segunda-feira, 29 de setembro de 2025

2654 - Silêncio


Há um silêncio 

Escondido no borbulhar 

Dos longos dias de solidão,

Que destroem a razão 

E enfraquecem o coração. 


A saudade canta e não se rende

Ao tempo e suas intempéries.


O silêncio tem raízes fortes,

No coração rachado,

Sobrevivendo graças

As goticulas de esperança

Que regam o solo maltratado. 


Essas regas dão sobrevida 

Aos botões de lembranças.


O primeiro olhar de um amor,

Resiste ao tempo 

E suas intempéries,

Rompendo o silêncio da alma

E bailando com os sonhos.


O primeiro olhar e os sonhos

Alicerçam dias de solidão. 


Elise Schiffer