sábado, 27 de abril de 2024

2134 - Esperar


Intransponivel é o muro que dividi
Vida e Morte
Injustiça é o nome da guardiã
Impedindo idas e vidas
O luto é estrela solitário
Na galáxia da saudade

Não há merecimento
Somente esquecimento
Fantasiar elos é a sobrevida do amor
A realidade do "acabou" é amarga
Esperar é sonho infinito
O chamamento é inevitável

Elise Schiffer

quarta-feira, 24 de abril de 2024

2132 - Poeira de estrelas

 

Por vezes,
O brilho das estrelas cadentes.
Conduzem nossos sonhos
Ao passado iluminado.

O impacto é profundo.
A poeira luz das estrelas,
Desestabiliza
O presente saudoso.

Felicidade e saudade
Travam um embate.
Sem vencedor
A realidade segue vazia.

O presente saudoso
Vive a observar o céu,
Buscando estrelas cadentes.
Aptas a conduzirem sonhos.

De Elise para Rosemberg

segunda-feira, 22 de abril de 2024

2130 - Houve, há e haverá

 

Houve um homem de bom coração
Por onde andava floria vidas
Seu doce olhar enxergar o bom em tudo
Suas palavras aniquilavam qualquer medo
Seus abraços envolviam tudo com perfume
O homem de bom coração partiu

Há 1775 cartas de amor
Que o homem de bom coração nunca lerá
Há 840 poesias de amor
Que o homem de bom coração nunca ouvira
Há uma imensa saudade
Que o homem não sabe que deixou

Haverá um jardim florido
Diante do portal do amor
Haverá vida no paraíso
Porque o amor vai florir novamente
Haverá Elise e Rosemberg
Nos sonhos só de um.

De Elise para Rosemberg

2130 - Trem da vida

 

O trem da vida
Corre corre para o fim da linha.
A estação do luto
Enfim é ultrapassada.
O passageiro segue
Observando a vida pela janela.
Nas paisagens estão lembranças
Dos amores vividos.
O valor da passagem
No trem da vida é:
"gratidão"
Por tudo vivido e recebido.
A suave brisa da saudade,
Envolve o coração feliz.
O passageiro
Próximo ao fim de sua viagem,
Levanta se com a bagagem na mão.
Tudo que leva
São os amores vividos.
O passageiro
Finalmente regressa feliz.

Elise Schiffer
22/04/2024

domingo, 21 de abril de 2024

2129 - Ofereço te



Ofertaste me amor e alegrias.
Do seu olhar brotavam rosas de amor.
Ofertaste me a lua e as estrelas
Do céu e da alma sonhadora.
Ofertaste me gotas de esperança
Do amor que irrigava nosso lar.

Partiste...
Fiquei e ofereço te palavras.

Ofereço te versos de amor.
Onde vivem nossas lembranças.
Ofereço te poesias de amor.
Onde o sentimento sobrevive nas entrelinhas.
Ofereço te cartas de amor.
Onde estão minhas esperanças de alcança lo.

De Elise para Rosemberg 

2128 / Quantos-Quantas












Quantas canetas vazias de tinta e sonhos,
São necessárias para gerar um escritor?
Quantas entrelinhas gritando saudade,
São necessárias para poemas subirem aos céus?
Quantos suspiros solitários na caminhada,
São necessários antes do derradeiro final?

Quantas lágrimas devem ser represadas,
Para que falsas alegrias tomem seu lugar?
Quantas mentiras "estou bem" devem serem ditas,
Para que todos fiquem livres dos seus encargos?
Quanto reviver do passado sem futuro,
Para fingir felicidade no presente?

“Quantos/quantas” cabem na reta final?
Quanta solidão suporta uma carcaça?
Quanto amor cabe num coração envelhecido?
Quanta luz tem uma alma cansada de viver?
Quantas lágrimas regam a saudade de um amor?
“Quantos/quantas” intensidades descrevem uma caneta?

De Elise para Rosemberg 

quarta-feira, 17 de abril de 2024

2125 - Exaustão

 

A cangalha da carcaça é pesada.
Impedindo aos sonhos de subirem aos céus.
A mente saudosa apenas sonha.
Enquanto a carcaça da voltas no moinho da vida.
Caminhar é o que resta a carcaça.
A certeza do fim é o refrigério da alma.

A carcaça não vislumbra o céu.
A cangalha pesa no corpo e na alma.
Ao fechar seus olhos ela vislumbra as estrelas.
Sente o calor do sol e as caricias do vento.
A vida tornou se um mundo pequenino.
A carcaça não olha mais para longe.

Cangalha e carcaça amam o passado.
Hoje a rotina é uma benção de luz.
A dor da saudade é atenuada por poesias.
A fome de amor é saciada por cartas de amor.
A exaustão da rotina fortalece a FÉ.
Talvez um dia os sonhos subam aos céus.

De Elise para Rosemberg

segunda-feira, 15 de abril de 2024

2122 - Amores

 

Que sentimento é esse
Ao qual denominamos amor?

Ele não basta para segurar a vida.
Amores são sepultados.
Ele não é suficiente para curar.
Amores agonizam antes de partirem.
Ele não aproxima os amados.
Amores mantêm se distantes.

Incondicional deve ser o amor materno.
Amar sem cobrança, apenas amar.
Imortal deve ser o amor de um casal.
Amar ao se encontrar no olhar do outro.
Insubstituível por antepassados carinhosos
Amar por sentir se aquecido no amor familiar.

Que sentimento é esse
Ao qual denominamos amor?

Ele provoca lágrimas afogando a esperança.
Amor choroso.
Ele sufoca o coração com preocupações.
Amor temeroso.
Ele é nó de forca que nos entrelaçamos.
Amor sufocante.

Incondicional, imortal e insubstituível
São açoites para o coração que deseja ser amado.
O reflexo apaga se no sepulcro.
O abraço dos filhos esfriam com a maturidade.
A fé seca diante dos desamores
E caminhamos amando sem lá o que.

De Elise para Elise

sábado, 13 de abril de 2024

2121 - Solidão

 

A pior solidão é do vazio interior.
Perder se ao perder quem amamos.
Caminhar amputado sem vida.
O vazio não pode ser semeado.
Grãos de lembranças não florescem.

A pior solidão é do silêncio da alma.
Perder se da música interna com a morte.
Seguir surdo ao mundo externo.
O silêncio não pode ser desvirginado.
Sussurros de amor não fecundam a vida.

A pior solidão é da espera pelo depois.
Perder se dos momentos felizes.
Perambular sem horizonte ou sonhos.
Passos vazios não ganham espaço.
Escrever apenas embriaga a saudade.

De Elise para Rosemberg

sexta-feira, 12 de abril de 2024

Um filme

Desejo que minhas 1765 cartas de amor e meus 862 poemas, até a data de hoje, tornem se um filme de amor. 

Elise

2120 - Velhice

 

Responsabilidades e preocupações,
Aglomeram se com o avançar da idade.
Amores e orações tornam se maiores.
Cansaço e solidão são invisíveis aos próximos.
Velhice é peso que só um carrega.
Amores partem...
Amores se afastam...
Deixando lembranças por companhia.
Gritos silenciosos são gemidos na velhice.
Lágrimas transmutam se em falsos sorrisos.
O medo murcha no deserto da esperança.
Sonhar é o placebo da alma.
Caminhar...
Restam poucos passos a percorrer...
A velhice é o monólogo do coração.
A carcaça faz se ator, diretor e plateia.
Criticas não enriquecem mais a interpretação.
Estrelas iluminam o derradeiro palco da solidão,
Guiando as lembranças na escuridão da velhice.

Elise Schiffer

quarta-feira, 10 de abril de 2024

2118 - Saudade


Saudade viva.
Caminhar de mãos dadas
com as lembranças,
Impede que o amor
se vá para longe.
O passado vivo no presente
da sobrevida ao amor sem dor.
As lembranças são a mão amiga
da saudade incessante.
Quem fica
caminha na soleira do inferno,
Sentindo o odor da morte
que tenta ceifar a saudade.
Lembranças vivem.

De Elise para Rosemberg  

domingo, 7 de abril de 2024

2115 - Seus

 


Todos os rabiscos,
São versos indecifráveis.
Todas as palavras,
São poemas só seus.
Todas as cartas,
São degraus até você.
Todos as rosas bordadas,
São flores em sua direção.
Todos os pensamentos,
São buscas incansáveis de você.
Todas as lágrimas.
São o extravasar da saudade.

De Elise para Rosemberg.

2115 - Seguir

 

Viagem certa.

Ter um bilhete de embarque sem data.
Malas prontas que não antecipam a ida.
Necessário se faz ouvir o chamado.
Para embarcar é preciso caminhar.
Seguir sem apego aos bens materiais.

O que falta a percorrer?

Passos infinitos do passado.
Caminhos presente sem pretensões.
Corredores com o futuro trancado.
Passos lentos prolongando a chegada.
Com vitórias ou perdas embarcar.

O que virá depois?

Assentos para todas as culpa.
Sorver verdades sempre renegadas.
Perdoar a si mesmo dos erros.
Vencer os medos com poesias,
Relembrando os momentos felizes

Se permitir seguir...

De Elise para Rosemberg

Ser "UM"

 

As trombetas anunciam
É chegada a hora de ser “Um”.
O sol e a lua iluminarão a estrada.
O medo há de ser vencido.
Pelo caminho ficarão pegadas,
Dois pés, quatro patas e duas asas.
A bagagem será só lembranças.
A herança amores não conjugados.
Por companhia apenas palavras,
Num monólogo sem plateia.
Cumpre se o grande temor.
A Solidão!
Elise Schiffer
05/04/24

quinta-feira, 4 de abril de 2024

2112 - Ser amor

 


Nas águas do seu mar
mergulhei meu amor
Fiz me sal diluído
nas forças do seu olhar
O companheirismo
temperou nossas águas
O sabor do desejo
valorizou nossos dias
Sal e mar fizeram se “vida”
sem tempestades
Dúvidas e convicções
foram perdidas
Restando a certeza
de “Ser Amor”
De Elise para Rosemberg

2112 - Pudesse

 

Pudesse pegaria um vento
e voaria no tempo.
Viveria intensamente
cada instante ao seu lado.
Recitaria versos de amor
com desejos sufocados.
Perderia o pudor
verbalizando meus sentimentos.

Pudesse pegaria um vento
e voaria aos céus.
Pegaria pó de estrelas
e iluminaria sua nova estrada.
Plantaria flores por todo lugar
perfumando seu caminhar.
Choveria pétalas de flores
Irrigando nossas lembranças.

De Elise para Rosemberg

quarta-feira, 3 de abril de 2024

2111 - Boas lembranças

 


Um instante...
Uma lembrança...
Sensação da presença do passado
Um único instante e tudo é luz
Boas lembranças...
Boas energias...
Espaço impregnado de recordações
Um amor que o tempo não apaga
Lampejo de felicidade...
Doce saudade...
Tu vives em mim
Eu vivo em você
Uma casa...
Um portal...
Nós vivemos no recanto chamado lar
Um instante e estaremos juntos

De Elise para Rosemberg

2111 - Olhar apaixonado

 


O olhar apaixonado
Envolve dissipando o frio
Protege dos perigos do mundo
Cuida da semente e a faz árvore
O olhar apaixonado
Declama versos silenciosos
Ama com paixão nas entrelinhas
Silencia os desejos com beijos roubados
O olhar apaixonado
Fica tatuado na alma
Preenche o coração com certezas
Vence o tempo da separação
O olhar apaixonado
Confia no olhar retribuído
Sorrir iluminando a vida
Sonha ao fechar os olhos

De Elise para Rosemberg