sábado, 28 de agosto de 2021

1162 - Você

Pensamentos só seus
Você em espera me fez feliz
Você vivo me fez palpitar
Você longe me faz desventurada

Olhares só para ti
Esperar por ti aquecia meu coração
Vivo floria e aromatizava meus sonhos
Longe acaricia me com as lembranças

Palavras só suas
Você e as lembranças radiantes
Você e os sonhos de mãos dadas
Você e o aconchego protetor

Versos só seus
Resta moldar a solidão com as lembranças
Flutuar junto com você nos sonhos
Enlaçar me no aconchego que deixaste

Orações sem fé só tuas
Você deixou me na espera inicial
Você fez se solidão pulsante
Você longe é silêncio

De Elise para Rosemberg



terça-feira, 24 de agosto de 2021

1158 - Lembranças I

Olhares se tocam
moldando sonhos
Palavras se entrelaçam
dando forma ao amor
O amor fundi
corações solitários
E a noite brilha com estrelas
cadentes no céu da boca
O sol renasce
aquecendo a calmaria
A rosa no balcão sussurra
"Eu te amo"
Olhares se tocam
unidos por um único sonho
Pensamentos se acariciam
dando forma ao amor
O amor germina
e nasce uma família
As noites brilham
com a junção de duas estrelas
O sol floresce frutos do amor
A estrela hoje
sem balcão e sem rosa
Sussurra sozinha
para sua estrela no céu
"Eu te amo"

24/08/1994 - 24/08/2021

De Elise para Rosemberg

domingo, 22 de agosto de 2021

Sou Elise Schiffer, uma escritora independente que batalha a duas décadas por um espaço no mundo literário.
Sou semente de escola pública do interior do Rio de Janeiro, semente que germinou graças aos professores e ao amor pela leitura.
Dos pés descalços a aposentada do Ministério da Economia, caminhei atrelada aos livros, que retribuíram com conhecimento e um norte para melhorar minha condição social.
Sem livros não há salvação.
Sempre escrevi, embora somente aos 43 anos tenha publicado meu primeiro livro.
O inicio da minha caminhada na divulgação literária, foi no Salão do Livro em Presidente Prudente em 11/2011. Logo após vieram muitas outras participações.
Meu livros:
O Poder Hereditário - Romance vivido na IV Dinastia do Egito Antigo
A Ternura vence a Fúria - Romance vivido em Laufen/Alemanha ano 1.200 d.C
Contando contos e Florindo os Pontos - Vários contos
O Boto pagodeiro e o Jegue voador
Poesias
Montanha de rosas (Poesias)
Tenho participação em algumas antologias
Tenho participações nos livros do Ministério da Economia
Atualmente mantenho um blogger de poesias - montanhaderosas.blogger.com


1156 - Bordando você

Conversar
e não obter resposta
Escrever cartas
e não envia-las
Folhear álbuns
e não reviver os momentos
Declamar poemas
que não são ouvidos
Bordar fotos
sonhando poder toca-lo
No vai e vem da linha
eu surfo no passado
Detalhes dos pontos
são chaves para felicidade
Bordando você
eu finjo que estamos juntos
Minto que estas ao meu lado
no vazio da casa
Blefo com a tristeza
que estou feliz
Converso com você
orlado no meu bordado

De Elise para Rosemberg

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

1152 - Vazio

Estar só não é problema
Livros e bordados fazem companhia
Conviver com o silêncio não é problema
Música e declamações sonorizam os dias
Solidão não é problema
Lembranças acariciam o coração

Problema maior é o vazio do amor
Vivo nas entrelinhas e nos bordados
Problema maior é vazio da voz do amor
Mesmo que esteja em gravações
Problema maior é o vazio do seu olhar
Permanecendo viva e vazia de você

De Elise para Montanha de Rosas

domingo, 15 de agosto de 2021

1049 - Nós

Pensamentos transformam se em palavras
As palavras viram versos e poesias
Poesias só suas

Palavras faladas voam semeando sonhos
Os sonho de dois pela família
Sonhos só nossos

Palavras escritas são carinhos eternizados
Livros que falam de você em cada página
Carinhos redigidos entre mundos

Bordados transformam se em imagens
Onde cada imagem é revivida ponto a ponto
Imagens só nossas

Os bordados fixam nos pontos minha saudade
Saudades só nossas
Perpetuando momentos vivos entre nós

De Elise para Rosemberg


sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Viajantes


Ao nascermos trazemos malas cheias
de palavras e sentimentos
Desfazemos as malas e nos albergarmos
em grupos denominados Família

Na infância aprendemos a falar e a amar
todos e tudo ao redor no novo núcleo
Tagarelamos e amamos
Familiares e Amigos

Quando adulto usamos as palavras e o amor
multiplicando a extensão dos sentidos
Formando nova família e recebendo viajantes
Recepcionando e ajudando-os com as malas

Na velhice refazemos nossas malas
Levando pouca bagagem no retorno
É hora de distribuir e levar só o necessário
Amor e três palavras: Família-Amizade-Saudade

Elise

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

1043 - Amor

É bom viver um amor
É bom morrer amando
O coração ama até morrer
A mente morre relembrando o amor
O coração serena por ter amado
A mente apaga numa visão do amor
A alma parte dançando por ter amado
O amor consola a dor da saudade
De viver sem sua cara metade
A dor é o que resta da felicidade
Do sonho que teima em seguir o além
É bom viver um amor
É bom morrer amando

De Elise para Montanha de rosas

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

1139 - Dona Morte

Dona morte arrebata o corpo
Abandonando o amor órfão
O amor é imortal
Perambulando sem morrer
Resta sonhar dia e noite

Dona morte usurpa os sonhos
Abandonando a realidade nua
O amor é imortal
A realidade acanhada chora
Resta apenas os carinhos da dor

Dona morte ceifa a dor
Abandonando o passado
O amor é imortal
Caminhar rumo as lembranças
Resta mergulhar no passado

De Elise para Montanha de rosas

terça-feira, 3 de agosto de 2021

1137 - Depois

Depois
Se houvesse depois
Você receberia minhas palavras
E cheio de orgulho
Estaria ao meu lado agora
Atestando que não há fim
Depois
Não há um depois
Por não haver planos futuros
Nem estrada para prosseguir
O passado é imortal
O presente é desengano
Depois
O que há depois?
Desejo que haja vida
Na ilusão da continuidade
E esperança sem receio
Da loucura que dá prazer
Depois
Aguardar nos sonhos
Nossos momentos passados
Numa história sem ponto final
A vida vive nos sonhos
E as lembranças vivem em mim
Depois
É o hoje sem nós
Você vivendo em mim
Eu sonhando viver em você
Eu e você ligados por palavras
Aprisionando o passado num depois

De Elise para Montanha de rosas

domingo, 1 de agosto de 2021

1135 - Vazio e silêncio

Vazio...
As palavras rodopiam no vazio e desaparecem
Silêncio...
Os poemas sussurrados não ecoam

O dia vazio e silencioso é desvirginado pelo sol
Que não aquece a saudade indolente

Vazio...
A dor guerreou com o tempo até sucumbir
Silêncio...
Versos não foram declamados por falta de ouvinte

A poesia vazia de entrelinhas feneceu silenciosamente
Deixando o poeta sem esperança

Vazio...
O poeta sem amor e sem dor borda suas lembranças
Silêncio...
Agulha, linha e pontos silenciosos perpetuam o amor

O presente aquece se no passado primaveril
Onde as palavras floriam a Montanha de Rosas


De Elise para Rosemberg