sábado, 21 de novembro de 2020

882 - Silêncio

 

As palavras rasgam o silêncio sepulcral
As lembranças colorem a vida desabitada.
Não há mais par.
Apenas um a cortejar a lua com seu silêncio
Aspirando que seu par contemple o céu.
Não há mais par.
Rosas e orquídeas presenteadas no passado
Perfumam o jardim do coração apartado.
Não há mais par.
O vento a varrer esperanças de amor
É o mesmo que traz aromas que tocam a alma.
Não há mais par.
As palavras sonorizam emoções e saudade
Do amor que partiu deixando o silêncio sepulcral.

De Elise para Rosemberg