sábado, 30 de dezembro de 2023

2016 - Passagem de ano

O último pensamento do ano
é para o amor.
O primeiro pensamento do ano
é para o amor.
Pensando no amor
na caminhada a passos lentos.
Unindo passado e presente
na passagem do ano por instantes.
Havendo um "depois"
esteja bem!
Não havendo "depois"
vivam as lembranças.
Com ou sem depois
o amor vive.
Na fração do tempo
chamada saudade.


De Elise para Rosemberg



sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

2015 - Último tomate do caixote

 

O último tomate do caixote.
É açoitado...
Pelo sol da solidão,
Pelo luar das lembranças,
Pelo vento frio dos pecados,
Pela chuva da saudade.

O último tomate do caixote.
Viveu...
Mentiras com esperanças,
Palpitações a cada miragem,
Desnudo para o amor,
Caminhando na paixão a cada manhã.

O último tomate do caixote.
Perdeu...
As miragens para realidade sem fé,
A esperança que perambula sem paradeiro,
O medo da solidão hoje travestida de saudade,
O amor para as lembranças vivas do ontem.

O último tomate do caixote.
Vive...
O silêncio dos esquecidos,
A vergonha das sobras,
O medo do último suspiro,
O desejo da derradeira visão do amor.

De Elise para Rosemberg

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

2013 - Saudades e esperanças

 

Escrever conforta
Vidas solitárias.
Aproxima corações
Que ainda amam.
Vence distâncias
Com as entrelinhas.
Seca o pranto
Silencioso do escritor.
Abraça com palavras
Saudades e esperanças.

Escrever o passado
É presente sem futuro.
Delírios em versos
Aguardando um depois.
Suplicas de um ateu
Por milagres sem Deus.
Viver o passado
Sem presente ou futuro.
Podendo abraçar o amor
Com saudades e esperanças.

De Elise para Rosemberg

2013 - Loucos que escrevem

 

Pode um poeta...
Ter uma única fonte inspiradora?
Usar palavras num só sentido?
Transitar entre os tempos?
Sim!
Só os poetas podem.
Porque os poetas são viciados em amar
Embriagam se com palavras
Da fonte chamada "presente eterno".
Fora do tempo caminham dentro da paixão
Suas hemácias são letras a versarem no pulsar
Rumando sempre para fonte inspiradora
" - O amor"

De Elise Schiffer para Rosemberg

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

2011 - Sementes de esperança

 

Guardei seu amor como sementes sagradas
No coração solitário para frutificarem
Em forma de sonhos cheios de esperanças
Ligando céu e terra numa vitória sobre a morte

Embrulhei as expectativas em papel com poemas
Cheios de versos contendo momentos de amor
Selando tudo com palavras de fé rumo aos céus


O tempo pisoteou as sementes de esperança
Tornando-as infrutíferas no coração solitário
A fé sucumbiu de dor por não haver um "depois"
Porque tudo acaba na terra sem haver um céu

De Elise para Rosemberg

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

2007 - Surfar

 

Aglomerar palavras e surfar
Em ondas bravias de lágrimas
Para não sucumbir no mar da dor
Vez por outra o mar aquieta-se
Mas há momentos de tormentas
Nestes momentos de fúria
As palavras são flutuadores
Levando o coração solitário
Sã e salvo a terra firme sem horizonte
Assim a carcaça sobrevive
Surfando em palavras
Buscando por ondas indoceis
Capaz de leva-la para longe
Onde...
Estrelas são palavras
O sol irradia poesias
As árvores tem folhas de letras
As flores são cartas de amor
E a estrada da saudade
Conduz aos braços do passado.
De Elise para Montanha de Rosas

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

2005 - Mentiras

 

Não importa o caminho a percorrer,
O silêncio é companheiro inseparável.
Fiel ao silêncio a solidão emudece os sonhos.

O silêncio geme baixinho sem chamar atenção.
As lembranças o embalam até adormecer.
O silêncio entristece-se a cada manhã,
No despertar sem sonhos com seu amor.

Não importa pessoas ou multidão ao redor,
O silêncio é absoluto em sua ditadura.
Fiel ao silêncio a solidão extermina os sonhos.

O silêncio faz se forte e dominador.
Seu choro é silencioso ao adormecer,
E enxuto a cada manhã pelas mentiras,
De que não desejava sonhar com seu amor.

De Elise Schiffer para Montanha de Rosas
19/12/2023

sábado, 16 de dezembro de 2023

2000/003 - 2000+1 em diante

 

Peregrinar por longos dois mil dias,
Buscando o caminho de volta para o nós.
Pronunciar o nome do amor ceifado,
Mantendo seu eco preso a alma.
Enganar a saudade com lembranças,
Impedindo o fim de se instalar.
Aceitar dói…
Iniciar nova contagem para peregrinar,
Fazer do dois mil mais um o ponto zero.
Desejar a cada manhã números finitos,
Impedindo uma longa caminhada só.
Usar o nós até o número dois mil,
Usando o eu para a nova contagem.
Aceitar dói…
Trilhar o caminho da negação externa.
Fingindo que não vives em mim.

De Elise schiffer para Rosemberg

2002/005 - Estação das perdas

 


A velhice é um somatório de perdas,
Preenchendo prateleiras com saudades.
A casa antes cheia de sonhos coloridos,
Hoje agoniza no cinza do luto sepulcral.
O caminhar vacilante do presente vazio,
Tropeça nos tapetes coloridos do passado.
Lágrimas secas salgam a minúscula fé,
Que ressecada nega a criação e o criador.

Um somatório de perdas desencantam a vida,
Inundando o coração com uma dor incurável.
O amor antes com raios de luz divergentes,
Hoje possui raios convergentes opacos.
Passos lentos rumam para o futuro certo,
Tropeçando a todo instante nas lembranças.
A nascente do amor secou rachando o coração,
Desmatando sonhos e criando desertos.

Elise Schiffer
16/12/23

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

1998/001 - Sem horizonte

 

Quando o horizonte desaparece.
Céu e terra ficam separados definitivamente.
A terra não toca mais os sonhos. Não há fé.
O céu não toca mais a vida. Não há esperança.
O vazio governa sonhos e esperancas sem dó.
A chibata fere a alma cansada de transgressões.
A procissão segue no desalento sem rumo.

Caminhar... Eis que os pés ainda vivem...
Descansar... Eis que a carcaça é proibida...
Morrer... Eis que viver é sua sentença...

Quando o horizonte desaparece o amor morre.
Os sonhos decaídos formam rios sem vida.
A terra solitária seca florindo só espinhos.
Sem fé ou esperança céu e terra ficam sem cor.
O que antes era amor, agora é desalento.
A chibata fere a alma cansada de transgressões.
A procissão segue no desalento sem rumo.

Caminhar... Sentença perpétua ...
Descansar... Não mais importa...
Morrer... Não é permitido a carcaça cansada...

Elise Schiffer
12/12/23

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

1997 - Passado sem peso

 


Sair do abandono é assumir a dor.
Amar tanto que a felicidade do outro vale mais.
Acordar e não poder sofrer porque só há vazio.
O passado não pendeu na balança do coração.

O amor era papel e não resistiu as lágrimas.
A bagagem de palavras está extraviada.
Nada faz sentido no hoje abraçado ao amanhã.
O passado não pendeu na balança do coração.

Perdidas estão as lembranças que formavam elos.
O amor vivo de um é apenas teimosia solitária.
O abandono e desejar o melhor andam juntos.
O passado não pendeu na balança do coração.

De Elise Schiffer

sábado, 9 de dezembro de 2023

Mulheres e Homens

 

As mães abrem a mente dos filhos, para que o mundo seja menos cruel.
Os filhos abrem a maternidade para as mulheres.
Na verdade o mundo é composto por mães e filhos, onde o amor tenta vencer as arestas.
Adultos os homens são ventos que levam sementes.

Elise.

1995 - Abandono


O pior abandono
é o pós morte.
Ser esquecido pelo falecido
é tempo sem morte.

O caminho sem direção
não encontra o final.
O silêncio ensurdecedor
esmaga o amor original.

Amar as lembranças
é o caminho do futuro.
O vazio sufoca
a esperança prematura.

De Elise para Rosemberg. 

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

1993 - Clássico de amor

 

Um vício - cartas.
Escritas com amor.
Uma loucura - sonhos.
Cartas entregues e lidas.
Um medo - morte.
Onde reina o esquecimento.
Um desejo - continuidade.
Ligando mundos separados.

Onde está a vida?

Nas palavras sem rimas,
Nos versos com saudades.
No coração de quem fica,
Seguindo em frente no vazio.
Na mente cuidadosa,
Preservando as lembranças.
No anel de compromisso,
Tornando se parte do corpo.

Até quando?

Para todo o sempre,
Num livro clássico de amor.

De Elise para Rosemberg

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

1990 - A janela


A janela da saudade
está com o peitoril gasto
De tanto a dor debruçar
admirando as lembranças

A paisagem através da janela
é onde vive o amor apartado
É do peitoril gasto
que a dor avista a imortalidade

As lembranças são vividas
em pequenas porções
A dor debruçada no peitoril
parcela as lembranças dia a dia

De Elise para Rosemberg

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

1977 - Quem partiu?

 

Você partiu,
Levando tudo, até o tempo.
Fiquei em silêncio,
Apenas com você dentro de mim.
Sem tempo e em silêncio,
Acabei perdendo me da vida.
O trajeto atual
É vazio de você e de mim.
Hoje não sei dizer
Qual de nós dois partiu.
De Elise para Rosemberg


segunda-feira, 20 de novembro de 2023

1976 - Fases a dois

 

Olhar - se encontrar nos olhos do outro.
Encantamento - nada é melhor que o outro.
Curiosidade - conhecer qualidades e defeitos.
Aproximação - estar junto o tempo todo.
Conversar - os assuntos borbulhham.
Conquistar - dia a dia semeando o querer bem
Gostar - tudo torna se agradável estando juntos.
Desejo - olhar e falar não bastam, é preciso tocar.
Descobertas - encontrar no outro os seus sonhos.
Paixão - explodir quando dois são um.
Uniao - mãos dadas.
Aconchego - dormir juntinho.
Florescer - permitir que a familia aumente.
Preocupações - prover o lar com amor e proteção.
Sussurros - “eu te amo” antes do adormecer.
Companheirismo - lado a lado em todos os momentos.
Amor - calmaria, serenidade e eternidade
De Elise para Rosemberg

sábado, 18 de novembro de 2023

1973 - Luto

Amor, Lembranças, Dor e Saudade...

O inicio do luto é um cárcere.
O coração tranca se aprisionando o Amor.
A mente fecha se encarcerando as Lembranças.
O corpo enrijece fazendo da Dor sua presa.
A Saudade olha o céu através das brechas da alma.

Os dias e as noites se alternam...

A Saudade aprende a viajar nos sonhos.
O tempo diluí a Dor que esvai se pelas lágrimas.
A mente descuida se e as Lembranças florem.
O amor adormece entre as flores das Lembranças.
O coração relaxa as fechaduras do cárcere.

Os dias e as noites tornam se menos um.

O fim do luto é uma descoberta.
O coração aprende a ser solitário.
A mente vive a garimpar pepitas de Lembranças.
O corpo relaxa tornando se carcaça.
A Saudade faz se brisa sussurrando "eu o amo".

Sobrevive os desejos - Fique bem! Esteja bem!

De Elise para Rosemberg

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

1971 - Mentir

 

Minto que não tenho medo,
Embora já sinta sua presença.
Muitas vezes nos encontramos,
Mesmo assim o medo ronda.
Estar pronta sem olhar para trás,
É despreendimento puro.
A bagagem é pequena,
Só cabe amores verdadeiros.

Minto que não tenho medo,
Embora já sinta saudade de todos.
Tantas vezes nos encontramos,
Mesmo assim não criamos afinidades.
Estar pronta sem olhar para trás,
É despreendimento com os que ficam.
A bagagem é pequena,
Só cabe bons momentos.
De Elise para Elise

terça-feira, 14 de novembro de 2023

1970 - Amor

 


O amor quando calmo e sereno
não conhece volúpia.
O amor quando doce
nunca será picante.
O amor de fim de tarde
nunca será apressado.
O amor do céu estrelado
nunca viverá o calor abrasador.
O amor do olhar apaixonado
não precisa tocar para ser real.
O amor que vive no pensamento
nunca será esquecido.
O amor de mãos dadas
vaga ao ficar sozinho na estrada.

De Elise para Montanha de rosas.

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

1969 - Realidade nua

 

Caminhar...
Olhar sua fotografia e senti-lo longe.
Ouvir sua voz e não sentir sua ressonância.
Orar suplicando esteja bem e viver sem paz.
Calar a saudade com palavras sem envio.
Finjir ter fé para preencher o vazio de você.
Brigar com Deus por não ouvir as súplicas.
Viver...
O céu ficou vazio de estrelas e sonhos.
As músicas cantam você nos versos.
As orações debocham da realidade silenciosa.
A saudade transformou-se em poemas sem rimas.
A loucura travestiu-se de fé para sobreviver.
Deus está nas cartas e poemas sem leitor.
Escrever...

De Elise para Rosemberg

1969 - Pudesse


Pudesse seguraria o tempo.
Manteria o perfume das rosas.
Ficaria dentro dos seus abraços.

Pudesse seguraria sua mão.
Diria não a solte.
Ficaria dentro do seu coração.

Elise para Rosemberg

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

1965 - O Amor

 

O amor é semente mágica.
Resistente as intempéries da dor.
Sobrevivente as inundações de lágrimas.
Capaz de bailar no silêncio profundo.

O amor é semente poderosa.
Vence a escuridão do luto.
Germinando flores de lembranças.
Perfumando com aroma doce a saudade.

O amor é semente eterna.
Caminhando lado a lado em vidas já vividas.
Transmutando-se para estar sempre perto.
Abraçando e aquietando corações solitários.

Elise para Rosemberg

terça-feira, 7 de novembro de 2023

Sonho 07/11/23

Na calçada junto a meninos que soltam pipa. Ali esta ela descalça e meio sem rumo. Após um tempo na calçada sai andando por uma rua desconhecida. Até que chega a um lugar já conhecido. Uma Igreja com uma bela calçada a frente. Ela pensa em entrar, mais a Igreja está cheia por dento e por fora, já que até do lado de fora há muitas mães segurando seus bebes no colo assistindo a missa.

A visão da Igreja, das mães e dos bebes é muito nítida na mente depois de acordar.

O que tem no sonho: Pipas, pés descalços, lugar desconhecido, Igreja, missa, mães com bebes no colo.

Elise


O anjo (pequeno conto)

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

1959 - Pudesse...

 

Pudesse...
Teria parado o tempo nos nossos beijos.
Teria segurado você na minha vida.
Teria gritado expulsando a morte.
Pudesse...
Iria correndo te encontrar.
Iria declamando versos para ti.
Iria ouvir sua voz até adormecer.
Pudesse...
Diria não me esqueça.
Diria mil "eu te amo".
Diria que foi, é e será o meu melhor.
Pudesse...
Morreria só para te ver.
Morreria no seu lugar.
Morreria de mãos dadas com você.
Pudesse...
Mandaria o vazio de você embora.
Mandaria rosas todos os dias para você.
Mandaria chuva de beijos em forma de pétalas.
Pudesse...
De Elise para Rosemberg

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

1952 - Verso e poesia

 

Ao partires deixastes as lembranças
Fiz da saudade um barco seguro
Assim viajo até você diariamente

Os versos só seus são ondas no nosso mar
Velejando rapidamente o barco da saudade
Na rota das estrelas do seu olhar

Ao partires deixastes o amor como um farol
Fiz deste sentimento rota segura
Assim a viagem solitária faz-se aconchegante

Eu sou seus versos e você minha poesia
Juntos conduzimos o amor pelas entrelinhas
Do grande poema da saudade

De Elise para Rosemberg

domingo, 22 de outubro de 2023

1947 - Rosas

 

Dou lhe um dia e uma noite de Rosas..
Rosas chá por gratidão,
Por cada olhar de amor que guardei no coração.
Rosas amarelas de saudades.
Dos nossos momentos juntos no caminhar.
Rosas vermelhas pelo amor que nos uniu,
Um amor companheiro, sereno e constante.
Dou lhe simplesmente um jardim,
Com caminhos de pétalas,
Representando nossas lembranças.
Um jardim impregnado com aroma das rosas,
Levado pela brisa viva do passado.
Substitui o sol por uma rosa alaranjada,
Unindo nossos dias num só dia.
Substitui a lua por uma rosa branca,
Unindo nossas noites num mesmo sonho.
Estrelas cadentes em forma de mini rosas,
Para que possamos ter um mesmo desejo.
Por fim uma chuva de rosas-beijos,
Para minha montanha de rosas.
De Elise para Rosemberg.