Beijo te
com palavras todos os dias
Chamo te
Declaro me
com poesias só suas
Deito me
nas entrelinhas para sonhar
Sonho com o amor
que sobreviveu em forma de pó
Grãos que sobem aos céus
e não ultrapassam as nuvens
Grãos que retornam
nas lágrimas das nuvens
Grãos sem rumo
flutuando nos ventos da solidão
Escrevo te
enquanto houver floradas
Declamo te
fingindo que podes ouvir cada verso
Escondo me
para que não vejas o reflexo da minha dor
Beijo te
apenas com palavras
Chamo te
com cartas sem endereçamento
De Elise para Rosemberg