O último tomate do caixote.
É açoitado...
Pelo sol da solidão,
Pelo vento frio dos pecados,
Pela chuva da saudade.
O último tomate do caixote.
Viveu...
Mentiras com esperanças,
Palpitações a cada miragem,
Desnudo para o amor,
Caminhando na paixão a cada manhã.
O último tomate do caixote.
Perdeu...
As miragens para realidade sem fé,
A esperança que perambula sem paradeiro,
O medo da solidão hoje travestida de saudade,
O amor para as lembranças vivas do ontem.
O último tomate do caixote.
Vive...
O silêncio dos esquecidos,
A vergonha das sobras,
O medo do último suspiro,
O desejo da derradeira visão do amor.
De Elise para Rosemberg