terça-feira, 28 de maio de 2019

Solidão


A solidão entra sem bater.
Faz se hóspede sem permissão. 
Assola o dia antes corrido.
Deixando o desabitado.

O amor vai embora sem avisar.
Abandona seu posto sem permissão. 
Ceifando os prazeres da vida. 
Deixando apenas a solidão.

336
De Elise para Rosemberg
Montanha de rosas V

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Gaiola

O futuro anuncia ventanias de solidão.
A gaiola estará sempre com a porta aberta.
Pássaros ganharão os céus.

O presente possui pesadas nuvens de lágrimas.
A gaiola quase vazia esta com a porta aberta.
Pássaros voam enquanto novos aprendem a voar.

O passado tem ruídos trovejantes das gorjeadas.
A gaiola de porta fechada protegia a ninhada.
Pássaros brincavam junto ao ninho.

334

De Elise para seus amores.

Mundos opostos

Escrever mesmo que você não leia.
Declamar mesmo que você não ouça.
Chorar mesmo que você não perceba.
Relembrar mesmo sem você aqui.
Cartas sem recebimento em mundos opostos.
Escrever mesmo que você não leia.
Versar mesmo sem você para avaliar.
Soluçar mesmo sem você para enxugar o pranto.
Recordar dias felizes mesmo no vazio de você.
Poesias sem recebimento em mundos opostos.

333
De Elise para Rosemberg.
Montanha de Rosas V

terça-feira, 14 de maio de 2019

Vazio

Passos vazios,
No solo seco do desterro.
Abraços vazios,
No peito rachado pela morte.
Olhos vazios,
No escuro da alma sem rumo.
Lágrimas vazias,
No choro que grita sua ausência.
Corações vazios,
No caminho sem futuro.
Vidas vazias,
No beco sombrio do presente.
Sonhos vazios,
No sono dos tormentos.
Esperança vazia,
No medo de você ter desaparecido.

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sábado, 11 de maio de 2019

Interior cheio de gavetas




A gaveta da saudade
Está cheia de lágrimas.
A gaveta das lembranças
Está cheia de traças.
A gaveta do amor
Está cheia de solidão.
As lágrimas da saudade
Colam as lembranças,
Que cobrem a solidão,
Como colchão de retalhos.
Neste mosaico da saudade,
A espera está trancada
Na gaveta do tempo,
Que as traças não consomem.


De Elise para Rosemberg,
322

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Nosso conto

Nosso amor foi literário,
Com sinuosidade de um conto.
Misturando magia e esperança,
Caminhando na via de deus,
Com alegrias e riquezas em sermos par.
Esperanças materiais e espirituais,
Transformavam o olhar disforme da vida,
Em sonhos de plenitude e equilíbrio.

Nosso amor é literário,
Com lembranças a florir nosso conto.
Misturando cumplicidade e coparticipação,
Na estrada do amor genuíno,
Cuja felicidade maior é sermos par.
Expectativas no futuro de plena união,
Convergiam nossos olhares e corações,
Em sonhos de união eterna.

Nosso amor será literário,
Com enredo de um conto de amor.
Confiante na perpetuação do afeto,
No caminho que conduz ao infinito.
Onde a certeza é sermos par.
O real e o imaginário se fundirão.
Formando um só corpo,
Em sonhos de união perpétua.

De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas V.
313