terça-feira, 12 de dezembro de 2023

1998/001 - Sem horizonte

 

Quando o horizonte desaparece.
Céu e terra ficam separados definitivamente.
A terra não toca mais os sonhos. Não há fé.
O céu não toca mais a vida. Não há esperança.
O vazio governa sonhos e esperancas sem dó.
A chibata fere a alma cansada de transgressões.
A procissão segue no desalento sem rumo.

Caminhar... Eis que os pés ainda vivem...
Descansar... Eis que a carcaça é proibida...
Morrer... Eis que viver é sua sentença...

Quando o horizonte desaparece o amor morre.
Os sonhos decaídos formam rios sem vida.
A terra solitária seca florindo só espinhos.
Sem fé ou esperança céu e terra ficam sem cor.
O que antes era amor, agora é desalento.
A chibata fere a alma cansada de transgressões.
A procissão segue no desalento sem rumo.

Caminhar... Sentença perpétua ...
Descansar... Não mais importa...
Morrer... Não é permitido a carcaça cansada...

Elise Schiffer
12/12/23