro de 2021

1232 - Quem morre?

Você vive em mim
Olhares maliciosos
Eu não vivo em você
Conquista serena
Você está vivo
Diálogos envolventes
Eu estou morta
Passeios inesquecíveis
Você continua meu companheiro
Paixão correspondida
Eu não sou mais sua companheira
Amor paciente
O que fazer com a espera incansável
União sólida
Meu corpo aguarda seus abraços
Florescer a vida
Meus braços não podem envolve lo
Cumplicidade a dois
Meus lábios aguardam seus beijos
Bodas indissolúvel
Meus lábios não podem toca lo
Frutificar descendente
Meus ouvidos aguardam seus sussurros
Apego eterno
Meus sussurros não podem ser ouvidos
Separação imposta
Assim é a morte
Morre quem demora se vivo

De Elise para Rosemberg







sexta-feira, 5 de novembro de 2021

1231 - Luto

O luto chega ao seu epilogo e a dor morre
Consuma se o conflito mental com as lágrimas
Findando com a ansiedade em reter um ciclo
O tempo consome a inquietação e a angustia
Sobrevive apenas o silêncio no interior da alma
E a solidão persistente em meio a multidão
Resta a interminável espera pelos sonhos
A saudade torna se patológica
As lembranças são o alimento diário do amor
O luto acaba e o amor resisti a morte
A dor morre dando lugar as alegrias do passado
As lágrimas cessam porque o corpo secou
O tempo corre deixando apenas as lembranças
O silêncio interior já ouve os risos do passado
E a solidão baila com os momentos antigos
Resta a interminável espera pelos sonhos
A saudade torna se imortal

De Elise para Rosemberg

terça-feira, 2 de novembro de 2021

1228 - Finados

Chove...
Lágrimas vindas do céu
Limpando o choro da saudade
Acariciando o rosto com beijos
Beijos em forma de pingos

Versos...
Lembranças que sobem ao céu
Secando o pranto da separação
Cisão vencida pela conexão
Conexão através dos versos

De Elise para Rosemberg


1228 - Escrever e bordar



Escrever é amor
Bordar é paciência
Amor e paciência
Burlando a saudade
A saltar das entrelinhas
E a embolar as linhas

Rosas para uma montanha de rosas