segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Rosemberg

R omântico foi nosso inicio, meio e fim.
O lhares indiscretos selaram nosso amor.
S abedoria e cumplicidade eram a bagagem.
E sperança e emoção foram o farol para união.
M edo e insegurança não eram parte de nossas vidas.
B ondade e brandura eram as luzes em seus olhos.
E moção e espontaneidade alicerçaram nossos dias.
R espeito e refugio fundiram nossos corações.
G ardião da Elise foi você minha Montanha de Rosas.

De Elise para Rosemberg

Livro Montanha de Rosas III
31/12/2018 - 191

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Covardia

Unidade eram só coragem,
Podiam enfrentar tudo.
Divisão...
Metade é só covardia,
Sem coragem para o final.
Vazio...
As lembranças são chibatadas
Que não sangram.
Tempo...
Parte viva da coragem.
Metade vive com metade sepultada.
Realidade...
O futuro é navalha sem fio.
Arde ao ferir mas não sangra.

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III
187

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Estrada sem final

Nossa estrada não chegou ao final.
Querer você perto é um desejo que veio e ficou.
A vontade de te ver é maior que o céu.
Meu coração bate tão forte que doí.
É difícil guardar no peito essa saudade.
Nossa estrada não chegou ao final.
Quero você aqui junto de mim.
Sinto medo a cada manhã que não te encontro.
Não quero você só como lembrança.
Você levou minha vida e deixou saudade.
Nossa estrada não chegou ao final.
Um vento forte e rápido te levou.
Não houve tempo de dizer tudo.
Doí a saudade que ficou.
Não sei viver com esta dor.
Nossa estrada não chegou ao final.
Você não pode vir, mas eu posso ir.
Como pronunciar e aceitar que te perdi.
Volta para junto de mim.
Essa dor é insuportável.
Nossa estrada não chegou ao final.
Minha vida é solidão.
Não consigo viver assim.
Nosso castelo desmoronou.
Como me refazer com esta dor que machuca.
Nossa estrada não chegou ao final.
Seu jeito de Lord deixou me viciada em mimos.
Por que não posso ir ate onde estais?
Amar você foi tudo de bom.
Esta separação deixou uma ferida aberta.
Nossa estrada não chegou ao final.
Amar você é bom demais, pior é a distância.
Sigo arrastando todos os nossos sonhos.
Não acredito nem aceito esta separação.
Lágrimas e lembranças não preenchem o vazio.
Nossa estrada não chegou ao final.

De Elise para Rosemberg
Do livro Montanha de Rosas II

Exilados

Exilada da sua presença.
Sem comunicação com a sua musicalidade.
Isolada do seu carinho violentamente.
Separação forçada que dividiu nossa união.
Deserto árido foi o que se tornou a Montanha de Rosas.
Exilado da minha presença.
Nos dois estamos falecidos.
Vivos sem vida em lados opostos.
Somente o amor não desapareceu.
O fim do corpo não significa o óbito da união.

De Elise para Rosemberg
Do livro Montanha de Rosas II

Grudar

Soltar os sonhos e voar como condor.
Esperando descer e caminhar
Na sua direção embalando o amor.
Almas... Grudar em você.
A saudade é amarga e envenena a razão.
As lembranças espumam e se desfazem ao amanhecer.
Alma... Gruda em mim.
O vazio é torturador implacável.
Você é saudade viva.
Almas... Grudar em você.
Como ser feliz sem seus sonhos.
Se meus planos é ser seu sonho.
Almas... Gruda em mim.
Sem você tudo é noite.
Tenho fome do passado.
Almas... Grudar em você.
Preciso condensar nossos momentos num instante.
E grita a toda gente que não consigo prosseguir.
Almas... Gruda em mim.
Saudade maior que o reino da dor.
Lembranças a flamejar sem desejo.
Almas... Grudar em você.
Amar te diariamente.
Levar te comigo dia e noite.
Almas... Gruda em mim.
A saudade deveria preencher o vazio
Para a caminhada não ser solitária.
Sermos almas... Grudadas.

De Elise para Rosemberg
Do livro Montanha de Rosas II

Não há...

Pés estáticos...
Não há caminhos sem você.
Noites sem dias unicamente.
Não há amanhecer sem você.
Sorrisos apáticos simplesmente.
Não há felicidade sem você.
Não, não, não exclusivamente.
Procurar te nos meus sonhos...
Não há realidade sem você.
Encontrar te e poder contempla lo.
Não há sua presença em meus dias.
Correr para estreita lo em meus braços.
Não há como enlaçar seu corpo.
Ouvir suas negativas.
Não, não, não somente.
Gemer de dor ao despertar...
Não há como seguir no sonho.
Sua repulsa rasgou me o peito...
Não há caminho sem você.
Noites sem dias unicamente.
Não há como regredir no tempo.
Sorrisos apáticos simplesmente.
Não há vida em metade.
Não, não, não exclusivamente.
Negaste encontrar me no sonho.
Pés estáticos...

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas II

O que resta?

Quando o presente
É uma via de mão única.
O que resta?
Seguir em frente...
O medo fica forte
E o coração temeroso.
Quando o futuro
É uma via desconhecida.
O que resta?
Seguir e frente...
O medo antes fortalecido
Agora trêmulo com as incertezas.
Quando o passado de sonhos se desfaz.
O presente transforma o medo em força
E o futuro em incertezas.
O que resta?
Caminhar pés descalços...
Coração palpitante
E mãos frias.

19/06/18

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas II

Ruptura da interseção

Conjunto de Um com dois.
Elise, Pedro e Priscila.
Conjunto de um.
Rosemberg.
Aproximação para união.
Período curto.
Interseção da união.
Período longo.
Interseção da interseção.
Berguinho.
Corações encadeados.
Ruptura...
Conjunto de um com três.
Elise, Pedro, Priscila e Berguinho.
Extirpado o conjunto de um.
Rosemberg.
Separação da união.
Período curto.
Amputação da interseção.
Período breve.
Interseção da interseção.
Berguinho.
Corações desolados.
Ruptura sem permissão.

De Elise para Rosemberg
Do livro Montanha de Rosas II

074 - Sua ausência


A ausência não esvazia sentimentos.
A ausência não apaga lembranças.
Quem foi não volta, quem ficou não vai.
O que fazer?
Lembrar e relembrar anos de convívio.
A ausência não esvazia sentimentos.
A ausência não apaga lembranças.
O pensamento é livre enquanto houver vida.
Relembrar independe de divindades.
Com ou sem Deus nascemos e morremos.
A ausência não esvazia sentimentos.
A ausência não apaga lembranças.
O vazio da presença seca o futuro.
A melancolia sufoca o choro do presente.
Laços de amor são sólidos e livres para amar.
A ausência não esvazia sentimentos.
A ausência não apaga lembranças.

De Elise para Rosemberg
Do Livro Montanha de Rosas II

Rédeas no Tempo

Pudesse colocaria rédeas no tempo,
E você estaria comigo.
A saudade que hoje parou o tempo,
Não teria amanhecido.
Presunção ou egoísmo?
Apenas...
Apego por ser amada,
Apego por amar.
Nossa linha do tempo,
Conta simplesmente
Uma história de amor,
Cumplicidade e amizade.
O que fazer com os hábitos?
Sua ausência deixou tudo vazio.
Pudesse colocaria rédeas no tempo.
Você estaria comigo.

De Elise para Rosemebrg
Do Livro Montanha de Rosas II

Tá difícil...

Tá difícil...
A saudade é a estiagem do nosso cotidiano.
Nosso café da manhã,
Ficou com o sabor retido na memória,
E seu aroma na masmorra da alma.
As migalhas sobre a toalha,
Hoje são apenas reminiscências da felicidade.
Nossas conversas ficaram aprisionadas no coração,
Enquanto cada palavra baila no vazio da nossa casa.
Tá difícil...
A saudade trucida a alma,
Enquanto a carcaça se arrasta aguardando a alforria.
Não há mais sabor sobre a mesa,
Apenas o sal das lágrimas,
Dão sabor ao amargo da realidade.
Servida e sorvida no cotidiano vazio
Da sua presença.

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas II

Dor invisível

Dores não palpáveis são as que mais ferem.
Doem e vão doendo na caminhada.
Não são visíveis aos olhos alheios.
A sociedade afirma.
Dores não visíveis não matam,
Sua pontada apenas revira a alma.
Minando vagarosamente,
A felicidade e a esperança,
A dor da saudade é traiçoeira,
Em doses homeopáticas,
Mata aos poucos o sofredor.
Olhares perplexos não enxergam,
Porque esta dor não é da superfície.

De Elise para Rosemberg.
Do livro Montanha de Rosas II

domingo, 23 de dezembro de 2018

Metade

Pés caminhando na mesma direção.
Mesmo sem conhecer, o amor pulsava atraindo sua metade.
O amor fundiu se ao cruzar o primeiro olhar.
Findando com a solidão e a distância.
Dois tornam se unidade.
Tal qual céu e estrela, mar e horizonte.
O amor e o sonho nunca mais se separaram.
A força de um fortaleceu o outro.
O amor de um aqueceu o outro.
A unidade germinou e
Um não vive sem o outro.
A Morte...
Metades separadas não formam mais unidade.
Estradas opostas não chegam a lugar algum.
Corações separados pulsam dor.
Pés separados não encontram direção.
Olhar sem reflexo só enxerga solidão.
Céu sem estrela...
Mar sem horizonte...
Elise sem Rosemberg...
Apenas metade.

De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas II

Tu

Tu foste...
Sal nos meus dias.
Chuva no meu sertão.
Tu foste...
Luz na minha escuridão.
Estrela no meu céu.
Tu foste...
Nascente para o meu riacho.
Brisa para minha dor.
Tu foste...
Fogo que aqueceu meu corpo.
Mão que guiou meu caminho.
Tu foste...
Meu sorriso.
O melhor conselho.

Tu és...
Aconchego nas lembranças.
Abraços nos sonhos.
Tu és...
Saudade eterna.
Lágrimas compulsivas.
Tu és...
Espera incansável.
Luar exuberante.
Tu és...
Companheiro.
Amigo.
Tu és...
Paraíso e inferno da saudade.
Companhia e abandono.

De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas II

Gritos e Sussurros

O coração grita.
Você vive em mim!
Preciso te encontrar!
O coração grita.
Quero conversar e te tocar!
Há coisas pra falar!
O coração grita.
Preciso sentir sua respiração!
Mesmo que seja em sonho!
O coração grita.
Chega!
Não consigo mais viver.

O coração sussurra.
Preciso ficar junto de você novamente.
Não há como caminhar.
O coração sussurra.
Cadê seus braços que me protegiam?
Tenho medo do futuro.
O coração sussurra.
Aprendi a ser feliz com você.
Não há fim sem permissão.
O coração sussurra.
Não há mais estrada.
To indo...

De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas II



Voo do amor

A mente anseia voar.
O coração anseia amar.
Mente e coração gemem de dor.
Presos na carcaça que arrasta grilhões.
Impedido o voo do amor.

De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas II

Data

Datas devem marcar muito mais que tempo.
Devem marcar momentos retidos na alma.
Fixadas pelo amor que as geraram.
Como uma tela capaz de relembrar,
Momentos de pura felicidade.
Assim é, e sempre será nossa data.
Muito mais que um número ou marco.
É nosso divisor de vidas.
Minha data sim.
Nossa data sim.
Simplesmente.

De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas II

Fiquei...

Não podendo te segurar,
Nem podendo impedir sua ida,
Para não sei onde.
Apenas supliquei.
Me deixa ir junto!
Fiquei...

A saudade é loucura,
Que prende você
Na minha vida.
Vida que seu amor aqueceu
Enquanto seu sorriso iluminava.
Fiquei...

Chorar não basta.
Não traz você pra mim.
Agora é tarde,
Não há volta
Deste não sei onde.
Fiquei...

No vazio do espaço
Com imagens e lembranças
do passado.
Não há futuro depois de sua ida,
Nem envelhecimento sem você.
Fiquei...

Meus dias anoiteceram,
Os retratos desbotaram,
A vida perdeu seu tempo.
O coração ficou apressado,
Aguardando o final.
Fiquei...

Sem sonhos e sem futuro.
Deixei meus sonhos
Presos a você.
Sem você meus pés
Não saem do chão.
Fiquei...

Não houve ninguém, só você.
O sal dos meus dias.
O meu melhor.
Tatuagem na alma.
Quem tirava meus pés do chão.
Fiquei...

Deixa teu amor preso comigo.
O meu está preso a você.
Sua força de viver
Mostrou me a paixão.
Você soube me ensinar a amar.
Fiquei...

Minha estrela guia,
Meu anjo da guarda.
Meu amuleto da felicidade.
Você é mais que amor.
Nos somos metade um do outro.
Fiquei...


De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas II


Teu olhar

Teu olhar iluminou a escuridão da minha alma.
Pensei viver uma história sem fim.
E agora?
Sua partida deixou me chorando de saudade.
Como reencontrar você para um abraço?
Você levou meu coração.
Agora meus dias estão vazios.
Meu mundo ficou profundo e escuro.
Sem você não há mais desejo de viver.
O que fazer se não sei como prosseguir.
Não sei o que fazer.
Onde está a luz do teu olhar?

De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas II

Um instante

Um instante.
Um sonho.
Te lo junto ao peito.
Estarmos envolvidos num gesto de carinho.

Um instante.
Um sonho.
Te lo perto do meu corpo
Estreitado em meus braços.

Um instante.
Acordar.
Te lo volatizado por entre os braços.
Perto do coração e longe no abraço.

Um instante.
Acordada.
Telo na consciência e longe da carcaça.
Sermos almas unidas e distantes nos abraços.

De Elise para Rosemberg
Do livro Montanha de Rosas
183

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Mão solitária despida de amor

Mão solitária a frente de sua tribo.
Sua incumbência era proteger e prover os seus.
Mão solitária era despida de amor.
Num instante...

Mão solitária encontra sua metade e formam um par.
De mãos dadas caminham cheias de amor.
Mãos cheias de amor, unem as tribos.
Num instante...

De mãos dadas guiam a grande tribo.
Mãos sempre entrelaçadas...
Cheias de amor e sonhos.
Num instante...

Num piscas o Vazio.
Mão cheia perde seu par.
Mão agora vazia fica desnuda do amor.
Num instante...

Sozinha novamente, Mão solitária segue com sua tribo.
De mãos dadas não havia medo de tropeçar.
As mãos entrelaçadas  eram um par forte.
Num instante...

De mãos dadas o coração tinha ritmo.
De mãos dadas a visão era colorida.
Mãos cheias de amor eram acolhimento.
Num instante...

Hoje mão solitária tem joelhos ralados,
Coração disrítmico e visão sem cor.
Mão vazia perece sem par.
Num instante...

Mão solitária busca seu par nos sonhos.
A razão diz: Não há nada depois.
Mão solitária chora pérolas de saudades.
Num instante...

Mão solitária desaprendeu de caminhar sozinha.
O amor diz: Sonhe e aguarde.
Vazia do amor restam apenas as lembranças.
Num instante...

Mão solitária ficou vazia de tudo,
Tempo, vida e cor.
Mão vazia voltou a ficar despida do amor.
Num instante...

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III




Ponto final

O pior escritor...
É aquele que não consegue usar o ponto final,
no seu personagem.

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III

Palavra saudade

A palavra saudade é pequena demais,
para caber um mundo de lembranças.
A palavra saudade é frágil demais,
para suportar o peso da solidão.

A palavra saudade é embarcação,
pequena e frágil, a conduzir,
o bem mais valioso do homem.
O amor infinito.

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III

Sozinhos...

Sozinhos...
Eu sem você...
Você sem mim...

Um corpo sem alma,
carregando um coração sem você.
Uma mente cheia de lembranças,
com braços vazios de você.
Você se corpo, apenas alma,
carregando no coração o meu amor.
Seu coração e mente,
carregando nossas lembranças.

Sozinhos...
Apenas um.
Eu e tu, tu e eu. Nós...

Lágrimas do lado de cá,
borbulham em minha face.
Lágrimas do seu lado,
caem como orvalho sobre você
Braços vazios
te procuram nos sonhos.
Mãos macias e frias
não podem me acariciar.

Sozinhos...
Apenas um.
Eu e tu, tu e eu. Nós...


De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III

Vida

Estar com vida,
É viver o que há de melhor.
Estar sem vida,
É abrir o baú das lembranças.
Estar com vida,
É chorar lágrimas salgadas de alegria.
Estar sem vida,
É chorar lágrimas amargas de saudade.
Estar com vida,
É ter pressa para chegar em casa.
Estar sem vida,
É ter medo de voltar para o vazio.
Estar com vida,
É amar caminhando de mãos dadas.
Estar sem vida,
É caminhar desagasalhada do amor.

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III

Apenas um

Apenas um.
Eu e tu, tu e eu. Nós...
Sonho contigo.
Choro por ti.
Espero a partida.

Apenas um.
Eu e tu, tu e eu. Nós...
Sonhas comigo.
Choras por mim.
Esperas minha chegada.

Apenas um.
Eu e tu, tu e eu. Nós...
Sonhamos juntos,
Choramos juntos.
Esperamos um pelo outro.

Apenas um.
Eu e tu, tu e eu. Nós...
Sonhando...
Chorando...
Esperando...

Apenas um.
Eu e tu, tu e eu. Nós...

Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas.

Vida sem vida

A razão aceita sua partida.
O corpo sente o vazio.
O coração te quer de volta.
A mente me rotula de louca.
Os olhos são nascentes da dor.
A boca ainda pronuncia seu nome.
Minhas mãos procuram as suas.
Meus pés caminham sozinhos.
Orar pelo fim é clamar sem resposta.
Viver sem vida é a punição.


De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III

Escravidão

Servidão a vida,
Inerte dia após dia.
Escravidão na saudade.

Sem liberdade,
Apesar das súplicas.
Escravidão na dor.

Angustiante é a agonia,
Rasgando o peito.
Escravidão no pranto.

Almejar a liberdade,
Sem data para o voo
Escravidão na espera.

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Tempo

Vivi o Tempo das brincadeiras.
Caminhei sonhando no Tempo da juventude.
Corri contra o Tempo na faculdade.
Construí e demoli durante o Tempo dos planos.
Esforcei me durante o Tempo de trabalho.
Contentamento foi o Tempo dos filhos.
Divisão familiar foi o Tempo do isolamento.
Predestinado foi o Tempo do companheirismo..
Exilio de nós dois é o Tempo da solidão.
Prosseguir no Tempo do epilogo.
Vivendo as lembranças dos tempos felizes.

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III

Relógio da saudade

Não há...
Relógio para medir a dor da saudade.
Sentimento sem tempo, matéria ou forma.
O homem precisou medir o tempo.
Sua sombra não bastou.
Inventou o relógio de sol.
Aperfeiçoou se com a ampulheta.
Partiu para clepsidra e o relógio a vela.
Queria mais e fez o relógio de pendulo.
Chegou ao relógio atômico.
Mediu o tempo e dividiu-o em frações.
O homem criou  o tempo cronológico.
E o tempo histórico.
Só não conseguiu criar
O relógio para medir a dor da saudade.
O vazio da saudade,
É infinito e sem frações com a morte.

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III

Aderência da saudade

A saudade cessa a dor.
Mesmo sem cura para o mal.

A aderência da saudade.
Elimina a vida remanescente.

O corpo não oferece resistência.
Por total falta de forças.

A metade viva é asfixiada.
Pela aderência profunda da saudade.

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III

Você

Seu rosto transfigurado no meu rosto.
Seu coração dentro do meu pulsando.
Saudade dos dois lados antagônicos.
Sua viagem fara parada para meu embarque.
Seu caminho iluminará o meu.
Seu amor me resgatará do martírio.
Seus braços envolveram meu corpo vazio de seus abraços.
Suas mãos direcionaram meu coração até você.


De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III

Locomotiva

Na dianteira como locomotiva.
Impulsionando familiares e amigos.
Sobre os trilhos do amor e da união.
Hoje cansada de ser locomotiva.
Desejo ser apenas vagão.

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

E agora?

Você chegou de mansinho.
Tomou conta da minha vida.
E agora?
Você meu pretinho.
Deixou me sem porta de saída.
E agora?
O tempo corre e não posso segura lo.
Não afaste se de mim.
E agora?
Meu coração quer você comigo
Só há vazio dentro de mim.
E agora?

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III

Banzo

Privada de nossa vida,
O banzo instalou se em mim.
Saudade é seu nome.
Banzo é o sobrenome.
Seu cheiro é presente em mim.
O nosso café agora é amargo.
A vontade de abraça lo só aumenta.
Sua ausência extirpou me a vida.
As lembranças só aumentam o banzo.

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III

Do seu lado / Do meu lado

Desperto pensando em ti.
Sua ausência nos sonhos angustia meus dias.
Do lado de cá só lembranças.
Adormeço pensando em ti.
Clamando a deus para vê lo nos sonhos.
Petição errada com premiação não satisfatória.
Rogar para vê lo é pouco, quero mais.
Contemplar não basta, quero abraça lo.
Enquanto isso vou aguardando o reencontro.
Do seu lado não sei onde estás.
Apesar de você saber onde estou.
Desperto e adormeço pensando em ti,

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III

Ter

Tens meus pensamentos.
Tens minha saudade.
Tens o meu amor.

Tenho as lembranças.
Tenho o seu amor.
Tenho te em meu peito.

De Elise para Rosemebrg
Livro Montanha de Rosas III

Tempo vazio de você

O que fazer com o tempo vazio de você?
Rega lo com lágrimas é pouco.
Aduba lo com as lembranças não basta.
O tempo vazio é solo rachado pela seca.
Sertão que não floresce.
Terra que não embala sementes.
O vazio de você é seca travestida de morte.

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III

93 dias

Como levantar o olhar,
Contemplar a exuberância da lua,
Se meus olhos viam o mundo
Através dos olhos seus.
Estou cega de seu olhar a 93 dias.

De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas III

domingo, 16 de dezembro de 2018

Viagem

Viajei contigo de mãos dadas.
Na vida real e nos sonhos.
Ficamos juntos e não nos soltamos.
Fomos longes de  mãos dadas.
Desejei concluirmos juntos esta viagem.
Sua metade partiu.
Minha metade virou saudade.
Como seguir numa nova viagem?
Se tudo que vivemos está no mesmo lugar.
Como viajar se meu mundo não gira sem você.
Minha viagem estacionou esperando sua mão.
Sem você não há jornada.

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas III
Nov/18

De braços dados


















De braços dados com você.
Sentados num banco de madeira.
Embaixo de uma árvore.
Não houve tempo, verdades ou saudades.
Apenas o prazer de estarmos lado a lado.
Os segredos de ontem sussurrados.
Somente nossos corações puderam ouvir.
Estarmos juntos mesmo que por instantes.
É ter a certeza de continuarmos ligados.
Você é luz a guiar meus sonhos.
Eu sou lamparina a espera de sua luz.
De braços dados com você.
Sentados num banco de madeira.
Embaixo de uma árvore.

De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas III
- baseada num sonho -
04/12/2018

sábado, 15 de dezembro de 2018

Lágrimas

Lágrimas.
Lágrimas de saudade.
Chorar por ti não diminui a dor da saudade.

Lágrimas.
Lágrimas de luto.
O medo de um futuro longínquo sem ti.
Faz meu pranto borbulhar.

Lágrimas.
Lágrimas de cansaço.
Depois do choro o sono esperançoso.
De encontrar seu olhar nos sonhos.

Lágrimas.
Lágrimas de felicidade.
Sem medo da separação.
Na certeza de te lo no coração.

De Elise para Rosemberg. 
Livro Montanha de Rosas III
12/12/18

174 - Ter esperança


Sonhar é pouco, é preciso delirar.
Nos delírios, almejar te encontrar.
Para poder contempla lo.
E no seu olhar encontrar guarida.

No fim do delírio, apenas seguir sonhando.
Em expirar meus dias, contigo ao meu lado.
Ter esperança de encontra lo, minha metade.
E seguirmos atados nos sonhos infindáveis.

De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas III