Sua mão estendida em minha direção,
Era como sol a germinar sementes,
Como a lua desvirginando as trevas,
Como o vento sussurrando poemas de amor,
Como a chuva saciando a sede de carinho.
Sem sua mão estendida em minha direção,
Sou semente a secar na vida,
Sou breu a cegar o coração,
Sou ventania a varrer versos sem rima,
Sou chuva afogando lembranças.
Minha mão estendida no vazio,
Não fecha por falta do que segurar,
Não tem esperança por falta de fé,
Não escreve por falta de amor,
Não chora por falta de força.
Minha mão estendida diante da morte,
Suplica para ser acolhida,
Espera sem fé pelo ponto final.
Rabisca suas últimas palavras,
Montanha de Rosas.
De Elise para Rosemberg.
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