segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Tá difícil...

Tá difícil...
A saudade é a estiagem do nosso cotidiano.
Nosso café da manhã,
Ficou com o sabor retido na memória,
E seu aroma na masmorra da alma.
As migalhas sobre a toalha,
Hoje são apenas reminiscências da felicidade.
Nossas conversas ficaram aprisionadas no coração,
Enquanto cada palavra baila no vazio da nossa casa.
Tá difícil...
A saudade trucida a alma,
Enquanto a carcaça se arrasta aguardando a alforria.
Não há mais sabor sobre a mesa,
Apenas o sal das lágrimas,
Dão sabor ao amargo da realidade.
Servida e sorvida no cotidiano vazio
Da sua presença.

De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas II