terça-feira, 29 de outubro de 2019

493 - Nosso amor

Nosso amor, meu amor.
Foi o mais belo poema,
O conto mais romântico,
A novela com inicio  e final feliz.
Nosso amor, meu amor.
Foi a mais bela obra de arte,
A musica mais harmônica,
O filme dos reencontros.
Nosso amor, meu amor.
Foi do beijo roubado,
Das mãos entrelaçadas,
Dos sonhos na mesma direção.
Meu amor, nosso amor,
Separado pela morte,
Ligado apenas por sonhos,
Vive o passado no presente.
Meu amor, nosso amor.

De Elise para Rosemberg.
493




sábado, 26 de outubro de 2019

490 - Vazio de nós dois

O vazio de você é gigantesco.
A dor é insuficiente para preenchê lo.
A falta de rumo é vigente.
A dor é incapaz de mover se.
Os dias são vagarosos.
A dor rasteja sem esperança.
O desejo de reencontra lo é vivo.
Os sonhos foram encarcerados.
Tentando ouvir sua voz no silêncio.
Os sonhos agonizam para não morrer.
A vida é persistente não pode fenecer.
Os sonhos são luz pulsando confiança.
O amor de nós dois é gigantesco.

De Elise para Rosemberg.
490





quarta-feira, 23 de outubro de 2019

487 - Seus e meus sonhos

Seus sonhos, meus sonhos, grudados.
Para onde seguir se não há lugar algum.
Você desapareceu dos meus sonhos.
Tentei prende lo no meu presente.
Segurar sua mão não foi suficiente.
Tudo acabou na soleira da porta de vidro.
Tentei segura lo nos meus sonhos.
Manter um elo forte nos sonhos.
Seus sonhos, meus sonhos, grudados.
Como seguir se não há amanhã.
Restou um silêncio que me engole a cada dia.
Onde estão seus sonhos?
Onde estão meus sonhos?
Nossos sonhos não estão mais grudados.
A dor da ausência  grita para o tempo correr,
Chegando em fim a hora de apagar a luz.
Seus sonhos, meus sonhos, grudados.

De Elise para Rosemberg,
487  





domingo, 20 de outubro de 2019

Agradecimento

Agradeço a cada leitor, o tempo destinado a conhecer um pouco das poesias dedicadas a minha Montanha de Rosas.
Muito obrigada a cada leitor.
Elise

484 - O passado presente

As lembranças do passado são o presente.
O hoje desfalece a cada amanhecer sem você.
O amanhã é órfão do presente estéril.
O ontem e o hoje não geram um amanhã.
As lembranças do passado são o presente.
Recordações hibridas são a fonte do presente.
O tempo é desumano e dilui as lembranças.
Como algoz  o tempo dita regras a sobrevida.
As lembranças do passado são o presente.
A dor passa e o vazio sem tempo se instala.
O presente iluminado pela união se extinguiu,
Tornou se passado vivo no presente sem luz.
As lembranças do passado são o presente.
Um presente sem o amanhecer do amor.
Num céu sem estrelas para guiar a esperança.
Onde alimentar se do passado é o que resta.
As lembranças do passado são o presente.


De Elise para Rosemberg.
484

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

480 - Não há paz


Não há paz.
A saudade que reina no seu lugar doí.
O tempo pede para te esquecer.
O coração deseja você aqui.
A esperança é carcaça agonizante.
Não há paz.
O que fazer para matar a solidão?
O coração grita seu nome a todo instante.
O tempo tenta trapacear inutilmente.
Não há como virar o jogo vil da morte.
Não há paz.
Os sonhos estão sem você.
A emoção virou medo a enlouquecer.
É difícil esconder essa dor.
Basta de tanta loucura! 
Não há paz.
Sinto falta de nos dois de mão dadas.
Dar adeus é cruel para quem fica.
Você se despediu e eu não percebi.
Meu amor não viu a morte travestida de cura.
Não há paz.
Estendo a mão e não lhe encontro.
Fecho os olhos e não lhe enxergo.
Minhas cartas e poemas não são entregues.
Minhas lágrimas secam sem seus lenços.
Não há paz.

De Eise para Rosemberg.
480

terça-feira, 15 de outubro de 2019

479 - Vida

Vida que segue...
O compadecimento se esvai.
A inquietação do luto atenua.
A lacuna da morte nos separa.
Vida que acata...
O atormentamento dos dias suavizam.
O condoimento adere a alma.
A memória ressuscita doces momentos.
Vida que segue...
Recordações invadem o coração desabitado.
Amornando a fermentação da dor.
O intervalo forçado é espera de comiseração.
Vida que acata...

De Elise para Rosemberg.
479

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

475 - Olhos, coração e braços

Olhos que já visualizaram,
Anjo de vestia brilhante como o sol,
Ancião com vestia e caminhar de Lord,
Pontos azuis bailando por amor,
São os mesmos olhos,
Hoje cegos da tua imagem.

Coração que amou e ama,
Avós, pais, companheiro, filhos e netos,
É o mesmo que não te encontra,
Seja qual for o tempo da busca.
Pulsa solitário num ranger de dor,
A cada amanhecer sem você.

Braços abertos que já abraçaram,
Amares e desamores pelo caminho,
Continuam vazios  e abertos,
Aguardando o reencontro.
Olhos, coração e braços aguardam você.
Seja qual for o tempo da conjugação.

De Elise para Rosemberg.
475



quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Sonho de 13092019

A mesma casa velha, onde tantos amores pulsaram cheios de sonhos.
A casa está cheia, com familiares e amigos para o casamento de Eli e Berg.
Dentre tantas pessoas, algumas chamam atenção, como duas primas distantes que desdenham de Eli, que irritada responde com altivez:
- Nosso descendente será Funcionário Público.
Calando as duas primas distantes, com uma catucada para ferir.
Casa cheia e movimentação para a festividade.
Eli está com seu vestido branco, estilo mais para festa que para noiva, modelo longo e justo, e tal forma que sente se linda. Completa colocando um enfeite de flores no cabelo.
Os preparativos não agradam muito a mãe de Eli que por algum motivo não declarado não deseja a ida da filha ao casamento.
A mãe de Eli esta pronta como toda mãe de noiva, embora seus cabelos estejam cheios de tintas de tingimento, já que a mesma esqueceu se de lavar  a cabeça. O cabelo emplastado sobressai com a roupa para festa.
Eli pede a seu filho que limpe as paredes da casa, que estão sujas de cima para baixo até o meio. Com uma poeira espessa, como algo ruim.
Arrumada Eli pergunta a mãe com quem entrará na Igreja e sua mãe não responde, até que Eli resolve que irá entrar na igreja de mãos dadas com sua mãe.
Ao saírem da casa, Eli depara se com uma bela mesa branca, na frente da casa, para as comemorações após o casamento.
A mãe de Eli, toda arrumada e com tinta nos cabelos não quer fechar a porta, fica tentando não colocar a chave na fechadura, para que as duas não possam ir, num gesto de impedir a ida da filha.
O relógio marca 6:30 da tarde, estando o casamento com um atraso de 1:30 minutos, já que a cerimônia estava marcada para as 5:00 hs da tarde.
Eli se irrita e segura no braço magro da mãe forçando o fechamento da porta, porque havia pressa em encontrar Berg. Quando Eli toca no braço de sua mãe, ela percebe o quanto sua mãe está magra. 
Na rua, quase em frente a casa, há um cortejo de quatro carros, sendo que somente 3 carros estão cheios de pessoa.
Eli caminha até o quarto carro, onde estão sua comadre Fátima e seu companheiro George ao volante, ambos no banco da frente. No último banco esta a mãe da comadre de Eli, deitada por problema de alzaimer. 
Eli entra e senta - se no banco do meio do carro, que possuía três bancos, e finalmente parte para seu casamento.

São 4:10 da manhã, Eli acorda e descobre que tudo não passou de um sonho.

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

473 - Estação do sonho

Sentada na estação do sonho,
O bilhete para embarque é a esperança.
O tempo vazio não desiste da espera.
Esperar pelo o amor.
Sonhar com o amor.
Ver o amor.
O trem não chega.
A espera degasta a esperança.
No entanto não mata o sonho,
Que permanece sentado na estação.

De Elise para Rosemberg.
473

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

471 - Vida e morte enlaçadas

A dor da saudade comprime o peito.
Torce o coração até que as lágrimas brotem.
Lágrimas silenciosas acumuladas dia a dia.
Chorar de saudade seca o coração transbordado.
Abrindo espaço para novas lágrimas de velhas dores.
Encharcar a alma com lágrimas silenciosas é o que resta.
O peso das lágrimas causam dor.
A dor da saudade comprime o peito.
Num vicio de dor e saudade, 
Onde vida e morte se enlaçam.

De Elise para Rosemberg.
471

domingo, 6 de outubro de 2019

470 - Sem fim

Vida morta, morte viva.
Eu sem você, você sem mim.
As lembranças ocupam o espaço da vida.
Momentos do presente perderam o valor.
Cada lugar, canto ou trilha,
Tem nos dois de mãos dadas.
Vida morta, morte viva.
Eu sem você, você sem mim.
O que há na velhice além do passado?
Na velhice não conjugamos verbos no futuro.
O tempo presente não avança no vazio de você.
Retroceder é refrigerar o coração solitário.
Vida morta, morte viva.
Eu sem você, você sem mim.
O futuro é ferrovia sem locomotiva.
Solo sem sementes, nuvens sem chuva,
Mar e céu sem horizonte.
É você na minha morte e eu na sua vida.
Vida morta, morte viva.
Eu sem você, você sem mim e sem fim.

De Elise para Rosemberg.
470

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

468 - Cartas

Cartas de amor cheias de poesias nas entrelinhas.
Cartas com remetente preso ao passado.
Cartas cheias de saudades e amor.
Cartas manchadas por lágrimas que ardem na alma.
Cartas com letras trêmulas por medo do futuro.
Cartas que relatam o dia a dia vazio de você.
Cartas que buscam aconchego num abraço distante.
Cartas repletas de sonhos não vividos e recordações.
Cartas para um destinatário certo sem endereço.
Cartas que desabrocham de um coração moribundo.
Cartas que nunca chegarão ao seu coração.
Cartas escritas e perdidas em dimensões diferentes.
Cartas que nunca serão lidas ou sentidas por você.
Cartas para o amor que vive em mim.
Cartas diárias para um amor amputado.
Cartas amontoadas na soleira da morte.
Cartas que nunca serão entregues é o que resta.

De Elise para Rosemberg.
468