Silenciosamente a solidão devora tudo.
Buraco negro que se alimenta de vida.
Suga a dor, as lágrimas e a angustia.
Menospreza apenas as lembranças.
A solidão generosamente em sua sabedoria,
Aduba a vida que se esvai com lembranças.
Vida sua fonte de energia dia após dia.
Num pulsar enfraquecido a vida segue.
A solidão vive do parasitismo com a vida,
Que se alimenta das lembranças,
Até que a morte reivindique sua carcaça.
De Elise para Rosemberg.
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