O horizonte está próximo
ao antemuro da minha alma.
A fortaleza das lembranças
está protegida dos assédios.
O tempo espião invisível
não ultrapassa o paredão da alma.
O passado está inacessível
ao futuro que vive de tocaia.
As lembranças alimentam
a alma moribunda.
O horizonte chantageia a alma
com sua beleza exuberante.
Pelejando o tempo tenta
ter acesso as lembranças.
O passado esta num canto secreto
protegido do espião do esquecimento.
De Elise para Rosemberg
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