Parte do romance "O Ferreiro"
A beleza da mocidade não atraia o amor
A idade somava se a solidão de cada primavera
O amor primeiro não foi o esperado dos planos
O namoro estava fora das expectativas culturais
Sua pureza foi dada a um larápio com capivara
Suas núpcias foram com um hetero/homossexual A companhia amorosa foi aceita por total solidão
Fingir ser amada e feliz foi a opção que restou
Interpretar tornou se realidade da felicidade
Sua vida fictícia transbordava encantamento
A perda da companhia destruiu a fantasia
Restando o luto grandioso na alma entorpecida
Delírios gigantescos com a felicidade usurpada
Sofrimentos imaginários da realidade
Luto real com dor supervalorizada
Dúvidas...
Quem havia morrido?
O companheiro, a fantasia, o amor ou a loucura?
Fabuloso foi o amor vivido na imaginação
Sofrer enaltecia e fortalecia a união
A realidade falecida nunca teve vida
De tanto fingir sofrer
O sofrimento da perda tornou se real
A mentira criou vida a pulsar saudade
Verdades foram diluídas com as mentiras
O amor tornou se um conto de fadas enlutado
A realidade tornou se loucura prazerosa
E o sonho grandioso do amor foi alcançado
Elise