861 - O banco

Peregrinar na rua, velha conhecida dos dois Amores.

Atingir o local e observar seu Amor

Através do muro com cobogós.

O Amor que esta no espaço interior

Visualiza a chegada externa do seu Amor.

Cobogós ligam discretamente interior e exterior.

Olhares se cruzam findando com a demarcação.

Imediatamente Amor levanta se do banco

Caminhando em direção a linha divisória,

Onde está o balcão que define os lados.

O amor que chegou dirige se ao balcão.

A guardiã do balcão exibe a listagem com nomes.

Lá esta o nome do Amor que Amor procura.

O Amor que chegou assina logo abaixo.

- Amor.

Neste instante a guardiã dos lados comenta.

- É a terceira vez que Amores ficam juntos."

Amor reencontra seu Amor que esta todo de branco.

Juntos novamente...

Amor e Amor sentam se no banco e conversam.

Corações aflitos estão apascentados por um tempo.

De Elise para Montanha de Rosas

* Cobogós = Tijolos vazados

sonho de 30/10/2020 - 860 Não publicar 2 sonhos

Caminho por uma rua, um local velho conhecido de nós dois.

Chegando no local é possível observar você através do muro com tijolos vazados.

Você também pode me ver, imediatamente você levanta se do banco onde esta sentado.

Você caminha em direção a portaria, onde tem um balcão.

Eu chego a entrada, dirijo me ao balcão.

A senhora do balcão mostra me um listagem com seu nome e eu assino logo abaixo de 3 ou 4 nome. Eu assino "Márcia".

Neste instante a Senhora comenta com um rapaz que também está no balcão. 

- É a terceira vez que eles ficam juntos."

Eu entro e vou até você, que está todo de roupa branca.

Vamos nós dois juntos até o banco, sentamos e conversamos.

OBS.: não lembro da nossa conversa. Lembro com nitidez da rua, do muro vazado, de você sentado no banco com a roupa branca, você vindo em minha direção, da senhora na entrada, da lista com nossos nomes, eu assinando meu nome, quando nós dois caminhamos para sentarmos no banco e finalmente conversamos.

Muito bom este sonho.

A tarde sonhei com você novamente.

Após o almoço fui deitar em sonhei com você.

Nós dois estávamos sentados, juntos, num banco e conversando. Falávamos que eu ia ter outro filho, uma menina. Na conversa nós dois riamos muito sobre o que iam pensar e falar de nós dois velhos e com um bebe a caminho.

Eu ria e colocava minha cabeça no seu colo.

Esse dia foi maravilhoso.

858 - Navegar

O fim da esperança

É um navegar sem âncora.

O amor perde a estabilidade

Vivendo no turbilhão da dor.

O vento sopra sonhos

Que cruzam velas despedaçadas

Longe do corpo vivo

A alma veleja sem ondas.

O mar da vida separa cônjuges

Que seguem mareando sem esperança.

De Elise para Montanha de Rosas

857 - Faz de conta

O amor sereno não possui fechaduras.

Respeitador.

Deixar partir é acreditar na força da união.

Obstinado.

É ter certeza que a felicidade foi aurora,

Sensato.

Aqueceu corações quando esteve no apogeu

Encantador.

E embalou sonhos quando crepúsculo.

Magnífico.

O amor saudoso não possui fechadura.

Bondoso.

Aguarda o retorno de parte do seu coração.

Educado.

Na certeza que o crepúsculo será aurora.

Responsável.

O sonho norteará o passamento.

Generoso.

O amor sereno será livre no faz de conta.

De Elise para Montanha de Rosas

853 - Procissão da vida

A procissão da vida não pode parar

Mudanças para reflexões acontecem

Rumo ao fim é a direção da estrada

Caminhar em frente...

A cada marco zero uma nova parada

Secar o pranto e seguir o caminho

Resta caminha sem olhar para trás

Espernear não adianta...

A velha procissão recebe a saudade

O pôr-do-sol da vida perde a cor

Silenciosamente os pés se arrastam

Seguir é o que resta...

Depois do marco zero não há mais NÓS

Perdida ficou a vida antes do término

Voltar não é permitido nem suplicando

Caminhar... Espernear... Seguir...

Rompimento eterno de almas

Deixando lembranças na bagagem

O slogan "nunca mais" torna se real

Caminhar em frente...

Espernear não adianta...

Seguir é o que resta...

A saudade convoca as lembranças

Pés descalços e coração nu sonham

Olhos fechados revivem o passado.

De Elise para Montanha e Rosas

851 - O que Há?

Entre o céu e a terra

Há saudades e lembranças

Entre o dia e a noite

Há sonhos vazios

Entre verdades e mentiras

Há segredos irreveláveis

Entre liberdade e prisão

Há lágrimas e dor

Entre a vida e a morte

Há exaustão e perda

Entre viver e morrer

Há ímpetos e inércia

Entre incertezas e fé

Há esperanças indefinidas

De Elise para Montanha de Rosas

848 - Lar da saudade

O coração não pode ser falso

Ao gritar pela felicidade.

Como suportar a perda do amor

Por duas vezes.

A morte retira o amor sem permissão.

O tempo dissolve os sonhos sem anuência.

Embora a ausência pareça abandono,

É possível ouvir o amor no silêncio,

Sem poder toca lo.

A saudade desprende se do corpo a noite

E sai a procura do seu amor.

O tempo diluiu as lembranças nos sonhos,

Não permitindo revive las.

A morte levou o amor e deixou a tristeza.

A alma jaz no peito, o lar da saudade.

De Elise para Montanha de Rosas. 

839 - Medos no sonho

O medo...

Você no meu sonho...

Caminhos sombrios sem você.

Águas turvas que invadem o medo.

Lugares estranhos sem você.

O medo...

Você não estava lá...

Invasões, conversas e lábias vãs.

Cabelos longos presos ao nó.

Galanteios apavorantes de um qualquer.

O medo...

Onde você está hoje?

De Elise para Montanha de Rosas

840 - Caminhar no desterro

 

Transpor a soleira da morte

E caminhar na estrada do desterro.

Num rumo solitário e silencioso,

Purgando pecados sem remorso.

Lá não estará o amor de uma vida,

A companhia será apenas a saudade,

Das bem-aventuranças da vida a dois.

Não podendo escrever cartas de amor,

Restará recitar o nome de quem se foi,

Tal qual poesia para todo o desterro.

As lembranças serão transformadas

Em contos cantados bailando no silêncio,

E assim o amor não se consumirá.

Perambular no desterro com as lembranças,

Tendo as como religião sem templo,

Onde amar te é a filosofia.

De Elise para Montanha de Rosas

838 - Há...

Há dias de pouca dor,

Há dias de muita dor,

Há dias longos e vazio.

Sem vida o corpo esperneia,

Sem alma o corpo fede,

Sem fé o corpo virá pó.

Sozinha a lembrança vem,

Sozinha a esperança falece,

Sozinha as mãos te aguardam.

Há sonhos sem aproximação,

Há sonhos de negação.

Há uma espera perseverante.

De Elise para Montanha de Rosas

837 - Vida a dois

 

O melhor da vida a dois.

É o abraço acolhedor.

É o silêncio que ouve a dor.

É o "eu te amo" como conselho.

É encontrar sabedoria no olhar.

É ter as lágrimas secas com um beijo.

O melhor da vida a dois.

É viver de mãos dadas embora distantes.

É caminhar descalço em estradas de diamantes.

É olhar o mesmo horizonte todos os dias.

É viver junto mesmo em mundos opostos.

É amar o passado no presente rumo ao futuro.

De Elise para Montanha de rosas.

836 - Chuvas

Saudade é como chuva.

Há as que chegam de mansinho,

Garoando sobre as lágrimas do amor.

Há as que chegam destruindo tudo,

Transformando o silêncio em trovoadas.

Ambas renovam a vida com carinho.

A seca da saudade é renovada,

O solo úmido abraça as lembranças,

Que germinam em sonhos de amor.

Os sonhos florescem perfumando tudo.

A vida segue no solo seco pela morte,

Aguardando gotas de vidas que vem do céu,

Germinar lembranças em floradas de sonhos.

Há sonhos bons...

Há sonhos ruins...

Importa apenas que tu estejas nos sonhos.

De Elise para Montanha de Rosas

831 - Lua cheia

Lua Cheia...

A lua que ilumina cá

É a mesma que ilumina lá.

Mundos opostos.

Sentimentos vivos.

Plenilúnio...

Cá é onde a saudade fez pousada

Lá é onde o amor fez seu pouso.

Mundos contrários.

Sentimentos pulsantes.

Lua azul...

A lua que brilha no pouso do amor

É a mesma na pousada da saudade.

Mundos antagônicos.

Sentimentos palpitantes.

Lua cheia...

A lua que mantem seu mundo vivo

É a mesma que ilumina meu mundo.

Mundos solitários.

Sentimentos desacompanhados.

De Elise para Montanha de Rosas

831 - Dúvidas e certezas

Escolha...

Escolhi você a cada manhã

para continuarmos juntos na caminhada.

Certeza...

Amei você todos os dias

como amigo, companheiro e amante.

Confiante...

Semeamos familiaridade em nossos corações

conscientes de que o tempo era de união.

Repentinamente...

Acordo sozinha todas as manhãs

caminhando na busca por nossos sonhos.

Restou...

Lembranças que preenchem os dias

e alimentam o companheirismos sem fim.

Dúvidas...

Esteja bem é o desejo de você continuar vivo

fique bem é tentar acreditar que há tempo para nós.

De Elise para Montanha de Rosas