Girar, girar, girando.
Rodar, rodar, rodando.
A roda da vida gira.
Deixando rolar a vida.
A vida desolada
Gira, gira, girando
Pelas vielas sem fé.
Girando e rolando.
Gritando e girando,
Gritando e rolando,
Fingindo ser rocha viva
A palpitar no peito vazio.
Olhos endurecidos
Quebrando pedras.
Mãos calejadas
Amando com palavras.
Olhos e mãos que sonham.
Não conseguem vencer
Mundos de pedras
Que giram e rolam sem fé.
Elise Schiffer
Ano 1976