A solidão do silêncio
é desnuda pelas lembranças
O passado sorrateiro e sem pudor
invade a velha alma de dor
está cada vez menor em bondade
A dor bombardeia o silêncio
com gemidos de saudades
Apenas a farsa do ”tudo bem”
caminha no desterro da fé
A solidão do silêncio
é forçada a um hoje sem amanhã
O passado subjuga o presente
que sem forças não sonha mais
Não há mais safras de felicidades
porque o solo tornou se infértil
A dor zomba da vida
que tenta e não chega ao seu fim
A cada novo amanhecer
há apenas a mansidão do “tudo bem”
Elise