terça-feira, 23 de setembro de 2025

2647 - Mentiras

 

Arranquei o amor do peito

E junto as mentiras.

Podei a árvore do "Nós"

Deixando raizes 

No solo da esperança.


No desvario dos apaixonados,

Aguardei o retorno pós morte,

Na esperança da continuidade,

Com as rosas de carinho,

Que haviam nos olhares.


Cansada rompi com a saudade,

Negando lembranças e fotos,

Que não preenchem os dias,

Dos olhos e coração 

Vazios de vida. 


A imagem do amor

Persistiu na memória e palavras,

Borbulhando versos

E poemas sem rimas

Apenas com sonhos e desvarios.


Minto caminhar em frente,

Na verdade vivo sentada,

Na plataforma do passado,

Aguardando o trem do futuro,

Na derradeira viagem.


Elise Schiffer