sexta-feira, 31 de março de 2023

1742 - Trevas da alma

 

Ao encontrar o amor
A alma renasce límpida e pura
Nos suspiros profundos da alma
Tudo é um novo aprendizado
As mazelas do passados morrem
Só há luz e paz no novo mundo
A felicidade torna se uma barreira
Nada de ruim pode ultrapassa lá
O amor cresce e cria bases fortes
As sombras do passado
Espreitam ao redor das muralhas
Basta uma brecha na felicidade
Para as trevas ressurgirem
De um passado morto
Assombrando a alma renascida
A felicidade dita como inabalável
Chora ao ficar apartada do amor
Que julgou ser forte e eterno
Elise

quinta-feira, 30 de março de 2023

1741 - Dor

A dor mais profunda
Não pode ser compartilhada
Gruda na alma como piche
Impermeabilizando novas emoções

A dor mais profunda
Não pode ser dividida
Os próximos não lhe dão valor
Desdenhando sua força

A dor mais profunda
Finge serenidade ao mundo
Seus gemidos são sussurros
Desacreditados dos ouvintes

A dor mais profunda
É aceitar o passado calada
Perdendo o bem mais precioso
Num julgamento precipitado

Elise

1741 - Céu e Terra

 

Céu e terra
Ligados por amor e condenações
Amor e dedicação
Feneceram por erros pretéritos de um
O desprezo vindo dos céus
Dilacerou a pouca vida terrena
Negar o sonho dos céus é pouco
A consciência na terra chicoteia o lombo
Céu e terra rompimento final
Os sonhos morreram no céu e na terra
A saudade terrena não pisa mais no céu
Não basta sonhos só da terra para união
A saudade celestial não pisa mais na terra
O céu condenou a terra ao abandono
A saudade perdeu seu horizonte
Céu e terra estão separados para sempre
As lembranças ficaram na terra
Sobrevivendo em forma de versos

Elise

terça-feira, 28 de março de 2023

1739 - Rosa e Espinho

 

Um jardim triste...
Uma Rosa solitária buscando por amor
Um Espinho solitário buscando por amor
Estão perto e longe ao mesmo tempo
A Rosa consegue despertar
O que há de melhor
No Espinho solitário
Ambos desejavam um amor
O perfume do amor
Conectou Rosa e Espinho
No desejo do companheirismo
O amor regou sonhos na roseira de dois
A rigidez do Espinho e a delicadeza da Rosa
Geraram leveza e suavidade ao jardim
O coração bondoso da Rosa
Tornou o Espinho maleável
Rosa e Espinho são uma única vida
Juntos Rosa e Espinho
Mudaram suas direções rumo a união
O sol e as estrelas
Iluminaram esta união com seus brilhos
Rosa e Espinho tornaram se um
A Rosa inspirou o Espinho
Que usou sua ponta para rabiscar
Criando versos que falavam de amor
O tempo da Rosa passou...
Suas pétalas retornaram ao solo
O Espinho tornou se rígido novamente
Seus dias são só desesperação
O Espinho espera retornar ao solo
Assim Rosa e Espinho estarão unidos
Porque amor é...
Pensamento, conexão, despertar,
Companheirismo, respeito, partida
E união...

Elise

segunda-feira, 27 de março de 2023

1738 - Minha saudade

 

Em minha saudade
só cabe eu e você
Metade da esperança
definhou em mim
A dor deixou de torturar e
as lembranças alforriaram se
Sem o seu olhar
nosso jardim descoloriu se

Em minha saudade
só cabe nosso passado
Metade da nossa felicidade
floresce em meus sonhos
A dor perdeu a clausura e
as lembranças abraçam o vazio
Seguir sem a aflorada do seu olhar
cegou me para o futuro

De Elise para Rosemberg

sexta-feira, 24 de março de 2023

1735 - Dia do nunca

 

Os dias vindouros
São "Dias do Nunca"
A fechadura foi quebrada
Libertando o amor
Que já havia partido
Portas e janelas são abertas
Mesmo assim a saudade
Não consegue partir
Os dias estão sem sonhos
A loucura pereceu nas trevas
O depois evaporou se
Não sobrando nada
A saudade mantem se presa
Nos cômodos do passado
O amor morreu
Pela segunda vez
Hoje a saudade
Vive "Dias do nunca"
Nunca...
Chorar ou dizer "eu te amo"
Nunca...
Acreditar "Num depois"
Nos "Dias do nunca"
Só é permitido
Recordar...

Elise

quarta-feira, 22 de março de 2023

1733 - Sem ponto final

 

Romantizar sem ponto final
Delirando contatos inexistentes
Vivendo a felicidade num sonho
Deixando a loucura governar
Romantizando a falsa união

Romantizar a loucura
Delirando dentro do delírio prazeroso
Sendo feliz na mentira que preenche
Permitindo que o Depois seja Agora
Romantizando o fim como um aguardo

Elise

terça-feira, 21 de março de 2023

1732 - Mentir

 

Mentir que esta liberto
Escondendo seus próprios grilhões
Fingir que o relógio voltou a correr
E ficar preso no vácuo das lembranças

Esconder o presente do futuro
De tal forma que somente o passado
Reine nas terras da mentira

Ter as lembranças ocultas do mundo
Mantendo o acesso restrito a si próprio
E mesmo assim mentir que esta livre

Tentar apaziguar o vazio e a saudade
Deixando pouco espaço para a dor
Retirar os ponteiros do relógio da vida
Para que o passado seja presente e futuro

Elise

1732 - Momentos eternos

 

Há momentos vividos
Que tornam se eternos
Plainam sob as nuvens
Para não serem esquecidos

Momentos duradouros
São tatuagens vivas na alma
Afagando as saudades do amor

Recordar é saciar o presente
Com safras de bons momentos
Até empanturrar se do passado

Os momentos vividos
Iluminarão o caminho final
Lembranças são o farol da esperança
Guiando passos cansados e solitários

Elise

segunda-feira, 20 de março de 2023

1731 - Adeus

 

O vazio com expectativas é suportável
Dá forças ao caminhar
O vazio sem expectativas é insuportável
Caminhar não importa mais
No vazio com expectativas
Caminhar no passado é prazeroso
No vazio sem expectativas
Caminhar para o futuro é martírio

Libertar o passado do presente vazio
É gratidão pela felicidade saboreada
Libertar o Depois do hoje sem futuro
É amar sem apego, apenas com respeito
Assim o vazio com expectativas dá Adeus
Ao Depois que preenchia com expectativas
O vazio reinará sem Depois
Num Adeus infinito
Elise

domingo, 19 de março de 2023

1729 - Ziguezagueando

 

Por vezes o vento da saudade bate forte
Revolve a represa das lágrimas que transborda
A vida ziguezagueia por caminhos do passado
Assim o presente retorna a felicidade vivida
Reviver lembranças não amenizam a saudade
Pisar no solo que foi "o inicio" não trás alegrias
O voo da esperança perdeu uma de suas asas
O ninho vazio tombou ao vento forte da saudade
O rio de lágrimas contornam as lembranças
Ziguezagueando por momentos mágicos
A saudade apenas refrigera os dias vazios
E assobia versos nas noites sem futuro
De Elise para Rosemberg

sábado, 18 de março de 2023

1729 - Abandono

 

Sem intenção de voltar
O amor se foi levando parte da união
A parcela abandonada
Caminha negligenciando a vida
Sem intenção de voltar
O amor seguiu vivendo o esquecimento
Quem ficou abandonado
Caminha abraçado as lembranças
Sem intenção de voltar
O amor despediu se bem-agradecido
A parte deixada para trás
Trilha ao sabor do desmazelo
Sem intenção de voltar
O amor que vive tornou se sonho
A parte morta que ficou vive nos sonhos
Sem intenção de acordar

De Elise para Rosemberg

1729 - Um lar feliz

 

Sabermos da felicidade de uma família
E darmos "Glória a Deus"
É deixarmos a fé vencer
E o coração pulsar de alegria
O bem do próximo alegra a vida
Transmite a certeza que o Bem é maior
Família é união
Família é mãos dadas
Família são corações entrelaçados
Família são arestas vencidas
De Elise para uma amiga

terça-feira, 14 de março de 2023

1725 - Loucos

 

Loucos...
Os loucos amam...
A loucura liga o sonho a esperança
União inseparável pelas leis da saudade
Não há necessidade de carícias
O reflexo dos olhares do sonho e da esperança
Iluminam o desterro da saudade e
Acalmam o mar bravio de lágrimas
Os loucos andam de ponta cabeça
Amam vivos num passado eterno
Se deixam flutuar nos ventos da ilusão
Os loucos sobrevivem ao fim
Os loucos amam no vazio sem tempo
Loucos...
Amantes...
De Elise para Rosemberg

segunda-feira, 13 de março de 2023

1724 - Perto e distante

 

Chegar perto do portão da felicidade
Olhar sem poder caminhar ou toca ló
Transpor a soleira não é mais permitido
Não há como adentrar no Porta Joias
A chave do impedimento é um NÃO
A saudade viva segue em cova aberta
A barreira tritura a alma sem esperança
Chuvas de lágrimas não brotam mais a fé
O solo do coração secou e rachou
Restou calar a dor e sorrir para o mundo

De Elise para seu Porta Jóias

domingo, 12 de março de 2023

1723 - Dias

Há dias...
que a carcaça pede por um abraço
a essência deseja sair da penumbra
e o coração anseia por lenços para as lágrimas
Há horas...
que a realidade chicoteia o corpo sem ânimo
estremece a alma que zanza solitária
e cala o amor dando lugar as lembranças
Há instantes...
que a carcaça congela seu tempo
o espirito tem passe livre ao passado
e o coração mergulha no mar da felicidade
Há saudades...
que envolvem a vida na espera pelo fim
a alma sonha com seu voo libertador
e o coração apronta suas lembranças na bagagem
Há sonhos...
que atravessaram a mente e se vão sem atuação
desejos de uma alma enfraquecida para realizações
e um coração que perambula rumo ao poente

De Elise para Rosemberg









segunda-feira, 6 de março de 2023

1717 - Passado

 

Passado
Revive-lo não é permitido
A ação de retoma-lo causa dor
Traz vazio ao presente sem rumo
O abandono se faz juiz do pretérito
Passado
Do fiapo de um sonho nasce um romance
O texto é formado por fases vividas
O saudoso vive a garimpar nas entrelinhas
Assim o presente toca o pretérito da alma
Passado
Das cartas da loucura surgem um filme
O roteiro é formado por lembranças vivas
O solitário tem lugar cativo na primeira fila
Da plateia o presente viaja ao pretérito
Passado
O som da saudade virá samba
A letra é composta por declarações de dois
Os acordes são formados pelos sussurros
O cantarola de um é a oração do outro
Passado

De Elise ara Rosemberg



quinta-feira, 2 de março de 2023

1713 - Pássaro velho

 

Sem pouso certo
Com ninho desfeito
Coração saudoso
E gratidão pela vida
O pássaro velho
Voa de galho em galho
Cansado e sem forças
Sempre o mesmo trajeto
A ave bela de outrora
Finge comandar seu bando
Com sua pouca altivez
Resíduo de uma vida feliz
O pássaro velho
Que construiu tantos ninhos
Hoje sente se sozinho
No interminável voo da vida
A ave bela de outrora
Assobia baixinho sons de uma vida
Pula com pernas e asas fraquinhas
Feliz pelas manhãs e tardes vividas
De Elise para Rosemberg

quarta-feira, 1 de março de 2023

1712 - Opostos e amigos

 

Houve um gato
Que tinha medo de rato
Quando o gato era pequeno
Um rato mordeu seu rabo
Desde então o gato fugia
De todo rato que via
O mundo girou de ponta cabeça
Surgindo um recomeço para gatos e ratos
Os gatos agora andam nas telhas das vielas
E os ratos andam nas vielas com telhas
Gatos e ratos tornaram se amigos
Dividindo o mesmo espaço
Porque corações generosos
Transformam opostos em amizades

De Elise para Artho

1712 - Vício em sonhos

 

Metade do presente corre para o futuro
A outra metade corre para o passado
A vida sem rumo busca por seu par
O amor sem bússola vaga atrás da vida

Vida e amor não conseguem se encontrar
Passado e futuro vivem sem elo no presente
O presente vive embriagado por sonhos

Totalmente dependente dos sonhos
O presente afasta se de tudo e de todos
Somente seu mundo distorcido causa lhe prazer

Futuro e passado agonizam sem se tocarem
Vida e amor vivem sem elo com o tempo
A dependência por sonhos alucina o presente
Que viciado em sonhos vive a delirar

De Elise para Rosembrg