Há um silêncio
Escondido no borbulhar
Dos longos dias de solidão,
Que destroem a razão
E enfraquecem o coração.
A saudade canta e não se rende
Ao tempo e suas intempéries.
O silêncio tem raízes fortes,
No coração rachado,
Sobrevivendo graças
As goticulas de esperança
Que regam o solo maltratado.
Essas regas dão sobrevida
Aos botões de lembranças.
O primeiro olhar de um amor,
Resiste ao tempo
E suas intempéries,
Rompendo o silêncio da alma
E bailando com os sonhos.
O primeiro olhar e os sonhos
Alicerçam dias de solidão.
Elise Schiffer