1102 - Buscar

A busca doentia por você nos sonhos

É incansável e interminável

Há dor ao despertar da procura

Gritando - Você abdicou de nós

A busca doentia por você nos sonhos

É sempre na mesma casa onde não estás

Com as mesmas pessoas e não o deparo

Reviro as lembranças e não o encontro

A busca doentia por você nos sonhos

No porta joias que não é mais nosso

Onde espreito vez por outra por nós

Num tesouro que não mais reluz

De Elise para Rosemberg

1103 - Saudade

 

Saudade...

É esperar

Um encontro nos sonhos todas as noites.

Saudade...

É desejar

Um minuto a mais.

Saudade...

É chorar

Sozinho desejando um abraço.

Saudade...

É segurar

As lembranças

Com medo que se apaguem.

Saudade...

É caminhar

E não ter a mão estendida do amor em nossa direção.

De Elise para Rosemberg

1099 - Só para ti

Só para ti

Escrevo palavras e versos

Com declarações não escritas

Somente Tu podes sentir o amor

No silêncio das entrelinhas

Só para ti

O que deixei de dizer

Transfiro em forma de carinho

Escrevendo versos da minh alma

Rabiscados e recitados com esmero

Só para ti

De Elise para Rosemberg

1098 - Burlando

O tempo aviou se

rumo ao futuro

A saudade parou

entre o passado e o presente

Tentando burlar o tempo

segurando a felicidade

O tempo desembestado

extinguiu com a dor

A saudade desensopou

o pranto doído do amor

Burlando a morte

a felicidade fez se lembrança

De Elise para Rosemberg

1096 - Três anos

O céu chora as lágrimas que secaram em mim

O sol não brilha em cumplicidade a minha tristeza

Três anos de distanciamento e milhares de palavras

Poesias e cartas que nunca serão entregues

Lembranças acorrentadas para não desaparecerem

Três anos de separação e uma saudade submissa

A morte debocha da espera por sonhos ilusórios

Apenas as palavras formam elos entre os mundos

Três anos e você vive no meu presente dia e noite

A vida se foi deixando no ar o aroma da felicidade

O jardim no equinócio da saudade nunca mais floriu

Três anos eu sem você, você sem mim e as palavras

De Elise para Rosemberg

23/06/2021

1085 - Lado a lado

Corações olhando na mesma direção

Tornam a caminhada aconchegante

Corações que vivem juntos

Riem de suas próprias falações

Corações unidos decifram olhares

Sabendo a hora de iluminar ou aquecer

Almas unidas sonham juntas

Porque uma enxerga dentro da outra

Almas unidas não conhecem distancias

Porque uma faz parte da outra

Almas unidas ligam seus fios de luzes

Num laço eterno a enfeitar a união

Corpos ligados entendem os gestos

Quando pequenos movimentos são de apoio

Corpos ligados decifram o silêncio

Porque choram e riem juntos

Corpos ligados enxergam de olhos fechados

Pois o além vive lado a lado

De Elise para Rosemberg

1082 - Mãos dadas

 

A cumplicidade é selada

com mãos entrelaçadas

Enamorados

Mãos de confiança e carinho

enlaçam o amor sem fim

Consortes

Mãos dadas formam

um mundo forte e imaculado

Casal

De mãos dadas o amor

rodopia confiante

Amantes

Mãos entrelaçadas dão a certeza

De um não perder o outro

Parceiros

De Elise para Rosemberg

1079 - Domingo

Hoje todos os dias são chatos

Todos os meses são cinzas

Somente o passado se faz domingo

As lembranças são passaporte para a graça

Rumo a estação da felicidade onde tu estais

Hoje todos os dias são sem bolos

Todos os lanches são amargos

Somente nos sonhos é domingo

E as lembranças ganham um sopro de graça

Onde é permitido desembarcar por instantes

Hoje todos os dias são silenciosos

Todos os instantes são vagarosos

Somente retrocedendo encontro nosso domingo

Onde risos e doces entrelaçavam nossas mãos

E os olhares confirmam nossa união

De Elise Schiffer para Rosemberg

1076 - Um minuto

Um minuto...

Olhares se encontram

Nasce a certeza da eternidade

A felicidade sopra pra longe a solidão

A vida brilha num eterno amanhecer

Um minuto...

Uma história chega ao fim

A lágrima salga o sorriso

A solidão sopra a felicidade para longe

E a vida perde seu brilho

Um minuto...

O futuro torna se indolente

As lembranças perdem o ritmo da dança

O silêncio uni se a solidão

Em núpcias escarnecedoras

De Elise Schiffer para Rosemberg