segunda-feira, 31 de março de 2025

Seu próprio carcereiro

 

A vida
e o avançar dos dias,
multiplicam sonhos e desilusões.
Pensamentos em oração
negam a fé na mesma proporção.
De joelhos
a alma liberta a carcaça soberba.
Livre de uma vida aprisionada,
a carcaça persegue seu carcereiro.
A carcaça descobre
que foi seu próprio carcereiro.
No calabouço
a felicidade fingia viver,
Duelando com o abandono.
A dualidade da fé com o abandono
dilacerou sonhos.
A alma aprisionada
rasga o véu etéreo rumo a liberdade,
Enquanto a carcaça
se faz carcereiro
no seu próprio calabouço.

Elise Schiffer
31/03/2017