A cangalha da carcaça é pesada.
Impedindo aos sonhos de subirem aos céus.
A mente saudosa apenas sonha.
Caminhar é o que resta a carcaça.
A certeza do fim é o refrigério da alma.
A carcaça não vislumbra o céu.
A cangalha pesa no corpo e na alma.
Ao fechar seus olhos ela vislumbra as estrelas.
Sente o calor do sol e as caricias do vento.
A vida tornou se um mundo pequenino.
A carcaça não olha mais para longe.
Cangalha e carcaça amam o passado.
Hoje a rotina é uma benção de luz.
A dor da saudade é atenuada por poesias.
A fome de amor é saciada por cartas de amor.
A exaustão da rotina fortalece a FÉ.
Talvez um dia os sonhos subam aos céus.
De Elise para Rosemberg