quarta-feira, 30 de setembro de 2020

830 - Unidos

Somente almas leais
se abraçam para sempre.
Somente mentes intensas
fazem planos com respeito e amor.
Nossa caminhada
se fez com abraços e mãos dadas.
Nossos corações rachados
se uniram e ficaram intactos.
Só o amor verdadeiro
é construção com leveza.

De Elise para Montanha de Rosas.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

829 -- Pensando em ti

Pensando em ti
Escrevo meu caminho.
Saudades...
As palavras iluminam o rumo
Deste caminho sem sua luz.
Lembranças...
A imaginação voa feliz
Atada a dor da realidade.
Palavras...
O fantasma da solidão
Baila com o passado feliz.
Frases...
A dor não é pelo passado
É pelos sonhos sem futuro.
Poesias...
Meus olhos não encontrarão seu brilho
Seus olhos não enxergarão minha dor.
Mensagens...
Palavras com caminhar elegante
Suportam o peso da coroa solitária.
Orações...
Minhas lembranças são livres
Nem a dor pode aprisiona las.
Devaneios...
Escrevo meu caminho
Pensando em ti.

De Elise para Montanha de Rosas

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

824 - Calmaria

Minha saudade é calma.
Assim sobrevive meu amor,
Com sabor e perfume de alecrim,
Recordando instantes de alegria,
No nosso jardim secreto dos sonhos.

Minhas lembranças são discretas.
Sangrando lágrimas vazias de você
Que gritam seu nome em meus ouvidos.
Disfarçando a resignação da solidão,
Resta apenas procura lo nos sonhos.

Minhas poesias são só nossas,
A despertarem nossas estações.
As rimas ficam por conta da saudade,
Embalando o passado dia após dia,
Onde não há rodeios ou morte.

De Elise para Montanha de Rosas

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

823 - Um minuto


Um minuto, apenas um minuto.
No passado...
Eu e você.
Foi o suficiente para cruzarmos nossos olhares.
Unindo muito mais que duas vidas.
Ligando almas que se buscavam pela caminhada.
Um minuto, apenas um minuto.
No presente...
Eu sem você.
Lágrimas de saudades afogam os sorrisos da união,
Terminando com nossa história de sonhos.
Sobrevivendo apenas as lembranças de uma vida.
Um minuto, apenas um minuto.
No futuro...
Ninguém.
A poesia estará sem seu único ouvinte.
As músicas silenciaram no bailado das almas.
O mundo seguirá o mesmo... Sem nós dois.
De Elise para Montanha de Rosas

domingo, 20 de setembro de 2020

820 - Céu interior

 

No céu interior as estrelas brilham,
Aguardando sua chegada nos sonhos.
Você não vem.
A lua solitária chora pela longa espera,
Persistindo esperançosa incansavelmente.
Noite após noite.
O céu interior está divido,
Entre a saudade e o medo do nada.
Insistir em nós.
Subir até as estrelas a sua procura,
ir embora e o corpo ficar.
Encontrar a aurora.
Delirar em direção ao além,
Confiante na espera da sua presença.
O tempo não nos venceu.

De Elise para Montanha de Rosas

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

817 - Sonhos de um só


Buscar pelo amor nos sonhos,
Sem ao menos perguntar,
Se o amor deseja um encontro.
Escrever cartas para o amor,
Sem ao menos ter o endereço,
Para onde remete las.
Declamar poesias para o amor,
Sem ao menos te lo como ouvinte,
Ou para onde o vento leva las.
Segurar o passado onde o amor vive,
Porque no presente ele se foi
E no futuro não está o amor.
Preservar no momento atual,
Os sonhos, as cartas e as poesias,
Para o amor recebe las algum dia.

De Elise para Montanha de Rosas. 

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

816 - Desterro do amor

 

No desterro do amor,
A loucura acaricia a saudade,
Que de tanto gemer emudeceu cansada.
Instantes de fantasia alegram a alma.
O caminho solitário sabe a direção.
No fim do desterro está sua metade.
Segundos mágicos revivem o amor.
Um beijo carinhoso com permissão do tempo,
Preenche a saudade com esperança.
No desterro do amor.
O sonho é o tesouro da saudade,
Findando com gemidos e trazendo calmaria.
O tempo pará mas a alegria é duvidosa.
A estrada solitária sabe a direção.
A vida está após o desterro.
O amor descaracterizou se com a separação.
O beijo carinhoso é um afago piedoso,
Embalando a saudade e direcionando a vida.
Do desterro do amor, só metade do amor volta.

De Elise para Montanha de Rosas

Sonho 16/09/2020

Um grupo de pessoas sentadas na calçada em frente a Travessa Cascavel, mais precisamente na calçada da metalúrgica. Todos sentados em cadeiras brancas e a conversa corria solta.

Num momento, eis que surgem Dona Iracema e Cui, caminham e viram a esquina na Estrada em direção ao centro de Vaz Lobo, elas passam pelo grupo sem nem mesmo falarem ou olharem para o grupo que estava sentado. 

Logo depois surge o Rosemberg caminhando. Ao virar a esquina, ele atravessa a estrada e caminha em direção ao grupo sentado nas cadeiras, na calçada da metalúrgica. Fala com algumas pessoas do grupo que estão distantes de mim e da minha mãe.  A conversa é rápida e logo ele atravessa a estrada para o outro lado e segue em direção a praça de Vaz Lobo. 

Imediatamente eu digo a minha mãe que espere e vou atrás dele. 

Eu grito sem nome, embora ele nem olhe para trás. Eu vou atrás dele.

Rosemberg entra num estabelecimento feito uma padaria ou uma pizzaria. 

Eu o chamo. 

- Rosemberg. 

Ele percebe e não fala comigo. Eu me aproximo e digo. 

- Precisamos conversar, vamos sentar ali no banco. 

Sinalizo para um banco de madeira. Rosemberg senta atravessado no banco, com as pernas abertas, do tipo que homem costuma fazer em bar. 

Eu sento me junto dele e falo. 

- Você não deu nem um telefonema para saber da criança. 

Neste momento, estamos sentados juntos. Sem falar nada, ele abaixa um pouco a cabeça e vem para beijar me.

Houve um instante de plena felicidade e acordei.


terça-feira, 15 de setembro de 2020

815 - Delírio em procissão

    

Sem futuro o presente fica atado ao passado.
Refazer caminhos vividos é o que resta ao alento.
No passado está à vida...
O mesmo transporte e a mesma esquina.
No passado está o amor e os desafetos,
Que fazem falta no presente desocupado.
A mesma casa...
O velho portão e pessoas à frente da casa.
Pessoas segurando estandartes.
Bandeiras brancas e vermelhas a tremular,
Antes que o presente alcance o passado,
Todos saem em procissão na folia de reis.
No grupo a matriarca que foi um desafeto,
Segurando seu estandarte.
O passado é encontrado,
Sem poder toca ló, o presente se aproxima.
O presente é só saudade...
O passado ignora o presente como se fosse um nada.
A tristeza é tanta que o presente acorda subitamente.
O presente retorna de mãos vazios e alma solitária,
Guardando o passado no porta joias do coração.
O passado apenas ignora o presente sem futuro.

De Elise para Montanha de Rosas

Sonho 15/09/2020

Descer apressada do ônibus e perceber que o mesmo voltou a dobrar na rua a direita.

É noite.

Atravessar a estrada desviando dos carros e de uma bicicleta.

Do outro lado da estrada avistar a Cuí de saia vermelha e bolas brancas.

Caminhar apressada até a Travessa cascavel, para encontra lo.

Do inicio da rua avisto a casa com aparência antes da obra e muitas pessoas na frente da casa.

As pessoas estão na frente, do portão para dentro, e na rua. As pessoas seguram estandartes com

bandeiras brancas e vermelhas.

Antes que eu chegue a casa, todos saem em procissão da folia de reis.

Posso avistar a senhora Iracema segurando um estandarte.

Ao avista percebo que você simplesmente me ignora, como se eu não fosse nada.

A tristeza é tanta que acordo subitamente.

Fui atrás de você.

Você me negou.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

811 - Vencendo a saudade

Redigindo textos me ligo a você
Construo castelo de palavras
Que protegem nosso amor.
Vencendo a saudade.
As palavras são fortalezas
A defender o amor dos ataques
Do esquecimento e  da ausência.
Vencendo o banzo.
As frases são orações aos céus
Buscando tocar seu coração
No desalento da saudade.
Vencendo a descrença.
As cartas levam esperanças
Da continuidade além da vida
Permitindo que haja uma ligação.
Vencendo os medos.
Os poemas rodeiam a fortaleza
Espalhando resistência aos ataques
Do esquecimento e da ausência.
Vencendo a usurpação.
As palavras são sagradas
Porque possuem a voz da alma
A mensageira eterna do amor.
Vencendo o tempo.

De Elise para Rosemberg
811

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

807 - Protegido

O horizonte está próximo 
ao antemuro da minha alma.
A fortaleza das lembranças 
está protegida dos assédios.
O tempo espião invisível
não ultrapassa o paredão da alma.
O passado está inacessível 
ao futuro que vive de tocaia.

As lembranças alimentam 
a alma moribunda.
O horizonte chantageia a alma
com sua beleza exuberante.
Pelejando o tempo tenta
ter acesso as lembranças.
O passado esta num canto secreto
protegido do espião do esquecimento.

De Elise para Rosemberg
807

domingo, 6 de setembro de 2020

806 - Aniversário

Aniversário sem aniversariante.

As risadas  deram lugar ao silêncio.
Os convidados são as lembranças.
Abraços e beijos só em pensamentos.
Na caixa de presente tem esperança.
A incansável esperança da espera,
Por um sonho com abraços e risos.

Na mesa vazia de bolo nossa toalha. 
Feita com retalhos de sonhos, rotina,
Paixão, companheirismo e mãos dadas.
A comemoração ficou vazia de nós.
O brinde foi com lágrimas borbulhantes.
O passado fez se vivo no presente,
Detendo a entrada do esquecimento.

De Elise para Rosemberg
806


sexta-feira, 4 de setembro de 2020

804 - Suas coisas

A bengala recostada ainda espera por sua mão.
Roupas e sapatos estão prontos para uso.
Silenciosos são os dias sem nós dois.
O calendário sobre o móvel parou nosso tempo.
As moedas envelhecem no pote plástico.
Silenciosos são os dias sem nós dois.
O relógio parado impede que meu tempo corra.
Seu lado na cama está mudo sem os roncos. 
Silenciosos são os dias sem nós dois.
A porta do shopping tem seu lugar cativo.
Os lanches no shopping perderam o sentido.
Silenciosos são os dias sem nós dois.
A mesa chora a cada refeição que tu não estás.
A TV reprisa filmes a espera de nós dois no sofá.
Silenciosos são os dias sem nós dois.
A noite surge e traz a esperança de um sonho.
Vazios estão os caminhos que levam a você.
Silencioso e vazio renasce mais um dia sem você.

De Elise para Rosemberg
804

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

803 - Libertar

Libertar a consciência rumo ao futuro
Desamarrando o amor das lembranças
Permitindo que solto busque novas rotas

Alforriar o amor para expandir se
Sem o peso do compromisso
Morte e vida livres em novas veredas

O amor concede independência
A alma navega para eternidade
A vida finge alegria sem o carcere

Consciência a orar - Esteja bem...
Liberdade sem ambição de gozo
Livre acorrentada ao passado

De Elise para Rosemberg
803

terça-feira, 1 de setembro de 2020

800 - Um pedido

Pés desnudos e coração descalço,
Caminham no vazio rumo ao passado.
Eis que vindo do nada, surge...
Um pedido...
Um único pedido.
Pés desnudos e coração descalço.
Num instante de infinita certeza,
Desejam...
Um único desejo.
Sonhar com sua Montanha de Rosas.
Um único pedido, forte e certo.
Capaz de iluminar o caminho vazio,
Apressar os ponteiros do tempo.
Um sonho... É o único desejo.
A noite oculta a negação,
Só a esperança cintila no céu.
Pés desnudos e coração descalço.
Despertam com o raiar do sol
Vazios do sonho que não veio,
Vazios do pedido não consentido,
Vazios do desejo de vestir e calçar
A saudade das Rosas.

De Elise para Rosemberg
800