A cisão do amor leva metade de uma vida
A sobrevivência de parte do amor é transitória
O novo percurso é via formada por retornos
As lembranças ocupam a metade que ficou vazia
Assim a parte sobrevivente enraíza se no passado
O futuro perde sua chance no presente aferrolhado
O ciclo presente e passado é preservado pelo amor
O espaço físico apequena se a cada novo amanhecer
Os sonhos são semeados na metade diminuta da alma
O meão de uma vida desmorona ao sobrepeso da saudade
O amor precisa ser par de olhares, mãos dadas e sonhos
A cisão do amor de corações no mesmo compasso
Faz florescer uma sobrevida transitória com mutilações
Enraizando sonhos em terras governadas pela loucura
Só no passado está o bálsamo da amputação drástica
De Elise para Rosemberg