domingo, 29 de novembro de 2020

889 - Perfume

Embriaguei me com seu perfume.

Hoje ...

Seu perfume fez a saudade dar me uma carraspana.

Enamorei me por você, fragrância das minhas noites.

Hoje...

Estrelas do seu olhar formam uma constelação solitária.

Vesti me de essências para bailarmos no firmamento.

Hoje...

A mortalha cobre um corpo sem a unção do seu perfume.

Caminhamos juntos nos campos das bem aventuranças.

Hoje...

Sua voz meiga retumba em meu coração sem aroma.

Seus poucos sorrisos floriram em meu jardim.

hoje...

Deixo me embriagar com o perfume das lembranças.


De Elise para Rosemberg

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

887 - Canção do amor

A canção do amor é infinita
Guarda segredos de uma vida
Enche de saudades um corpo sem vida
O coração canta embalando lembranças
Onde almas se tocam em mundos opostos
A canção do amor deixa corações atados
Recomeço e fim se interligam
O que restou só sente saudades
O que se foi só sente saudades
Olhos fechados é viver os sonhos
Pálpebras aberta é viver a morte
A canção do amor retornou me você
O frio da morte invadiu meu corpo
Restou apenas o ultimo suspiro
Sussurrando "sou louca por você"
E o grito de amor pronunciando seu nome

De Elise para Rosemberg

domingo, 22 de novembro de 2020

Dialeto dos poetas

                                     A língua dos poetas                                                                                                                      é a língua do coração. (Jean Cocteau)

Utopia é um lugar que não está em mapas.
Ela vive na pátria do coração.
Onde residi o dialeto dos poetas.
O coração de um poeta nunca está só.
Ele vive na terra prometida aos sonhadores.
Onde as palavras escutam, aconselham e iluminam.

Elise Schiffer
22/11/20

sábado, 21 de novembro de 2020

882 - Silêncio

 

As palavras rasgam o silêncio sepulcral
As lembranças colorem a vida desabitada.
Não há mais par.
Apenas um a cortejar a lua com seu silêncio
Aspirando que seu par contemple o céu.
Não há mais par.
Rosas e orquídeas presenteadas no passado
Perfumam o jardim do coração apartado.
Não há mais par.
O vento a varrer esperanças de amor
É o mesmo que traz aromas que tocam a alma.
Não há mais par.
As palavras sonorizam emoções e saudade
Do amor que partiu deixando o silêncio sepulcral.

De Elise para Rosemberg

terça-feira, 17 de novembro de 2020

878 - Palavras poéticas

As palavras possuem almas poéticas.
Carregam em si sentimentos vivos.
Como pássaros ganham o mundo,
Sussurrando sonhos de amor,
Aos corações saudosos dos dias felizes.

As palavras vibram esperança e fé.
Expandindo sensações de felicidade,
Penetrando nos ouvidos adormecidos,
Acordando sonhos de amor. 
Revivendo o passado no presente.

As palavras ligam vida e morte.
Cerzindo saudades que não se tocam.
O ninho das lembranças pulsa vida.
A dor ofegante da cisão entre morte e vida,
Alberga se no ninho das palavras poéticas.

De Elise para Rosemberg.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

871 - Resignação

Paz no coração rumo a evolução
Luz e brisa fresca para trilhar
Caminhos onde não há dor.

Saudade é palavra doce e poética
Ninando lembranças feitas de arroz doce
No amargo céu cintilante da velhice.

Lembrar do amor é tornar se forte
Reviver o gosto do primeiro beijo
Ser abençoada numa estrada de erros.

A revolta é vencida pela resignação
De ter caminhado de mãos dadas
Com a doce montanha de rosas.

De Elise para Rosemberg

870 - Bom dia

Bom dia para o amor...
Bem e cercado de corações afins,
É o desejo maior do coração.
Lembranças ocupam as entrelinhas
Do bom dia para o amor.
Um amor saudoso que não voltará.
Restam lembranças boas
E as nem tão boas assim,
Que alimentam o vazio do amor,
O vazio do olhar devasso,
Das palavras ponderadas e da paixão.
Viver o amor com o Amor,
É um presente dos céus.
Lembranças são balsamo para a dor,
Companhia para a caminhada solitária,
Acalmando medos e o coração.
Lembranças tornam se orações
Palavras de agradecimentos,
Por ter sido amada e amado
Por toda uma vida.
O último desejo - Esteja bem!

De Elise para Montanha de Rosas

domingo, 8 de novembro de 2020

869 - Saudade

Saudade decodificada em palavras
Eternizando lembranças vividas
A memória é a guardiã do passado
Num presente vazio de vida
Onde saudade e passado vivem juntos

Saudade decodificada em palavras
Flutuando rumo aos céus sem fé
Formando nuvens de lembranças
Que pesadas de tanta solidão
Caem do céu em formas de gotas.

Saudade transformada em lágrimas
Revivendo lembranças de uma vida
A memória é o único elo
Ligando passado e presente sem vida
No futuro que nunca possuirá palavras

Saudade transformada em lágrimas
Inundando o presente árido de vida
Onde somente as lembranças germinam
Alimentando a solidão faminta
Do companheirismo e das mãos dadas

De Elise para Montanha de Rosas
869

terça-feira, 3 de novembro de 2020

864 - Jazigo

Jazigo branco feito de nuvens.
Crucifixo a amparar poesias.
Flores entre o crucifixo e as poesias,
Perfumando lembranças do passado
E camuflando o hoje sem colorido.
Assim é a morada do mais nobre ébano
Que viveu para acolher corações.
Imagem reluzente na pequena foto
Relembrando instantes de felicidade.
Descanso eterno ligando a terra e o céu,
Consolidando a esperança de um depois.
Jazigo branco feito de nuvens.

De Elise para Rosemberg


domingo, 1 de novembro de 2020

862 - Flanar (finados)

O céu chora por cada coração saudoso.
Lágrimas frias e amargas pelas perdas.
O amor que ficou chora de saudade.
O amor que se foi chora de saudade.
Chorar...
Rompido esta o elo a unir corações.
Chorar é o que resta...
Reencontrar não mais é possível.
Agarrar se a fé é o desatino do amor.
O corpo morre e o amor sobrevive.
Flanar é o destino do amor sem corpo.
Chorar...
Rompido esta o elo a unir corações.
Chorar é o que resta...

De Elise para Montanha de Rosas