quarta-feira, 31 de julho de 2019

Pesadelo da saudade.

Mar agitado.
Ondas bravias em direção ao navio.
A água chicoteando sem dó nem piedade.
O medo...
Tentando sobreviver meus braços enlaçam um corpo.
O vento...
A água...
O balanço assustador da embarcação.
O mar agitado a noite é escuridão.
Ondas grandiosas aterrorizam até a morte.
A morte é atormentada.
Retornar de lugar nenhum deixando você.
A lembrança do abraço forte retribuído assusta.
O corpo falecido acolhe o amor tamanha saudade.
Instantes de esperança se desfazem.
O amor de uma vida não é imoral.
Fugir do beijo morto foi ser fiel a ti.
Doçura e brandura são chave e cadeado de nossas almas.
O mar agitado da desilusão grita:
Não era você meu doce amor.

De Elise para Rosemberg.
403


segunda-feira, 29 de julho de 2019

A porta

A porta que isola a vida da morte,
Range dia e noite no transportar de sonhos sem alma.
Apenas as lembranças possuem passe livre.
A dor flagela a pouca vida pulsante.
Quem foi não retorna.
Quem fica não cruza a porta.
Resta apenas aguardar a porta abrir.

De Elise para Rosemberg
401

terça-feira, 23 de julho de 2019

Pronunciar seu nome

A lacuna entre a vida e a morte.
          Olhares se cruzam encabulados.
Lateja no corpo sem alma.
          Alho é chave para o amor.
O luto passa e a saudade não estanca.
          Bananadas adoçam o inicio.
As lembranças não conhecem o tempo.
          Conversas e procuras apenas unem.
Pronunciar seu nome,
É guerrear com esquecimento.

A lacuna entre a vida e a morte.
          Passeios simples são caminhos para o céu.
Corpos flagelam sem tempo.
          Olhares se cruzam apaixonados.
Lembranças sem alma pulsam.
          Presentes de amor são eternos.
O pesar da morte vive na saudade.
          Bolos perfumam  as tardes da união.
Pronunciar seu nome,
É o esmero contra o esquecimento.

A lacuna entre passado e o presente.
           A saudade vive no luto sem tempo.
Corpos e corações separados.
          Olhares não se encontram mais.
Lembranças que invadem o futuro decrepito.
          Solidão é a chave que encarcera o amor.
Clausura é destino do amor companheiro.
          Amargo é o sabor da separação.
Pronunciar seu nome,
É assassinar diariamente o esquecimento.


394
De Elise para Rosemberg.

393 - Obstinação

Sem o apoio da sua mão, não há direção.
O caminho fica perdido no vazio de você.
Resta enlouquecer a cada manhã.
Por não encontra-lo nos sonhos.

Receber seu vazio após cada chamado.
Escrever palavras de amor que não te alcançam.
Lembranças sem vida vagam sem rumo.
O presente está paralisado na soleira da morte.

Mãos estendidas sem direção vivem a chorar.
No vazio onde a loucura grita por você.
Mantê-lo vivo pronunciando seu nome.
O desvario está no limite da vida e da morte.

Busca-lo e segura-lo nos sonhos é obstinação.
Sinalizando o caminho com versos de amor.
Direcionando nossas mãos uma a outra.
Finalizando num encontro chamado união.

De Elise para Rosemberg



quarta-feira, 17 de julho de 2019

Mundo paralelo

A lacuna entre a vida e a morte,
É um mundo paralelo de pensamentos.
Onde latejam corpos sem alma.
O luto vagueia e a saudade não estanca.
Lembranças flagelam vivas sem tempo.
Falar seu nome é lutar contra o esquecimento.

A lacuna entre a vida e a morte,
É um mundo paralelo para o amor.
Onde corpos sem tempo flagelam.
Lembranças sem alma latejam.
O luto sobrevive na saudade.
Pronunciando seu nome prolongando sua vida.

De Elise para Rosemberg.
389


sábado, 13 de julho de 2019

Amar é

Amar é viver dentro de outra vida.
Enxergar o outro de olhos fechados.
Pronunciar calado eu te amo.
Chorar de plena felicidade.
Sussurrar coisas perceptíveis só a alma.
Amar é continuar vivo dentro de um sopro.
Derradeiro sopro que liga vida e morte.
Sussurrar coisas perceptíveis só a alma.
Chorar a solidão absoluta.
Pronunciar eu te amo silenciosamente.
Enxergar nos sonhos o outro que acabou.
Amar é viver dentro do quinhão da morte.

De Elise para Rosemberg.
385



quinta-feira, 11 de julho de 2019

Sem fim

Olhos borbulhando lágrimas,
Num corpo sem vida.
Coração pulsando vazio,
Num espectro solitário.
Mãos buscando amparo,
Num corpo que desapareceu.
Pés seguindo na lacuna do amor,
Num espaço sem luz ou sonhos
Lembranças chicoteando a saudade,
Num martírio sem fim.

Olhos desejando ver o passado,
Num corpo com vida.
Coração pulsando por sua metade,
Num espectro que não deseja viver.
Mãos buscando esperança,
Num corpo que abandonou a união.
Pés sem rumo buscando por metade,
Num espaço sem vida e amor.
Lembranças sangrando a carne,
Num prazer mórbido dos céus.

De Elise para Rosemberg.
383

sábado, 6 de julho de 2019

Terra e Vida


Caminhos sem fé.
Terra Seca forçava Vida a seguir sob o sol abrasador da miséria.
Estudando.
Espinhos secos feriam Vida que desbravava o mundo.
Trabalhando.
Pétalas de rosas acariciavam Vida que não desistia.
Sonhando.
Algodões doces brotavam e caiam sobre Vida, das árvores do amor.
Procriando.
Sementes de amor fertilizaram Terra que abraçavam Vida fortemente.
Peregrinando.
Caminhos com pouca fé.
Algodões doces lavraram grãos para novas arvores do amor.
Amando.
Terra germinou, floriu e coloriu o deserto da desesperança.
Procriando.
Pétalas murchas caíam sobre Vida tentando mante la fértil.
Trabalhando e amando.
Espinhos seco voltaram a ferir Vida agora irrigada pelo amor.
Amando o amor.
Terra e Vida secaram, racharam e choraram poeiras amargas de dor.
Morrendo após a morte.
Caminhos sem fé.

378
De Elise para Rosemberg.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Além da vida e da morte



Levantei o olhar e deparei me com você,
Neste instante nasceu a paixão.
A busca de uma vida inteira havia terminado.
Coração e corpo estavam cheios de graça.
Instante mágico que aglomerou sonhos.
Meu amor por você é muito além da vida e da morte.

Sentada no jardim imperial vigiando as crias,
Levantei o olhar entre os raios do sol
E você surgiu como conquistador paciente,
Corações e corpos vibraram cheios de amor.
Instante mágico que ficou tatuado em nossos corações.
Meu amor por você é muito além da vida e da morte.

Lado a lado na varanda de uma festa,
Cruzamos olhares já apaixonados.
O corpo tremia tamanha a emoção,
Selando o amor que cheio de graças virou eterno.
Minuto mágico transfigurando o romance em união.
Meu amor por você é muito além da vida e da morte.

O amor se fez vivo num momento muito esperado.
Corações entregam se ao consorcio sem fim.
Uma rosa vermelha sela a manhã iluminada.
Vidas inseparáveis desbravaram a felicidade.
O amor germinou em pontos azuis bailando no ar.
Meu amor por você é muito além da vida e da morte.

Caminhar e encontrar foi o destino nos atraindo.
Amor na terra e no céu unindo sonhos foi a certeza.
União dos corpos e almas transbordavam alegrias.
Um completando o outro em manias e desejos.
Certeza de vidas unidas pela eternidade.
Meu amor por você é muito além da vida e a morte.

Tantas sejam as vidas, todas serão suas.
Todos os dias foram grandes e marcantes,
Desde quando levantei os olhos e avistei você.
Ama ló em todas as minhas vidas,
São e serão os capítulos do nosso romance.
Meu amor por você é muito além da vida e da morte.

376

quarta-feira, 3 de julho de 2019

375 - Sua falta

O medo do futuro envelhece a esperança,
que caminha apoiada na bengala do amor.
As lembranças iluminam o presente nublado,
que perdeu a graça com o luto.
A saudade embala os sonhos de ontem e hoje,
não realizados ou guardados para a velhice.
A dor nos liga com elos inquebráveis,
a união foi forjada com respeito e amor.
Seu olhar me faz falta...
A esperança tornou se carcaça fétida,
rastejante sem direção a procura do fim.
Os sonhos procuram o passado todas noites,
numa busca incansável e sem resultados.
Os dias ensolarados pelo companheirismo,
estão nublados e frios pela solidão.
As lembranças latejam como dor,
sendo a dor o único elo a nos unir.
Seu abraço me faz falta...
O medo caminha a passos temerosos,
aprisionando o luto com amante.
A saudade com raízes profundas,
sustentam a dor dia após dia.
As lembranças gritam seu nome,
para que o esquecimento não o leve do coração.
A dor é vibra no silêncio da vida, alma e casa,
onde metade sem rumo aguarda o fim.
Sua mão estendida me faz falta...
A esperança fenece vagarosamente,
na agonia da morte sem sonhos ou fé.
Procurar o passado nas gavetas da mente é inútil,
o corpo chora na certeza do desaparecimento.
A noite sem o seu olhar para iluminar é cruel,
os sonhos borbulham sem lembranças.
O passado geme sua dor no presente,
murmurando - Montanha de Rosas.
Sua fé me faz falta...
De Elise para Rosemberg