domingo, 24 de fevereiro de 2019

Lágrimas que cortam a alma

Há dias em que as lágrimas cortam a alma como navalha.
Abrindo espaço para dor num dilúvio sem trégua.
Por mais que se chore, mais lágrimas borbulham,
Enquanto a alma sangra de saudade.
Não há para onde ir, o que fazer ou onde se esconder,
Há apenas a inercia do corpo que teima em viver.
Sem encontrar a porta de saída a alma chora.
O pranto inunda tudo a sua volta e dilacera a alma,
Enquanto o tempo traiçoeiro corre dia após dia.
Há dias em que as lágrimas cortam a alma como navalha.
Abrindo espaço para dor num dilúvio sem trégua.


De Elise para Rosemberg.

Livro Montanha de Rosas IV.
246

Agradecimento

Escrever poesias mesmo que sem valor literário, é a forma que encontrei de manter me junto da minha Montanha de Rosas. Compartilhar é uma forma de homenageá lo. 
Agradeço aos leitores.

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Saudade e solidão - 8 meses

Não posso segurar o tempo,
Ele corre feito azougue.
A saudade.
Seguro as lembranças com força,
Para que elas não se apaguem.
A solidão.
Não posso te lo nos sonhos,
Apenas senti lo nas lágrimas.
A saudade.
Oito meses de separação,
E o único elo é a saudade.
A solidão.
A dor não bastou para alforriar me,
Continuo cumprindo a condenação.
A saudade.
Continuo no mundo terreno.
Fomos condenados ao recomeço.
A solidão.
Em mundos opostos.
Com tempos diferentes.
A saudade.
Onde o terreno e o celestial,
Tem apenas pontos intermediários.
A solidão.
O eterno e o real se ligam apenas nos sonhos,
Num lampejo de pura ilusão.
A saudade.

De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas IV.
238



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Você está presente

Você esta presente em tudo.
No cheiro do café que já não faço.
Na mesa fazia das nossas conversas.
Você esta presente em tudo.
Na despedida ao ir para o trabalho,
Com o beijo que não acha sua boca.
Você esta presente em tudo.
No retorno para casa que hoje é silencioso.
Nas fatias do bolo de domingo que não asso.
Você esta presente em tudo.
Na cama antes pequena que agora é imensa.
Nos travesseiros que rolam sem sua cabeça.
Você esta presente em tudo.
Nos passeios ao shopping que agora são escassos.
No caminhar pela rua procurando seu braço.
Você esta presente em tudo.
No meu coração e na minha mente.
No desejo de revê lo nos sonhos.
Você esta presente em tudo.
Enquanto eu continuo sozinha.
Aprendendo com a dor da sua ausência.
De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas IV
243

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Ai que saudade.

Nosso relógio ficou triste,
As horas perderam sua função.
O tempo antes corrido agora arrasta se.
Ai que saudade.

O sofá antes pequeno,
Agora tem espaço de sobra.
Onde a solidão senta ao lado.
Ai que saudade.

As conversas repetidas
Fazem falta no silêncio gélido.
O som das risadas emudeceram.
Ai que saudade.

Seu olhar a me observar,
Dizendo somos um.
Onde éramos parte um do outro.
Ai que saudade.

A mesa antes cheia de refeições,
Hoje tornou se apenas decoração.
Até as cadeiras perderam sua função.
Ai que saudade,

De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas IV.
242


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

O vazio

O vazio se expande
Comprimindo o peito,
Dilacerando a alma e
Sangrando o coração.

O vazio se expande
Consumindo tudo a sua volta,
Imperceptível aos corações próximos,
Segue corroendo.

O vazio se expande
Num circulo de tristeza,
Buscando por vida em mundos distantes.
Onde as lembranças sejam destruídas.

O vazio se expande
Comprimindo o peito,
Dilacerando a alma e
Sangrando o coração.

Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas IV

240


domingo, 17 de fevereiro de 2019

Seu olhar

A chama do seu olhar,
Iluminava meus olhos,
Aquecia meu coração,
Fortalecia meu caminhar.
Envelhecermos juntos,
Foi o contrato do coração,
Numa vida longa,
Sem tempo.
Hoje o que resta
São cacos de um passado
Sem luz ou calor.

De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas IV.
239


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Reencontro

Seguir rumo ao reencontro.
Ainda somos parte um do outro.
Num espaço onde não há tempo.
Somos simplesmente almas ligadas.
Seguir rumo ao reencontro.
Abandonando esta vida imensamente vazia.
Onde vasculho gavetas procurando por você.
Num lar que perdeu seu mapa.
Seguir rumo ao reencontro.
Deixar para trás as vielas das lembranças,
Onde o amor vaga gritando seu nome,
Sem saber como te encontrar.
Seguir rumo ao reencontro.
Crendo no fio de amor que nos ligar e
Saber que ele me levará até você de olhos fechados.
Na viagem derradeira desta cruzada.
Seguir rumo ao reencontro.
Aguardando nossos olhares se cruzarem e
Nossos braços reencontrarem aconchego.
Onde só os apaixonados conhecem o acesso.

De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas IV
237






quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Lenços brancos.



A noite choveu
Lenços brancos,
Que desceram do céu,
Carinhosamente.

Secaram meu pranto,
Tocando meu rosto,
Suavemente.

Anjos desceram dos céus,
Trazendo alegrias,
Quebrando a saudade enraizada,
Carinhosamente.

Embalaram meu sono,
Com sonhos do passado,
Suavemente.

A noite choveu
Lenços brancos,
Que desceram do céu,
Carinhosamente.

De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas IV.

235.

sábado, 9 de fevereiro de 2019

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Presente do passado

Como viver o presente,
Se o presente está no passado.
Como viver o futuro,
Se o futuro esta preso no passado.
Como viver o passado,
Se não consigo sair do hoje.
Como viver sem você,
Se vivo no presente do passado.

De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas IV.
230