quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

922 - Sem fim

Como dizer adeus
Se não chegamos ao fim
Tu não vens nos sonhos
Eu sigo sonhando acordada
O tempo corre sem as estações
Enquanto as lembranças passeiam
A saudade fez se inquilina na alma
Lotando de lágrimas a fonte do amor
Sentimento que alimenta os sonhos
No aguardo dos seus abraços

De Elise para Rosemberg

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

920 - O Nada

O Nada é algo eterno e sufocante
Areia movediça que não sufoca o amor
Do alto as estrelas espiam um olhar perdido
Enquanto a alma caminha num deserto gélido
Inquietações agonizam no abandono sufocante

O Nada não teme tempestade nem ventania
Manso e forte o Nada trilha no escuro da dor
O amor uiva ao longe em forma de saudade
Lembranças formam um coração de filigrana

O Nada tenta consumir as relíquias do passado
Lágrimas e suspiros tentam encher o mar da fé
As palavras velhas e novas são o alimento do amor
O amor latente geme em tempos diferentes da dor
O Nada não mata o pecado da esperar eterna

De Elise para Rosemberg

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

913 - Desejei

 

Desejei um acolhimento nos seus braços
Palavras que traduzissem saudade
Olhar com brilhos de felicidade
Desejei segundos ao seu lado
Tempo capaz de unir dois mundos
Pedindo apenas um abraço acolhedor
Desejei enviar palavras aos seus braços
Poesias só suas ao seu coração
Saudades em forma de pensamentos
Desejei envelhecer de mãos dadas
Encontrar seu olhar a cada busca
Aninhar me nos seus braços a cada pesadelo
Desejei não te perder
Segura ló não foi possível
Caminhar sozinha é a cruz da velhice

De Elise para Rosemberg

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

909 - Palavras

Palavras represadas
Boiam no açude da saudade

Palavras só para ti
Aglomeram se em forma de poesia

Palavras em forma de lágrimas
Enchem o açude da saudade

Palavras evaporam chegando aos céus
Esmiuçando por ti nas nuvens

Palavras que não chegam a ti
Caem como gotas de lágrimas no açude

Palavras represadas florescem para ti
Transbordando o açude no sertão dos sonhos.

De Elise para Rosemberg

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

907 - Escrever

Escrever para ti
Todas as manhãs
Palavras só suas
Seguir sua companheira
Amando o nos poemas e cartas
Prosseguir aguardando
Reencontros nos sonhos
Onde haja o "para sempre"
Seguir caminhando é o dever
Aguarda ló nos sonhos
É a esperança...
Poder estender as mãos
Abraça ló sem tempo
Unindo sonhos e palavras
Te ló comigo a todo instante
Nos pensamentos e lembranças
É estar longe e perto
Seguindo a vida
Até o fim
De Elise para Rosemberg

domingo, 13 de dezembro de 2020

904 - Cartas e poemas

A casa chamada saudade,
É onde cartas e poemas resistem.
Bravamente as cartas pelejam,
Provando que o amor sobrevive.
As desventuras da solidão,
Batalham com a saudade e a morte.
Ficar é cavalgar no inferno,
Onde a solidão é um estado da alma.
Partir é saborear a morte,
Onde o silêncio é ensurdecedor
E a alma vive encarcerada no passado.
A solidão hoje é realidade ilusória,
Aguardando refugio no amanhã.
Na ausência do aconchego,
As lembranças se mantem vivas.
Assim as alegrias a dois,
Sobrevivem no árido deserto da união.
Assim seguem as cartas e os poemas,
Pelejando com a saudade e a morte.
Palavras solitárias contornam com fé,
A casa que chama se saudade.

De Elise para Rosemberg

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

899 - Tempo

Os dias tornaram-se longos
O tempo arrasta-se sem ponteiros
O crochê fez-se pontos sem definição
As flores dos bordados não perfumam
As estrelas tornaram-se cadentes
Luzes do Natal não acendem a alma
Pedidos de fé brotam nos sonhos
Lágrimas não afogam recordações
A saudade detém a vida no tempo feliz
A tristeza colhe flores no passado
O corpo perfuma-se com lembranças
Seguir no tempo sem ponteiros
Peregrinando rumo ao passado

De Elise para Rosemberg


segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

898 - Sonho narrado

Historiar uma vida,
Vencendo a morte.
Narrar o amor,
Mantendo o vivo.
Expor a saudade,
Manejando a dor.
Pronunciar o nome,
Triunfando sobre o fim.
Contar segredos,
Enrolados nas entrelinhas.
Relatar o vazio ,
Alicerçado em lembranças.
Enfeitiçar a morte,
Abraçando o amor no sonho.

De Elise para Rosemberg

domingo, 6 de dezembro de 2020

897 - Passado=presente

Enroupar o passado
para revive ló no presente.
Aromatizar o presente
para reviver o passado.
Alternar passado e presente
tentando abraçar o amor.
Recordar o passado
para revive ló no presente.
Proferir nomes no presente
para reviver o passado.
Alternar presente e passado
tentando abrigar o amor.
Poetar sobre o passado
para revive ló no presente.
Escrever no presente
eternizando e revivendo o passado.
Alternar passado e presente
tentando enlaçar o amor.
Habitar o passado
para revive ló no presente.
Exterminar a morte no presente
para reviver o passado.
Alternar presente e passado
para remendar a fenda do amor.

De Elise para Rosemberg


quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

891 - Natal

Germina a árvore da união
Batizada de Natalina.
A frondosa árvore floresce
Unindo dois corações que sonham.
Data especial que marca
A aurora de uma nova era.
Descendentes diretos
Formam longos e fortes galhos.
Esperança e confiança
Cobrem a árvore com brotos azuis.
Alegria e cumplicidade
Cobrem a árvore com botões amarelos.
Amor e sonhos
Cobrem a árvore com florada carmim.
A árvore Natalina
Guarda marcas de uma vida.
Meias pequeninas, chupetas e brinquedos
São agradecimentos e sonhos velados.
Frações do tempo congeladas
Perpetuam instantes felizes.
Luzes piscam na casa
Iluminando os corações sonhadores.
Palavra formam cartinhas
Com desejos e ilusões secretas.
A árvore Natalina é coroada
Pela estrela da união de dois corações.
Hoje a árvore está seca
Tentando florir carinho e ternura.
Buscando uma reconciliação
Do passado com o presente.
Crença em obter numa fração do tempo
A união de corações separados.

De Elise para Rosemberg


domingo, 29 de novembro de 2020

889 - Perfume

Embriaguei me com seu perfume.

Hoje ...

Seu perfume fez a saudade dar me uma carraspana.

Enamorei me por você, fragrância das minhas noites.

Hoje...

Estrelas do seu olhar formam uma constelação solitária.

Vesti me de essências para bailarmos no firmamento.

Hoje...

A mortalha cobre um corpo sem a unção do seu perfume.

Caminhamos juntos nos campos das bem aventuranças.

Hoje...

Sua voz meiga retumba em meu coração sem aroma.

Seus poucos sorrisos floriram em meu jardim.

hoje...

Deixo me embriagar com o perfume das lembranças.


De Elise para Rosemberg

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

887 - Canção do amor

A canção do amor é infinita
Guarda segredos de uma vida
Enche de saudades um corpo sem vida
O coração canta embalando lembranças
Onde almas se tocam em mundos opostos
A canção do amor deixa corações atados
Recomeço e fim se interligam
O que restou só sente saudades
O que se foi só sente saudades
Olhos fechados é viver os sonhos
Pálpebras aberta é viver a morte
A canção do amor retornou me você
O frio da morte invadiu meu corpo
Restou apenas o ultimo suspiro
Sussurrando "sou louca por você"
E o grito de amor pronunciando seu nome

De Elise para Rosemberg

domingo, 22 de novembro de 2020

Dialeto dos poetas

                                     A língua dos poetas                                                                                                                      é a língua do coração. (Jean Cocteau)

Utopia é um lugar que não está em mapas.
Ela vive na pátria do coração.
Onde residi o dialeto dos poetas.
O coração de um poeta nunca está só.
Ele vive na terra prometida aos sonhadores.
Onde as palavras escutam, aconselham e iluminam.

Elise Schiffer
22/11/20

sábado, 21 de novembro de 2020

882 - Silêncio

 

As palavras rasgam o silêncio sepulcral
As lembranças colorem a vida desabitada.
Não há mais par.
Apenas um a cortejar a lua com seu silêncio
Aspirando que seu par contemple o céu.
Não há mais par.
Rosas e orquídeas presenteadas no passado
Perfumam o jardim do coração apartado.
Não há mais par.
O vento a varrer esperanças de amor
É o mesmo que traz aromas que tocam a alma.
Não há mais par.
As palavras sonorizam emoções e saudade
Do amor que partiu deixando o silêncio sepulcral.

De Elise para Rosemberg

terça-feira, 17 de novembro de 2020

878 - Palavras poéticas

As palavras possuem almas poéticas.
Carregam em si sentimentos vivos.
Como pássaros ganham o mundo,
Sussurrando sonhos de amor,
Aos corações saudosos dos dias felizes.

As palavras vibram esperança e fé.
Expandindo sensações de felicidade,
Penetrando nos ouvidos adormecidos,
Acordando sonhos de amor. 
Revivendo o passado no presente.

As palavras ligam vida e morte.
Cerzindo saudades que não se tocam.
O ninho das lembranças pulsa vida.
A dor ofegante da cisão entre morte e vida,
Alberga se no ninho das palavras poéticas.

De Elise para Rosemberg.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

871 - Resignação

Paz no coração rumo a evolução
Luz e brisa fresca para trilhar
Caminhos onde não há dor.

Saudade é palavra doce e poética
Ninando lembranças feitas de arroz doce
No amargo céu cintilante da velhice.

Lembrar do amor é tornar se forte
Reviver o gosto do primeiro beijo
Ser abençoada numa estrada de erros.

A revolta é vencida pela resignação
De ter caminhado de mãos dadas
Com a doce montanha de rosas.

De Elise para Rosemberg

870 - Bom dia

Bom dia para o amor...
Bem e cercado de corações afins,
É o desejo maior do coração.
Lembranças ocupam as entrelinhas
Do bom dia para o amor.
Um amor saudoso que não voltará.
Restam lembranças boas
E as nem tão boas assim,
Que alimentam o vazio do amor,
O vazio do olhar devasso,
Das palavras ponderadas e da paixão.
Viver o amor com o Amor,
É um presente dos céus.
Lembranças são balsamo para a dor,
Companhia para a caminhada solitária,
Acalmando medos e o coração.
Lembranças tornam se orações
Palavras de agradecimentos,
Por ter sido amada e amado
Por toda uma vida.
O último desejo - Esteja bem!

De Elise para Montanha de Rosas

domingo, 8 de novembro de 2020

869 - Saudade

Saudade decodificada em palavras
Eternizando lembranças vividas
A memória é a guardiã do passado
Num presente vazio de vida
Onde saudade e passado vivem juntos

Saudade decodificada em palavras
Flutuando rumo aos céus sem fé
Formando nuvens de lembranças
Que pesadas de tanta solidão
Caem do céu em formas de gotas.

Saudade transformada em lágrimas
Revivendo lembranças de uma vida
A memória é o único elo
Ligando passado e presente sem vida
No futuro que nunca possuirá palavras

Saudade transformada em lágrimas
Inundando o presente árido de vida
Onde somente as lembranças germinam
Alimentando a solidão faminta
Do companheirismo e das mãos dadas

De Elise para Montanha de Rosas
869