quinta-feira, 31 de agosto de 2023

1895 - Vagar

Vagar...
No limiar de lugar nenhum
Buscando o amor perdido para morte
Vagar...
Sonhar desejando um encontro
Tentando falar da saudade e do vazio
Vagar...
Rever o amor é a predestinação
Sufocada pela saudade agonizante
Vagar...
Acordar e permanecer sem o encontro
Aferrolhando as lembranças vivas
Vagar...
Amenizar a saudade e o vazio de "dois"
Delirando no sonho da busca incansável
Vagar...
Divagar por um encontro acolhedor
Sentindo a dor corroer a fé
Vagar...
De Jonek para Berg


terça-feira, 29 de agosto de 2023

1893 - Palavras perdidas

Palavras perdidas
Buscando pelo amor de outrora
Versos que cantam só saudades
Peito sem fôlego para declamar
Poemas a iluminarem sonhos
Saudade que não alça voo aos céus
Rastejando pelas escadas da mente
Buscando aconchego nas lembranças

Palavras escritas
Buscando um elo com o porvir
Versos suplicando por uma mão estendida
Peito saudoso exausto para declamar
Incapaz de alar-se até as estrelas
Palavras de amor perdidas ao vento
Abraçando a saudade com poemas de luz
Iluminando o blecaute do amor desolado

De Jonek para Berg



segunda-feira, 28 de agosto de 2023

1892 - Orações

A mente faz orações diárias
A petição maior é que o amor
Esteja bem!
O coração faz orações a todo instante
A petição  pulsante é que os sonhos 
Estejam num depois!
A fé agoniza na estrada da separação
Restando apenas o desejo maior
Um minuto a mais!
Bons momentos acabaram
A mente protege as lembranças
O coração preserva o amor
A fé suplica por um depois

Jonek

domingo, 27 de agosto de 2023

1891 - É pouco

O corpo agoniza
com a ausência do amor
A alma enfraquecida
tem fome do amor presente
O desejo maior
chegar perto do amor
Amar com sonhos e palavras
é pouco!
Cartas e poesias
são extensões da saudade
Impossível tocar a vida
de quem segue distante
O corpo debilitado
tem fome do amor vivido
A alma agonizante
não se desprende da vida
Corpo e alma
Agonizam no vácuo da saudade
Vida e morte
pairam na estreita soleira do amor


De Jonek


quinta-feira, 24 de agosto de 2023

1888 - Esperar

 

Esperar com saudades
Usufruindo do direito louco da espera
Esperar pela doce ilusão do "nós dois"
Não uma espera de posse
Apenas uma espera libertadora
A espera da ilusão sem ilusão
Sendo iludida pelo apego
Tentando amar no desapego

Amar libertando com ciúmes
Deixando o amor voar e ficar na espera
E a tal solidão?
E a tal espera sem fim?
É um flerte com a ex felicidade
Que amasiou se com a morte
Restou ficar sentada no banco da loucura
Aguardando uma brisa para o voo final

De Elise para Elise

terça-feira, 22 de agosto de 2023

1886 - Viagem

 

Viajar pelo roteiro da saudade
É afagar um coração pirracento
Teimoso...
Não aceita viajar sozinho na vida
Sente falta dos afagos do passado
Esperneia...
Sem sucesso tenta desembarcar
Do roteiro viciante da saudade
Resta seguir viajando...
De Elise para Elise

1886 - Onde?

 


Dançar
fingindo felicidade
Cantar
simulando alegria
Ler
blefando que o amor está vivo
Peregrinar
burlando a direção do futuro
Respirar
longe da montanha de rosas

Onde está a mão de apoio?

Agonizar
em silêncio longe do amor
Chorar
represando as lágrimas da alma
Recordar
sem incomodar aos próximos
Fechar o ciclo
não é possível sem partir
Viver morta
desejando morrer para viver

Onde esta a camiseta de apoio?

De Elise para Rosemberg

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

1885 - Amor platônico

 


Amor completo é de dois
Quando um falece
O amor não morre
Sobrevive o amor de um?
Sim!
Amor platônico..
Tortura ingênua

Amor incompleto é de um
Quando um vive
O amor não morre
Sobrevive o amor de um?
Sim!
Amor platônico...
Saudade honrada

De Elise para Rosemberg

1885 - Palavras

 

Beijo te
com palavras todos os dias
Chamo te
com cartas cheias de esperanças
Declaro me
com poesias só suas
Deito me
nas entrelinhas para sonhar
Sonho com o amor
que sobreviveu em forma de pó
Grãos que sobem aos céus
e não ultrapassam as nuvens
Grãos que retornam
nas lágrimas das nuvens
Grãos sem rumo
flutuando nos ventos da solidão
Escrevo te
enquanto houver floradas
Declamo te
fingindo que podes ouvir cada verso
Escondo me
para que não vejas o reflexo da minha dor
Beijo te
apenas com palavras
Chamo te
com cartas sem endereçamento
De Elise para Rosemberg

sábado, 19 de agosto de 2023

1883 - Um segundo

 

Um segundo...
Dois olharem que se cruzam
Selando o destino de dois
Tempo e razão perdem seus sentidos

Grandes e intensas histórias
Começam com instantes eternos
A magia do olhar apaixonado
Fica tatuada na imensidão da alma

Na caminhada um olhar busca o outro
Acolher com olhar é mais que abraçar
Porque um vive no olhar do outro
Amor é água e fogo, terra e céu

Um segundo...
O caminho de um torna se vazio
O tempo retorna atropelando tudo
O amor transforma se em miragem

Hoje fica sem amanhã
Ontem cura as dores de hoje
Caminhar um sem o outro é a regra
A solidão não antecipa a morte
De Elise para Elise

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

1882 - Um passo por vez

 

Um passo por vez
Vencendo o dia a dia
Porque tudo ficará bem
Sem expectativas
Sonhos ou saudades
Tentam acreditar no prosseguir
A trilha árdua
Impede pensamentos de dor
Para que os dias sejam felizes

Um passo por vez
Natural e leve como o vento
Porque a força de existir
Não precisa de expectativas
Amor e saudade
Existem para chegar e partir
O caminho turbulento
Impede a tristeza de alojar se
Para que os dias sejam felizes

Um passo por vez
Mentindo que não há mais dor
Porque viver é obrigatório
A expectativa do fim
É tempo asfixiado no passado
Com falsos planos para o futuro
O caminho desacompanhado
É repleto de gritos emudecidos
Para que os dias sejam felizes

De Elise para Elise

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

1881 - Loucura

 

Quando a solidão
torna se sol abrasador
O calor seca o rio de lágrimas
tornando tudo um deserto
A carcaça cansada rasteja
pelo solo infertil da fé
Sementes de sonhos
secam antes da germinação
A falta de esperança
é viagem sem apreciação
O destino final
é flertar com a loucura
De Elise para Elise

1881 - Saudade

 

Não deixarei saudades
Deixarei sementes gerando sementes
Mantendo viva a idéia do amor
Pelos minerais, vegetais e animais
Esse será meu legado do bem
A obscuridade carregarei comigo

Não deixarei saudades
Deixarei versos que geraram poesias
Mantendo viva a paixão de um
Como estrelas num céu obscuro
Esse será meu legado de amor
Sorvido em vida por um amor parcial

Não deixarei saudades
Deixarei personagens que geraram bondade
Mantendo viva a força do amor renovador
Esse será meu legado literário
Filhos-personagens a quem dei vida
E deixei voarem mundo a fora

De Elise para Elise

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

16 08 2023


Sonhos...
Muitos foram os sinais do fim.
Muitas foram as indiferenças e desprezos.
Súplicas por sonhos...
Houve poucos momentos de felicidade.
O medo do vazio foi a trave da realidade.
Era mais fácil fingir um amor entre mundos,
A mentira acolhida aquecia o coração.
Delírios...
Negar o fim era seguir amando sozinha.
Segurar o passado impedindo o tempo de correr.
A pergunta...
- Você deixou de me amar?
- Ou fui eu que não consegui deixar de ama-lo?
A fuga foi inevitável antes da resposta.
Realidade...
- Eu amo você Edna!  - certeza desde 1994
Mesmo assim ficar sabendo o por que?
O afogamento na solidão.
E agora?
Deixa lo partir por amor e gratidão,
Tendo no peito o sabor doce das lembranças.

De Elise para Jorge Rosemberg

terça-feira, 15 de agosto de 2023

1879 - Pensamentos

 

Meus pensamentos são seus
Nossas lembranças são
Estrelas no céu escuro
Sol no céu nublado
Abraços nos momentos de medo
Lenços a enxugar nosso pranto

Meus pensamentos são seus
A unirem saudades e esperança
Iluminando a noite temerosa
Irradiando calor a vida fria
Aconchegando a dor ao sonho
Secando nosso pranto da solidão

De Elise para Rosemberg

1879 - Lembranças e Sonhos

 

Lembranças e sonhos
Devem viver em equilíbrio
O passado não pode se sobrepor ao futuro
É preciso que haja espaço para o presente
Poemas de amor são sentimentos e palavras
Unindo lembranças e sonhos em versos
Reviver o amor é ter esperança de um dia
Passado e futuro serem um Presente infinito
Onde sorrisos, cheiros, momentos e sussurros
Serão eternos e não mais lembranças
Saudades, poemas, cartas e espera
Serão sonhos vivos para dois
Lembranças e sonhos
Precisam equilibrar o fiel na balança da vida
Durante a noite
Amores se perdem nas vielas dos sonhos
Durante o dia
Lembranças e sonhos bailam ao som da saudade
Assim a vida segue ao sabor das lembranças
Enquanto a alma aguarda seu grande amor

De Elise para Rosemberg

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

 

Quando as lembranças são maiores que os sonhos

Do do seu amor nasceram poemas

Escrever as lembranças é revive las com amor

Na esperança de um dia o passado virar futuro

Todos os perfumes estão guardados na lembrança

doce lembrar dos sorrisos, poemas, cheiros, saudades, momentos

Acordo com o sabor das lembranças na alma

Perco me pelas vielas das lembranças durante o dia

Adormeço de mãos dadas com as lembranças e os sonhos


terça-feira, 8 de agosto de 2023

Busco por patrocínio para meu trabalho literário







 

Passeio em 060823 - Domingo

 

Há muito tempo atrás...
Rosemberg, minha Montanha de Rosas, levou me até o Museu Contemporâneo em Niterói.
Lá conheci e apaixonei me pela ponte da Boa Viagem, ponte que dá acesso a pequena ilha com o mesmo nome.
Esta ponte era nosso lugar especial.
Hoje 06/08/23 - Domingo. Céu azul e um desejo.
- Ir a ponte da Boa Viagem em Niterói.
Repentinamente...
Como um milagre, eis que surge um convite do meu filho Rosemberg.
Mais uma vez meus pés e coração estiveram no meu lugar especial, no paraíso da Elise e do Rosemberg.
Caminhar pela ponte foi adentrar no paraíso. Molhar os pés no mar foi ser acariciada pela natureza.
Recolher pedras na praia foi muito mais que colecionar pedras pelo caminho. Foi poder guardar um pouco do paraíso junto a mim.
Até o dia...
Que minhas cinzas possam repousar
Na minha ponte dos amores
De ELISE para Elise

1872 - Perder e Prender


Perder o amor em vida
Perder o amor para o túmulo
Perder o luto do amor
Perder a dor da ausência
Perder os sonhos de um elo
Perder tudo quando a aliança quebra
Perder a pouca fé em um depois
Tantas são as perdas
Que restou aprisionar as lembranças
Com poemas que nunca serão lidos
Com cartas que nunca serão entregues
Com canções que nunca serão ouvidas
Com palavras que lembrem dois em um
Com fotos que relembrem a felicidade
Com os objetos comprados a dois
Com orações que não chegarão aos céus
Tantas foram as perdas
Que a loucura tornou se amante da solidão

De Elise para Rosemberg 

sábado, 5 de agosto de 2023

1869 - A árvore

 

Chega o tempo
Da árvore não florir mais
Em nenhuma estação
Suas raízes profundas
Não respeitam mais o tempo
Seu caule velho e retorcido
Não segue mais a luz do sol
Tudo é distante e silencioso
Mesmo estando em um jardim
Seus galhos balançam
Vagarosamente ao vento
O solo a sua volta é fértil
E suas raízes vivem sem fome
Chega o tempo
Da árvore ceder seu lugar
Seu tronco velho e podre
Deseja seguir o ciclo da vida
Chega o tempo
Da árvore velha e cansada
Florir em outras terras

De Elise para Elise

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

1868 - Céu da alma

 

O verdadeiro amor
Faz se céu
Na alma dos apaixonados
Gestos de carinho
Acendem estrelas
Mãos companheiras
Iluminam o caminho
O amor faz se sol e lua
No céu de dois
As noites cintilam
Simplicidade e cumplicidade
Os dias reluzem
Beleza e justiça pelo caminho
O verdadeiro amor
Faz se céu
Na alma dos apaixonados
De Elise para Rosemberg

1868 - Mar do passado

 

Todos os dias
Vamos ao mar do passado
Usando saudades como iscas
Presas pelo fio do amor aos anzois
Iscas lançadas ao mar vão ao fundo
Imóvel e em silêncio
Resta ao pescador aguardar
O alimento diário
O mar do passado
É cheio de lembrancas vivas
A brincarem nas mares
O pescador de lembranças
Tem dias fartos
E dias desprovidos
Sua única certeza na vida
É a fonte inesgotável do mar
Lembranças vivas
São alimento sagrado
Saciando a fome do presente
Faminto por lembrancas
Resta pescar no mar do passado
Lembrancas vivas para hoje
Esperanças vivas para o amanhã
E momentos eternos para todo o sempre
De Elise para Rosemberg

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

1867 - Poema vivo

 


A vida presenteou me
Com um livro inacabado
Este livro era um poema vivo
Seus versos falavam de amor
Ao viver cada poema
Inebriei me com o perfume
Escondido nas entrelinhas
Aroma de um jardim de rosas
Dando livre acesso aos sonhos
Apaixonada pelo poema vivo
Escrevi minha historia
Nas páginas finais deste livro
Hoje o livro está completo
Numa edição exclusiva
Que uniu duas histórias
De poemas e sonhos raros de amor
O livro tornou se de cabeceira
Da sobrevida do presente sem poemas
Que busca nos versos vividos
O perfume das rosas e dos sonhos
De Elise para Rosemberg
03/08/2023

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

1866 - Sem sonhos

 

Sem sonhos não voamos
Sem vôos o mundo torna se pequeno
As perdas não tem mais valor
A sopa de ossos da saudade torna se banquete
Rosto e alma enrugam com a solidão
A fome de vida perde o paladar
Os sonhos morrem olhando para os céus
Restando...
O solo rachado no coração
A vida cedendo lugar a morte
Túmulos vazios de lembranças
Migalhas que não nutrem mais os sonhos
Rosto e alma sem reflexos para reluzirem
Lágrimas a saciarem a sede da desesperança
E carcaças de sonhos no desterro da fé
Elise para Elise
02/08/2023