quarta-feira, 2 de agosto de 2023

1866 - Sem sonhos

 

Sem sonhos não voamos
Sem vôos o mundo torna se pequeno
As perdas não tem mais valor
A sopa de ossos da saudade torna se banquete
Rosto e alma enrugam com a solidão
A fome de vida perde o paladar
Os sonhos morrem olhando para os céus
Restando...
O solo rachado no coração
A vida cedendo lugar a morte
Túmulos vazios de lembranças
Migalhas que não nutrem mais os sonhos
Rosto e alma sem reflexos para reluzirem
Lágrimas a saciarem a sede da desesperança
E carcaças de sonhos no desterro da fé
Elise para Elise
02/08/2023