Arranquei o amor do peito
E junto as mentiras.
Podei a árvore do "Nós"
Deixando raizes
No solo da esperança.
No desvario dos apaixonados,
Aguardei o retorno pós morte,
Na esperança da continuidade,
Com as rosas de carinho,
Que haviam nos olhares.
Cansada rompi com a saudade,
Negando lembranças e fotos,
Que não preenchem os dias,
Dos olhos e coração
Vazios de vida.
A imagem do amor
Persistiu na memória e palavras,
Borbulhando versos
E poemas sem rimas
Apenas com sonhos e desvarios.
Minto caminhar em frente,
Na verdade vivo sentada,
Na plataforma do passado,
Aguardando o trem do futuro,
Na derradeira viagem.
Elise Schiffer