A velhice é um somatório de perdas,
Preenchendo prateleiras com saudades.
A casa antes cheia de sonhos coloridos,
O caminhar vacilante do presente vazio,
Tropeça nos tapetes coloridos do passado.
Lágrimas secas salgam a minúscula fé,
Que ressecada nega a criação e o criador.
Um somatório de perdas desencantam a vida,
Inundando o coração com uma dor incurável.
O amor antes com raios de luz divergentes,
Hoje possui raios convergentes opacos.
Passos lentos rumam para o futuro certo,
Tropeçando a todo instante nas lembranças.
A nascente do amor secou rachando o coração,
Desmatando sonhos e criando desertos.
Elise Schiffer
16/12/23