A mesma casa velha, onde tantos amores pulsaram cheios de sonhos.
A casa está cheia, com familiares e amigos para o casamento de Eli e Berg.
Dentre tantas pessoas, algumas chamam atenção, como duas primas distantes que desdenham de Eli, que irritada responde com altivez:
- Nosso descendente será Funcionário Público.
Calando as duas primas distantes, com uma catucada para ferir.
Casa cheia e movimentação para a festividade.
Eli está com seu vestido branco, estilo mais para festa que para noiva, modelo longo e justo, e tal forma que sente se linda. Completa colocando um enfeite de flores no cabelo.
Os preparativos não agradam muito a mãe de Eli que por algum motivo não declarado não deseja a ida da filha ao casamento.
A mãe de Eli esta pronta como toda mãe de noiva, embora seus cabelos estejam cheios de tintas de tingimento, já que a mesma esqueceu se de lavar a cabeça. O cabelo emplastado sobressai com a roupa para festa.
Eli pede a seu filho que limpe as paredes da casa, que estão sujas de cima para baixo até o meio. Com uma poeira espessa, como algo ruim.
Arrumada Eli pergunta a mãe com quem entrará na Igreja e sua mãe não responde, até que Eli resolve que irá entrar na igreja de mãos dadas com sua mãe.
Ao saírem da casa, Eli depara se com uma bela mesa branca, na frente da casa, para as comemorações após o casamento.
A mãe de Eli, toda arrumada e com tinta nos cabelos não quer fechar a porta, fica tentando não colocar a chave na fechadura, para que as duas não possam ir, num gesto de impedir a ida da filha.
O relógio marca 6:30 da tarde, estando o casamento com um atraso de 1:30 minutos, já que a cerimônia estava marcada para as 5:00 hs da tarde.
Eli se irrita e segura no braço magro da mãe forçando o fechamento da porta, porque havia pressa em encontrar Berg. Quando Eli toca no braço de sua mãe, ela percebe o quanto sua mãe está magra.
Na rua, quase em frente a casa, há um cortejo de quatro carros, sendo que somente 3 carros estão cheios de pessoa.
Eli caminha até o quarto carro, onde estão sua comadre Fátima e seu companheiro George ao volante, ambos no banco da frente. No último banco esta a mãe da comadre de Eli, deitada por problema de alzaimer.
Eli entra e senta - se no banco do meio do carro, que possuía três bancos, e finalmente parte para seu casamento.
São 4:10 da manhã, Eli acorda e descobre que tudo não passou de um sonho.