segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

555 - Silêncio interior

Silêncio interior.
Invade a alma e abranda a dor.
Corações murmuram palavras de amor.
Lembranças são palavras silenciosas.
Saudade é o brilho em olhares vazios.
Silêncio interior.
Só os apaixonados ouvem,
Quando estão sozinhos.
Corações conversam mesmo distante.
Com as lembranças que são calmarias.
Silêncio interior.

De Elise para Rosemberg.
555



quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

551 - Sem comunicação

Sem comunicação.
O silêncio reina absoluto,
A solidão baila com o vazio,
A saudade rodopia com o medo,
Apenas a dor permanece solitária.
Sem comunicação.
O silêncio atordoa a alma,
Que berra pedindo socorro,
Tentando dizimar sua ausência,
Apenas a dor sobrevive isolada.
Sem comunicação.

De Elise para Rosemberg.
551

sábado, 21 de dezembro de 2019

546 - Não há coragem

Viver sua solidão,
Ouvir o seu silêncio,
Chorar suas lágrimas,
Sentir seus medos.
Não há coragem!
Mãos sobre sua bengala,
Fé sob pés estáticos,
Cartas diárias sem leitura,
Solidão velando mentiras,
Não há coragem!
Onde estou tu não estais,
Dormir buscando seus abraços,
Sonhar acordada com você,
Ouvir resquícios de sua voz,
Não há coragem!

De Elise para Rosemberg.
546

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Meu Blogger

Esta página é uma homenagem muito especial. Um blogger somente para leitura e muito respeito. Não há palavrões ou qualquer tipo de pornografia. A palavra chave é saudade.
Peço aos leitores respeito e aproveito para desejar a todos uma boa leitura.
Elise

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

537 - Sem seu Céu

Sem céu...
Acordar...
Vislumbrando a lua sem céu...
Perceber que você,
Não vive mais em mim.
Seu céu...
Olhar baixo...
Não buscar pelos sonhos...
Adormecer para não sonhar.
Vagar no infinito vazio de você.
Sem céu...
Silenciar...

De Elise para Rosemberg.
537

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

527 - Você

Você marcou.
Meu coração com seu carinho.
Meus olhos com seu olhar malicioso.
Meu corpo com o seu amor delicado.
Minha vida com uma bela família.
Minha estrada com o caminhar unido.
Como mãe com um filho maravilhoso.
Como mulher com sua afeição e paixão.
Como primeiro leitor dos meus livros.
Como inspiração para cada poesia.
Você marca minha vida.
Com a saudade que amanhecer todos os dias.
Nas lágrimas que inundam a represa da solidão
Nas lembranças que alimentam minha vida.
Na dor que adormecer  junto todas as noites.
Com as cartas que te escrevo diariamente.
Nas poesias onde declaro meu amor.
No filho que prova nossa união.
No neto que da continuidade a sua lembrança.
Na esperança de um reencontro.
Você marcará minha vida.
Por estar marcado no meu coração.
Por seguir fixado na retina da alma.
Por ter deixado o calor dos seus abraços.
No prosseguimento em nosso filho.
Como professor da esperança e da felicidade.
Com a certeza de que a morte não separa.
Dia após dia com a perpetuação da união.
Por fazer parte dos meus pensamentos.
Por ter sido e permanecer sendo o meu Rosemberg.

De Elise para Rosemberg.
527





535 - O amor por instantes é eterno

Ser felicidade para alguém.
Juntar os cacos do quebra cabeça.
Fechar os olhos para os defeitos.
Ensinar a amar.
Transformar mulher em rainha,
No latifúndio do amor.
Semear o amor em todas as estações.
Adubar sementes com o calor da paixão.
Guiar corações com mãos caridosas.
Ensinar e guiar para a felicidade.
Rompimento.
Juras de união eterna morrem.
A morte rompe o elo.
As lembranças bailam sozinhas.
Os cacos do quebra cabeça não unem,
A peça central some perdida no tempo.
Resta um latifúndio vazio de felicidade.
O amor continua como rio de nuvens,
Correndo nos céus sem reino para desaguar.
Não há beleza sem o olhar da paixão.
Sem mãos apaixonadas não há direção.
Ficar.
Caminhar perdida sem destino.
Pranto seco tamanha estiagem.
Carcaça cativa no vazio que chicoteia.
Gemer de dor e não morrer.
Ser apenas um fio solto sem meada.
Solo agonizante aguardando o fim.
Esperar os sonhos como bençãos.
Por instantes viver sem tristeza ou solidão.
Saborear a paz e tocar na felicidade.
O amor por instantes é eterno.

De Elise para Rosemberg.
535




quinta-feira, 28 de novembro de 2019

523 - Palavras a garimpar

Cartas para um amor apartado.
Palavras cavando o passado,
Garimpando lembranças na alma.
Extraindo o tesouro de uma vida,
Para segura lo com mãos vazias.
Lavar cada pepita com lágrimas.
Abraça las eliminando a saudade,
Aperta las com braços sem vida.
Enxugar o pranto com as cartas.
Até a próxima carta de amor,
Com palavras a cavarem a alma,
Buscando pelo amor apartado.

De Elise para Rosemberg.
523

terça-feira, 26 de novembro de 2019

521 - Loucos os que amam

Loucos os que amam.
Loucos os que deliram.
Loucos os que vivem nos sonhos.
Abrir a porta e encontrar você.
Ver seu rosto e senti-lo perto.
Abraça-lo após 521 dias.
Explodir de felicidade.
Agarrar e não larga-lo.
Poder ver as minucias do seu rosto.
Saber que estávamos juntos. 
Acordar e saber que foi sonho.
Loucos os que deliram.
Não chorar nem blasfemar.
Ter seu rosto ficando na mente.
Sentir o abraço sem você.
Não poder segura-lo,
E ainda assim estar feliz.
Agradecer a própria mente.
A benção ilusória do sonho.
Permitindo abraça-lo como antes.
Loucos os que vivem nos sonhos.
Loucos os que deliram.
Loucos os que amam.

De Elise para Rosemberg.
521

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

513 - Lágrimas

Lagrimas internas afogam as esperanças.
Saudade é dor que agoniza e não morre.
Vazio que mistura passado com presente.
Silêncio enraizando na alma fria.
Lembranças florindo no outono da vida.
Primavera noturna onde os sonhos brotam.
Passos vacilantes por falta de apoio.
Mãos trêmulas procurando seu par.
Assim são os dias rastejantes sem você.

De Elise para Rosemberg.
513


sexta-feira, 15 de novembro de 2019

510 - Palavras e lembranças

Palavras diminuem.
Solidão aumenta.
Silêncio enraizando.
Pensamentos surgindo.
Lembranças emergindo.
Lágrimas borbulhando.
Dialogo desabitado.
Audição silenciosa.
Conversa tristonha.
Olhar vazio.
Reflexo opaco.
Flores mortas.
Montanha destruída.

De Elise para Rosemberg.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

509 - Fio de prata do amor.

Estar oca de você.
Continuar ligada por amor.
Ouvir os ecos da saudade,
Buscando por sua voz.
Gritar muitos "quereres"
Que não ecoam para ti. 
Escrever saudades.
Palavras bailando sozinhas,
Buscando ligação nos ecos.
Dor murmurando camuflada,
Fingindo aceitação na irresistência,
Para morte fria e implacável.
Preencher o vazio com poemas,
Falseando uma ligação imaginária.
Poemas transitando de emissários,
Em mundo opostos,
Seguindo o fio de prata do amor.

De Elise para Rosemberg.
509.







terça-feira, 12 de novembro de 2019

O que é Montanha de rosas?

Montanha de rosas é um blogger que codifica saudade em palavras e as palavras em poesias simples de amor.
Agradeço a cada leitor que conheceu um pouco da minha Montanha de rosas.
Elise

507 - Partir

Partir é o fato.
Esteja bem é um desejo.
Junto dos que ama é a esperança.
Ficar é a condição.
Sonhar é a espera de uma ligação.
Poetizar é mante lo perto.
Tempo é a dúvida.
Restam roupas vazia de um corpo,
Objetos sem uso marcando presença.
Morrer é a certeza.
Lembranças vagam sem presença.
Gritando que apenas um não abraça.
Solidão é o presente.
Prisão perpétua é sentença de quem fica.
Sessões de tortura é o requinte da morte.
Desabitado é o futuro
Sem sentido é o caminho no silêncio.
Uma única ponta não forma nó de união.

De Elise para Rosemberg.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Palavras e sonhos

As palavras que descrevo o mundo
São expressões de uma solidão sem desejo
Um despertar de poetiza sem ser poeta.

Meus sonhos são meu rebanho
Nascido a cada dia
Num sentido sem filosofia.

Minha fé esta nas árvores e flores
Nós morros e montanhas
Meu deus é o sol e a lua.

Minhas palavras e sonhos
São do tamanho que os vejo
Exprimindo lucidez sem sentido.

Elise

domingo, 10 de novembro de 2019

505 - Escrever

Escrevo para ti todas as manhãs.
Teço palavras que nós mantém vivos.
Escrevo poemas como elos de amor.
Redijo sonhos para vencer a separação.
Escrevo saudades que tocam o céu.
Anoto lembranças revivendo as no presente.
Escrevo sorrisos que juntos dividimos.
Registro lágrimas que juntos enfrentamos.
Escrevo pensamentos que foram só nossos.
Crio textos mantendo você vivo em mim.
Escrevo na esperança de estar viva em você,
Compondo textos que traduzam a saudade.
Escrevo e reescrevo nós dois separados.

De Elise para Rosemberg.
505


sábado, 9 de novembro de 2019

504 - Solidão

Silenciosamente a solidão devora tudo.
Buraco negro que se alimenta de vida.
Suga a dor, as lágrimas e a angustia.
Menospreza apenas as lembranças.
A solidão generosamente em sua sabedoria,
Aduba a vida que se esvai com lembranças.
Vida sua fonte de energia dia após dia.
Num pulsar enfraquecido a vida segue.
A solidão vive do parasitismo com a vida,
Que se alimenta das lembranças,
Até que a morte reivindique sua carcaça.

De Elise para Rosemberg.
504


quinta-feira, 7 de novembro de 2019

502 - Bom amor

O bom amor abraça,
Seca as lágrimas,
Vive de mãos dadas.
O bom amor é aconchego,
Sorriso devasso com pureza,
Almas com certeza de conexão.

O final do bom amor esvazia,
Esfria a pouca fé,
Acovarda a vida.
O final do bom amor exila,
É abandono sem permissão,
Lágrimas que salgam a esperança.

De Elise para Rosemberg.
502

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

501 - Primeiro beijo

O primeiro beijo roubado,
Sela almas com os mesmos sonhos,
Unindo muito mais que corpos.
Liga almas com desejos em comum,
Com olhares num mesmo horizonte,
Onde o céu e a terra se encontram.

O beijo roubado fica na lembrança.
Deixa saudade de um amor sincero,
Onde a confiança é o alicerce.
Amor que sobrevive até na solidão.
Que não é egoísta nem vaidoso.
É apenas um amor libertador.

O beijo roubado faz companhia
Na vida e no derradeiro momento,
Ao transpor a soleira da morte,
Antes de fechar os olhos...
O ultimo pensamento...
É no primeiro beijo roubado.

De Elise para Rosemberg.
501


terça-feira, 5 de novembro de 2019

500 - Coração de luto

Meu coração está de luto.
Perdeu o amor e tentar restruturar a vida.
É tempo de chorar, libertando a dor.
A morte venceu a vida sem compaixão.
Muito mais que uma despedida,
Foi o ponto final de nossa ligação.
Restou guardar na memoria as lembranças,
Tendo como aconchego a solidão.
O cansaço agoniza buscando por vida.
A raiva procura desesperadamente por paz.
A morte carece de liberdade,
É preciso deixar partir o que foi sepultado.
As lembranças eternizarão você em mim,
A dor virou silêncio após 500 dias.
Ter saudade é a certeza que você vive.
Meu coração está de luto.

De Elise para Rosemberg.
500



segunda-feira, 4 de novembro de 2019

499 - Finados

Dia de finados, choveu.
Gotas de lágrimas saudosas,

Buscando abrigo no meu coração.
O vento oco soprou sem ruido,
Viajando no chão do passado.

No dia de finados...
Despertei com sonhos e medos.
Minha mão estendida buscou por ti.
Em mundos opostos sem ligações,
Onde apenas o amor sobrevive.

No dia de finados...
Renovei a fé de que amores não se perdem,
A separação não mata a magia do amor.
Porque quem parte deixa metade de sua luz,
A brilhar iluminando o coração de quem fica.

De Elise para Rosemberg.
499
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sexta-feira, 1 de novembro de 2019

496 - Estamos bem

Esteja bem.
Desejo de um coração esperançoso,
Que ama e sonha.
Esteja bem.
Desatino de um amor grandioso,
Que deixou de ser egoísta.
Esteja bem.
Impulso de uma alma que confia,
Que amor companheiro persisti.
Estou bem.
Distante de você e viva no passado,
Onde o amor e o sonho são contínuos.
Estou bem.
Longe dos seus braços e firme na fé,
Onde vivos e mortos se reencontrarão.
Estou bem.
Caminhando dia a dia como guerreira,
Onde a trilha árdua anuncia o fim.
Estamos bem.
Distantes e confiantes,
Que um dia tudo se reúna.

De Elise para Rosemberg.
496


terça-feira, 29 de outubro de 2019

493 - Nosso amor

Nosso amor, meu amor.
Foi o mais belo poema,
O conto mais romântico,
A novela com inicio  e final feliz.
Nosso amor, meu amor.
Foi a mais bela obra de arte,
A musica mais harmônica,
O filme dos reencontros.
Nosso amor, meu amor.
Foi do beijo roubado,
Das mãos entrelaçadas,
Dos sonhos na mesma direção.
Meu amor, nosso amor,
Separado pela morte,
Ligado apenas por sonhos,
Vive o passado no presente.
Meu amor, nosso amor.

De Elise para Rosemberg.
493




sábado, 26 de outubro de 2019

490 - Vazio de nós dois

O vazio de você é gigantesco.
A dor é insuficiente para preenchê lo.
A falta de rumo é vigente.
A dor é incapaz de mover se.
Os dias são vagarosos.
A dor rasteja sem esperança.
O desejo de reencontra lo é vivo.
Os sonhos foram encarcerados.
Tentando ouvir sua voz no silêncio.
Os sonhos agonizam para não morrer.
A vida é persistente não pode fenecer.
Os sonhos são luz pulsando confiança.
O amor de nós dois é gigantesco.

De Elise para Rosemberg.
490





quarta-feira, 23 de outubro de 2019

487 - Seus e meus sonhos

Seus sonhos, meus sonhos, grudados.
Para onde seguir se não há lugar algum.
Você desapareceu dos meus sonhos.
Tentei prende lo no meu presente.
Segurar sua mão não foi suficiente.
Tudo acabou na soleira da porta de vidro.
Tentei segura lo nos meus sonhos.
Manter um elo forte nos sonhos.
Seus sonhos, meus sonhos, grudados.
Como seguir se não há amanhã.
Restou um silêncio que me engole a cada dia.
Onde estão seus sonhos?
Onde estão meus sonhos?
Nossos sonhos não estão mais grudados.
A dor da ausência  grita para o tempo correr,
Chegando em fim a hora de apagar a luz.
Seus sonhos, meus sonhos, grudados.

De Elise para Rosemberg,
487  





domingo, 20 de outubro de 2019

Agradecimento

Agradeço a cada leitor, o tempo destinado a conhecer um pouco das poesias dedicadas a minha Montanha de Rosas.
Muito obrigada a cada leitor.
Elise

484 - O passado presente

As lembranças do passado são o presente.
O hoje desfalece a cada amanhecer sem você.
O amanhã é órfão do presente estéril.
O ontem e o hoje não geram um amanhã.
As lembranças do passado são o presente.
Recordações hibridas são a fonte do presente.
O tempo é desumano e dilui as lembranças.
Como algoz  o tempo dita regras a sobrevida.
As lembranças do passado são o presente.
A dor passa e o vazio sem tempo se instala.
O presente iluminado pela união se extinguiu,
Tornou se passado vivo no presente sem luz.
As lembranças do passado são o presente.
Um presente sem o amanhecer do amor.
Num céu sem estrelas para guiar a esperança.
Onde alimentar se do passado é o que resta.
As lembranças do passado são o presente.


De Elise para Rosemberg.
484

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

480 - Não há paz


Não há paz.
A saudade que reina no seu lugar doí.
O tempo pede para te esquecer.
O coração deseja você aqui.
A esperança é carcaça agonizante.
Não há paz.
O que fazer para matar a solidão?
O coração grita seu nome a todo instante.
O tempo tenta trapacear inutilmente.
Não há como virar o jogo vil da morte.
Não há paz.
Os sonhos estão sem você.
A emoção virou medo a enlouquecer.
É difícil esconder essa dor.
Basta de tanta loucura! 
Não há paz.
Sinto falta de nos dois de mão dadas.
Dar adeus é cruel para quem fica.
Você se despediu e eu não percebi.
Meu amor não viu a morte travestida de cura.
Não há paz.
Estendo a mão e não lhe encontro.
Fecho os olhos e não lhe enxergo.
Minhas cartas e poemas não são entregues.
Minhas lágrimas secam sem seus lenços.
Não há paz.

De Eise para Rosemberg.
480

terça-feira, 15 de outubro de 2019

479 - Vida

Vida que segue...
O compadecimento se esvai.
A inquietação do luto atenua.
A lacuna da morte nos separa.
Vida que acata...
O atormentamento dos dias suavizam.
O condoimento adere a alma.
A memória ressuscita doces momentos.
Vida que segue...
Recordações invadem o coração desabitado.
Amornando a fermentação da dor.
O intervalo forçado é espera de comiseração.
Vida que acata...

De Elise para Rosemberg.
479

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

475 - Olhos, coração e braços

Olhos que já visualizaram,
Anjo de vestia brilhante como o sol,
Ancião com vestia e caminhar de Lord,
Pontos azuis bailando por amor,
São os mesmos olhos,
Hoje cegos da tua imagem.

Coração que amou e ama,
Avós, pais, companheiro, filhos e netos,
É o mesmo que não te encontra,
Seja qual for o tempo da busca.
Pulsa solitário num ranger de dor,
A cada amanhecer sem você.

Braços abertos que já abraçaram,
Amares e desamores pelo caminho,
Continuam vazios  e abertos,
Aguardando o reencontro.
Olhos, coração e braços aguardam você.
Seja qual for o tempo da conjugação.

De Elise para Rosemberg.
475



quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Sonho de 13092019

A mesma casa velha, onde tantos amores pulsaram cheios de sonhos.
A casa está cheia, com familiares e amigos para o casamento de Eli e Berg.
Dentre tantas pessoas, algumas chamam atenção, como duas primas distantes que desdenham de Eli, que irritada responde com altivez:
- Nosso descendente será Funcionário Público.
Calando as duas primas distantes, com uma catucada para ferir.
Casa cheia e movimentação para a festividade.
Eli está com seu vestido branco, estilo mais para festa que para noiva, modelo longo e justo, e tal forma que sente se linda. Completa colocando um enfeite de flores no cabelo.
Os preparativos não agradam muito a mãe de Eli que por algum motivo não declarado não deseja a ida da filha ao casamento.
A mãe de Eli esta pronta como toda mãe de noiva, embora seus cabelos estejam cheios de tintas de tingimento, já que a mesma esqueceu se de lavar  a cabeça. O cabelo emplastado sobressai com a roupa para festa.
Eli pede a seu filho que limpe as paredes da casa, que estão sujas de cima para baixo até o meio. Com uma poeira espessa, como algo ruim.
Arrumada Eli pergunta a mãe com quem entrará na Igreja e sua mãe não responde, até que Eli resolve que irá entrar na igreja de mãos dadas com sua mãe.
Ao saírem da casa, Eli depara se com uma bela mesa branca, na frente da casa, para as comemorações após o casamento.
A mãe de Eli, toda arrumada e com tinta nos cabelos não quer fechar a porta, fica tentando não colocar a chave na fechadura, para que as duas não possam ir, num gesto de impedir a ida da filha.
O relógio marca 6:30 da tarde, estando o casamento com um atraso de 1:30 minutos, já que a cerimônia estava marcada para as 5:00 hs da tarde.
Eli se irrita e segura no braço magro da mãe forçando o fechamento da porta, porque havia pressa em encontrar Berg. Quando Eli toca no braço de sua mãe, ela percebe o quanto sua mãe está magra. 
Na rua, quase em frente a casa, há um cortejo de quatro carros, sendo que somente 3 carros estão cheios de pessoa.
Eli caminha até o quarto carro, onde estão sua comadre Fátima e seu companheiro George ao volante, ambos no banco da frente. No último banco esta a mãe da comadre de Eli, deitada por problema de alzaimer. 
Eli entra e senta - se no banco do meio do carro, que possuía três bancos, e finalmente parte para seu casamento.

São 4:10 da manhã, Eli acorda e descobre que tudo não passou de um sonho.

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

473 - Estação do sonho

Sentada na estação do sonho,
O bilhete para embarque é a esperança.
O tempo vazio não desiste da espera.
Esperar pelo o amor.
Sonhar com o amor.
Ver o amor.
O trem não chega.
A espera degasta a esperança.
No entanto não mata o sonho,
Que permanece sentado na estação.

De Elise para Rosemberg.
473

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

471 - Vida e morte enlaçadas

A dor da saudade comprime o peito.
Torce o coração até que as lágrimas brotem.
Lágrimas silenciosas acumuladas dia a dia.
Chorar de saudade seca o coração transbordado.
Abrindo espaço para novas lágrimas de velhas dores.
Encharcar a alma com lágrimas silenciosas é o que resta.
O peso das lágrimas causam dor.
A dor da saudade comprime o peito.
Num vicio de dor e saudade, 
Onde vida e morte se enlaçam.

De Elise para Rosemberg.
471

domingo, 6 de outubro de 2019

470 - Sem fim

Vida morta, morte viva.
Eu sem você, você sem mim.
As lembranças ocupam o espaço da vida.
Momentos do presente perderam o valor.
Cada lugar, canto ou trilha,
Tem nos dois de mãos dadas.
Vida morta, morte viva.
Eu sem você, você sem mim.
O que há na velhice além do passado?
Na velhice não conjugamos verbos no futuro.
O tempo presente não avança no vazio de você.
Retroceder é refrigerar o coração solitário.
Vida morta, morte viva.
Eu sem você, você sem mim.
O futuro é ferrovia sem locomotiva.
Solo sem sementes, nuvens sem chuva,
Mar e céu sem horizonte.
É você na minha morte e eu na sua vida.
Vida morta, morte viva.
Eu sem você, você sem mim e sem fim.

De Elise para Rosemberg.
470

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

468 - Cartas

Cartas de amor cheias de poesias nas entrelinhas.
Cartas com remetente preso ao passado.
Cartas cheias de saudades e amor.
Cartas manchadas por lágrimas que ardem na alma.
Cartas com letras trêmulas por medo do futuro.
Cartas que relatam o dia a dia vazio de você.
Cartas que buscam aconchego num abraço distante.
Cartas repletas de sonhos não vividos e recordações.
Cartas para um destinatário certo sem endereço.
Cartas que desabrocham de um coração moribundo.
Cartas que nunca chegarão ao seu coração.
Cartas escritas e perdidas em dimensões diferentes.
Cartas que nunca serão lidas ou sentidas por você.
Cartas para o amor que vive em mim.
Cartas diárias para um amor amputado.
Cartas amontoadas na soleira da morte.
Cartas que nunca serão entregues é o que resta.

De Elise para Rosemberg.
468


sábado, 28 de setembro de 2019

462 - Mão estendida

Sua mão estendida em minha direção,
Era como sol a germinar sementes,
Como a lua desvirginando as trevas,
Como o vento sussurrando poemas de amor,
Como a chuva saciando a sede de carinho.

Sem sua mão estendida em minha direção,
Sou semente a secar na vida,
Sou breu a cegar o coração,
Sou ventania a varrer versos sem rima,
Sou chuva  afogando lembranças.

Minha mão estendida no vazio,
Não fecha por falta do que segurar,
Não tem esperança por falta de fé,
Não escreve por falta de amor,
Não chora por falta de força.

Minha mão estendida diante da morte,
Suplica para ser acolhida,
Espera sem fé pelo ponto final.
Rabisca suas últimas palavras,
Montanha de Rosas.

De Elise para Rosemberg.
462