quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

586 - Dia da saudade 30/01/2020

Saudade

Saudade sentidos que agonizam.
Cheiro de tristeza.
Sabor amargo.
Tato vazio.
Audição silenciosa.
Visão nostálgica.
Saudade é dor graduada na felicidade.
O companheirismo vira ausência.
As risadas viram tristezas.
A força vira abatimento.
A alegria vira banzo.
O perfume perde o aroma.
Saudade tem a força da felicidade.

De Elise para Rosemberg.
586

domingo, 26 de janeiro de 2020

582 - Palavras, poemas e romance

Palavras sem som,
Poemas sem leitura,
Romance sem final.
Palavras escritas para você,
que não chegam a sua essência.
Poemas escritos para você,
que não ecoam no seu coração.
Romances escritos para você,
eterno protagonista.
Palavras sem som,
Poemas sem leitura,
Romance sem final.
Vazio cheio de palavras,
que não definem solidão.
Versos que ecoam saudade,
sem achar o caminho até você.
Romance repleto de capítulos,
finalizados sem epílogo.

De Elise para Rosemberg.
582

sábado, 25 de janeiro de 2020

Comunicado. Tendo em vista o acesso de alguns sites não vinculados a literatura e a família como um todo, optei por retirar meus textos destes do Blogger.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

580 - Canção de uma só voz

Segurar as lembranças.
Mãos entrelaçadas são criação.
Mãos soltas são apenas sonhos,
No vácuo frio e escuro,
Onde o amor é recordação.

Pronunciar seu nome.
Lembranças afastam o esquecimento.
Escrever poesias é viver o sonho,
Desfeito ao despertar.

Segurar os sonhos.
Os dias são trançados de lembranças,
Que a noite aquecem a alma perdida,
Na busca por momentos inesquecíveis.

Ouvir o som do amor,
Preso ao nó do passado,
Num presente escuro e silencioso.
O coração treme ao som da canção.
Canção de uma só voz.

De Elise para Rosemberg
580

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Confecção da vida

Na confecção da vida.
Cortamos a peça da esperança em metros.
Alinhavamos para que caiba nos sonhos.
Costuramos as frações com paciência.
Chuleamos a esperança com respeito.
Pespontamos com cumplicidade.
Caseamos para que sonho fique certo na casa.
Na confecção da família.
Remendamos sempre que precise de conserto.
Costurarmos retalhos é cerzirmos a fé.
Plissamos o usado para ganhar novos feitios.
Customizamos sem perder a essência do amor.
Bordamos gestos de carinhos para fortalecer.
Embainhamos sempre que necessário o amor.
Na confecção da vida.





576 - Manipular o vazio

Desguarnecida de você resta apenas viver de sonhos.
A felicidade está longe.
O vazio se expande e consome a esperança que sonha.
Plantei amor e colhi alegrias.
A espreitar o vazio aguarda os sonhos como ração.
Da janela há o cheiro de mato.
Esconder as lembranças no fundo da alma é a solução.
A mente caminha sobre folhas de amoreira.
Manipular o vazio é a distração quando não há esperança.
Lágrimas do passado e do presente regam o futuro.
Brincar de felicidade é a cartada final no jogo da vida.

De Elise para Rosemberg.
576


sábado, 18 de janeiro de 2020

574 - Pés

Pés sonhadores,
caminham sobre terrenos de flores e plantas,
que ornamentam seus sonhos.
Pés livre,
caminham sobre áreas cobertas por árvores,
onde os sonhos estão na copa das árvores.
Pés combatentes,
caminham sobre terrenos irregulares e árvores baixas,
onde sonhos tropeçam e são deixados para trás.
Pés fatigados,
caminham sobre solo sem vegetação ou vida,
sem sonhos apenas o solo rachado acaricia o caminhar.
Pés solitários,
chegam ao vale das perdas e reencontram seus sonhos,
embalados ao som da solidão que canta mansamente.
Pés cansados,
não caminham mais por falta de esperança,
dão seu último suspiro embalados pela solidão.

Elise para Rosemberg.
574


sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

573 - Sonhos I

Procuro você nos sonhos.
Seu silêncio aumenta meu vazio.
Procuro você nos sonhos.
Sua distância diminui minha esperança.
Procuro você nos sonhos.
Tropeço na busca vazia por nós dois.
Procuro você nos sonhos.
Descrença no futuro é a submissão.

Encontro você nos sonhos.
Seu silêncio fere minha alma vazia.
Encontro você nos sonhos.
Sua distância exila meu amor.
Encontro você nos sonhos.
Cambaleando retorno a realidade vazia.
Encontro você nos sonhos.
Sem presente o passado trucida o futuro.

De Elise para Rosemberg.
573

domingo, 12 de janeiro de 2020

568 - Amor, escrita e desvario.


Escrever a essência da alma sem medo.
Viajar no tempo e descansar em seus braços.
Deixar brotar no peito a força da poesia.
Rabiscar versos vivos destruindo a morte.
Perpetuar o sentido da palavra "juntos".

Juntar palavras em versos colando o passado.
Emoldurar a paixão no esquadro da escrita.
Dar vida ao que está atado na alma.
Direcionar o norte para o futuro.
Perpetuar o regozijo do amor com poesia.

No peito do apaixonado o amor brota.
Sem estação, apenas florescendo sonhos.
O amor vence a morte com palavras,
Travestidas em versos de puro êxtase,
Geradas por amor, escrita e desvario.

De Elise para Rosemberg.
568


sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

570 - Vazio

Sonhos vazios...
O vazio apodera se de tudo.
Não há futuro...
O passado lateja no presente vazio.
É preciso coração e mente para sonhar...
Não há coração.
Mente solitária não sonha...
Vazios são os sonhos...
O vazio do amor assola a vida.
Não há futuro...
O presente agoniza na seca da fé.
É preciso coração e mente para sonhar...
Não há essência para sonhar.
Vida solitária não sonha...

De Elise para Rosemberg
570

domingo, 5 de janeiro de 2020

557 - Amor de dois

Há palavras que traduzem o amor,  
Amor transformado em saudade.
Saudade a borbulhar poemas,                                              
Poemas unindo mundos opostos.    
Há palavras atadas entre a razão e a ilusão.     
Razão a brandar - aceite o fim.  
Ilusão a sussurrar - estão vivos.   
Resta ouvir a voz o amor.
Seguir a trilha da ilusão,   
Saciar a saudade com sonhos.  
Escolher ser amante do amor,    
Cativo dos elos da saudade,
Transformando amor em versos,        
Versos que unem mundos opostos,     
Onde apenas o amor de dois sobrevive.
De Elise para Rosemberg.  
557

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

557 - Centelha do amor

Quando uma mesma centelha
ilumina dois corações,
chamamos de amor.
Quando um mesmo desejo
pulsa em dois corações,
chamamos de paixão.
Quando mãos se buscam
entrelaçando sonhos,
chamamos de companheirismo.
Quando pensamentos se completam
formando uma única estrada,
chamamos de amizade.

Quando uma mesma centelha
sobrevive num único coração,
chamamos de saudade.
Quando um mesmo desejo
pulsa num só coração,
chamamos de tristeza.
Quando mãos se procuram
e só uma está estendida,
chamamos de solidão.
Quando pensamentos não cerzem
sonhos de um futuro a dois,
chamamos de abandono.

Amor iluminando a saudade.
Paixão pulsando  tristeza.
Companheirismo solitário.
Amizade no abandono.
Assim vive o coração,
iluminado por meia centelha,
que teima em não morrer,
provando aos incrédulos,
que a centelha do amor,
É eterna...
É forte...
É viva...

De Elise para Rosemberg
557