segunda-feira, 29 de setembro de 2025

2654 - Silêncio


Há um silêncio 

Escondido no borbulhar 

Dos longos dias de solidão,

Que destroem a razão 

E enfraquecem o coração. 


A saudade canta e não se rende

Ao tempo e suas intempéries.


O silêncio tem raízes fortes,

No coração rachado,

Sobrevivendo graças

As goticulas de esperança

Que regam o solo maltratado. 


Essas regas dão sobrevida 

Aos botões de lembranças.


O primeiro olhar de um amor,

Resiste ao tempo 

E suas intempéries,

Rompendo o silêncio da alma

E bailando com os sonhos.


O primeiro olhar e os sonhos

Alicerçam dias de solidão. 


Elise Schiffer

domingo, 28 de setembro de 2025

2653 - Telégrafo da saudade

 

No fio mágico 

Do telégrafo da saudade,

Versos em sinais são enviados.


Não há fartura em informações,

Somente palavras de amor

Fluindo no vazio da senilidade.


O passado se faz robusto

E o futuro cadavérico,

Com o presente enfraquecido.


Há pressa no envio dos versos,

A alma sobrevive

Na carcaça desabitada.


Chegará o tempo do fim abstrato

E dos corações desnudos,

Que se cobrem com palavras.


Elise Schiffer

2653 - Rosas de palavras


Observo o amanhecer, 

Fecho os olhos e forço me

A permenecer no sonho.

Sonhando mergulho

No seu olhar sedutor

E minh'alma 

Afoga se em prazares.

Nestes instantes

Recito poemas 

Cheios de saudades

Do passado vivido.

Hoje olho nossas fotografias 

Buscando novas experiências 

Nas mesmas historias vividas.

Somente flores e palavras 

Ludibriam o tempo

E chegam a você,

Onde nós dois caminhamos

Nas quatro estações 

Florindo nosso jardim

Com rosas de palavras.


Elise Schiffer

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

2651 - Deixe me

 

Deixe me escrever 

Para estar contigo

Nos versos de saudades.


Deixe me imaginar 

Que vives por perto, 

Por sentires saudades.


Deixe me brincar

Com a loucura,

Interpretando alegrias.


Deixe me sonhar e escrever

No silêncio sepulcral do lar.

É o suficiente.


Deixe me perseguir 

As lembranças 

E prende las nas entrelinhas.


Deixa me descer 

O sepulcro do exílio 

Para Ascender até você. 


Elise Schiffer

2287. - O amor sobrevive

 

A estiagem de lágrimas. 

Ocorre quando a tristeza 

É abrasadora.

Sua passagem seca

Tudo a sua volta.

Só o amor 

Sobrevive mumificado, 

Na lama endurecida

Do coração. 

Basta uma minúscula

Chuva de afeto,

Para o coração

Reanimar o amor. 


Elise Schiffer 

26/09/24

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

2650. - Escrever


O poeta não é escritor.

O escritor não é poeta.

Escrever

É extravassar saudades

E buscar por sonhos,

Instalados em dias de perdas.


Saudade é força crescente,

Minando a vida com perdas.

Palavras 

Alinhavam sonhos e desejos

Em costuras disformes, 

Com fios resistentes a solidão.


Elise Schiffer

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

2649 - Flores

Sempre plantei 

Flores pelo caminho.

Nos dias de estiagem,

Plantei Flores de Esperanças. 

Nos dias de tempestades,

Plantei Flores de Resistências.

Nos dias de alegrias,

Plantei Flores de Gratidões.

Nós dias de lágrimas,

Plantei Flores de Saudades.

Nos dias de solidão, 

Plantei Flores de Vidas.

Plantei Flores...

Plantei Esperanças, Resistências, 

Gratidões, Saudades 

E Vidas pelo caminho.

Plantei Flores...


Elise Schiffer

2649 - Portais

 

Os sonhos são 

Fragmentos de portais,

Onde suspiros e súplicas 

Transitam no amor já  vivido.


Como milagre no sonho,

Eis que surge o Amor Saudade,

Como cavalheiro protetor

Da parte que já foi sua.


Hoje no perigo eminente,

Num lampejo de felicidade,

No fragmento de um portal.

A saudade fez se pura alegria.


Serenamente restou,

A lembrança e o cuidado,

Voando apressadamente, 

Entre mundos de vivos e mortos.


A saudade tristonha, 

Foi acalentada pela  esperança.

Porque sonhos 

São fragmentos de portais.


Elise Schiffer para Rosemberg 

terça-feira, 23 de setembro de 2025

2648 - Lembrei


Ontem 

Lembrei do seu perfume,

De como era bom 

Me perder

Cheirando seu cangote.


Ontem 

Lembrei de você,

De como era bom 

Deitar em seu peito

Para ouvir nosso coração 


Ontem 

Seu perfume,

Pulsou no meu coração

E a saudade foi mais forte

No meu peito. 


Elise Schiffer para Rosemberg

2647 - Mentiras

 

Arranquei o amor do peito

E junto as mentiras.

Podei a árvore do "Nós"

Deixando raizes 

No solo da esperança.


No desvario dos apaixonados,

Aguardei o retorno pós morte,

Na esperança da continuidade,

Com as rosas de carinho,

Que haviam nos olhares.


Cansada rompi com a saudade,

Negando lembranças e fotos,

Que não preenchem os dias,

Dos olhos e coração 

Vazios de vida. 


A imagem do amor

Persistiu na memória e palavras,

Borbulhando versos

E poemas sem rimas

Apenas com sonhos e desvarios.


Minto caminhar em frente,

Na verdade vivo sentada,

Na plataforma do passado,

Aguardando o trem do futuro,

Na derradeira viagem.


Elise Schiffer

domingo, 21 de setembro de 2025

2646 - Mediocridades

 


Entre agulhas e linhas,

Há bordados medíocres. 

Entre o papel e a caneta,

Nascem versos medíocres.

Entre horas de um dia vazio,

Há afazeres medíocres.


Da infância a senilidade 

A sobrevida fez se medíocre. 

Num caminhar imposto

Por um Deus prepotente.

A fé medíocre refrigera

Com citações em versiculos.


No desejo medíocre do fim.

Agulhas e linhas bordam versos,

Que aprisionam a saudade.

Papel e caneta o passaporte

Permitindo a mente

Livre acesso ao passado.


Agulhas e linhas

Costuram a alma no corpo.

Papel e caneta viram asas

Conduzindo os sonhos secretos.

O tempo carcereiro impiedoso

Apenas arrasta se.


Elise Schiffer

2646 - Lembranças

 

Lembranças 

São como chuvas,

Umas caem de mansinho,

Enquanto outras são enxurradas.

Todas revigoram a vida.

Lembranças 

São como pedras,

Leves ou pesadas

Sinalizam que a vida

É resistência. 

Lembranças 

São aliadas do tempo,

Dissolvem a melancolia,

Iluminando o entardecer das perdas,

Florescendo gratidão a vida.

Lembranças 

Não são ausências, são provas

Da plenitude dos ciclos.

São sabedoria, eternidade

E gentileza no amargo que adoça.


Elise Schiffer

2646 - Escrita


A escrita

Mantém o amor vivo,

Através das palavras.

Esvazia o peito 

Das coisas não ditas.


A saudade 

Transmuta se em palavras,

Que repousam no papel,

Tentando ocultar se

Nas entrelinhas.


A solidão 

Torna se dor,

Destruindo alegrias

Do dia a dia,

Que perderam a serventia.


A morte

No aguardo do seu fim,

Resta o apego ao passado,

Para não esquecer 

O amor vivido.


Elise Schiffer

2645 - Recomeço


Dias cinzentos sorriem

Ao raiar de cada recomeço.

Esperança.

O levantar diario é benção 

Mantendo a vitoria viva.

Fé. 

A labuta diária é alimento d'alma,

Não necessitando de sabor.

Garra.

A saudade latejante é lembrete 

Dos momentos e alegrias vividas.

Promessas.

O amor antes eterno nos trai,

Partindo sem despedidas,

Abandono.

Deixando em seu lugar

O fôlego do recomeço 

A cada amanhecer.

Otimismo.


Elise Schiffer

sábado, 20 de setembro de 2025

2645 - Amor tardio


O amor tardio.

Residia nos sonhos 

E clamava incansavelmente 

Por parte da felicidade.


O amor tardio.

Vivia no coração,

Atraindo sua metade

Numa força inexplicável.


O amor tardio chegou.

Rompeu o silêncio do coração,

Guiou o caminho com estrelas,

Perfumou o trajeto com rosas.


O amor tardio ficou.

Dissipando o vazio vivido,

Expandindo o perfume das rosas,

Iluminando sonhos com estrelas.


Elise Schiffer

2645 - Aprendizado

 

Lembrar sim.

Relembrar sempre. 

Insistir com sabedoria. 

Memória são felicidades.


O passado vivo

Conduz ao futuro.

Ajustando pelo caminho

Erros e acertos no prosseguir.


Inventar se com sabedoria.

Sonhar sempre com busca.

Vencer a força do desânimo.

Construindo um presente de paz.


Temores humanos

São irremediáveis no trajeto.

Insucessos na vida,

Séries no aprendizado.


Elise Schiffer

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

2644 - Poesia

 

A poesia vivia serena em mim,

Esperando o tempo para florir

Os momentos semeados n'alma.

Tesouros e intuições de amor.


A poesia que vivi em mim,

Desabrochou colorindo os dias

E perfumando sonhos da alma,

Com versos de puro amor.


A poesia está no olhar atencioso,

Desnudando simples belezas 

Que dias atribulados

Ocultam na caminhada.


A poesia é fé genuína 

Sem súplicas ou deuses.

Apenas um caminhar

No presente indicativo do amor.


Elise Schiffer

19/09/25

Amar 19/08/2915


Quando minhas mãos 

Não puderem escrever, 

Nem traduzir meus sonhos,

Eu os transformarei 

Em cantigas de amor.


Quando minha voz 

Se fizer lenta

E não puder mais cantar

Transfornarei meus sentimentos,

Em olhares de amor.


Quando não puder olhar 

Os que amo neste caminhar

Acompanharei maternalmente

Sinalizando como um farol 

A luz do meu amor. 


Eu amo os meus.


Elise Schifffer

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

A grandeza da Rosa

 A Rosa        (18/08/2016)


Suave a rosa vive 

A doar seu perfume. 

A rosa não vive só, 

Há um botão a quem cuidar 

E encaminhar rumo ao florir.

O que há na rosa?

Há inocência 

No botão sonhando desabrochar.

Há perfume 

Doado caridosamente. 

Há também 

Vidas entrelaçandas.

Botão e rosa amadurecem

Buscando incansavelmente 

Ser doçura na natureza.

A grandeza da rosa 

Está em ser amor

Presente na vida do homem,

Seja na alegria ou na dor 

Ou simplesmente dizendo.

- Sou a presença de Deus na vida.


Elise Schiffer

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

2642. - Cativa das palavras


Sou cativa das palavras. 

A escrita encantadora

Seduziu minha alma,

Mas não libertou me da solidão. 


O pranto foi encarcerado,

Em versos sem esperanças.

O sonho perdeu seu ritmo

Na canção silenciosa dos dias.


As palavras transformaram

Desencanto em improvisos,

Saudade em refúgio.

E dor em pranto sem lágrimas.


Elise Schiffer

terça-feira, 16 de setembro de 2025

Flor dente de leão

Liberdade 

deixando sonhos seguirem com o vento.

Esperança 

voando ate alcançar a felicidade.

Otimismo 

na certeza que o amor vai florescer.


Assim é a flor dente de leão.


Angelical 

como um pedaço do céu.

Brilhante e amarela 

como os raios do sol.

Majestosa e densa 

como a juba de um leão


Elise Schiffer   -    16/08/2015

2641 - Sentimentos


Sonho e realidade

Separados pela linha tênue 

Do amor

Que ousam transintar

Entre os lados

Com o frescor da liberdade


Sonho e realidade

Caminham ao entardecer 

Onde saudade e solidão 

Podem romper a linha tênue 

Da cisão 

Com liberdade para amar


Elise Schiffer

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

2640 - Cartas

 2640  -   Cartas


As cartas de amor cessaram.

Acabaram inspirações e dores.

O coração esvaziou se de tudo e

Viciou se com a solidão. 


As cartas de amor

Agora são só lembranças.

O carteiro do amor

Perdeu se pelo caminho.


As cartas de amor e seus sonhos

Foram levadas pelo tempo.

Hoje meu silêncio é só seu

E os dias cartas de amor vazias.


Elise Schiffer

2640 - Palavras

Palavras 

Não possuem medição.

São símbolos silenciosos 

De um coração apaixonado.


Palavras

São buscas incansáveis,

Do amor apartado

Das páginas da vida.


Palavras 

São trilhos de fé 

Conduzindo o trem dos sonhos.

Com vagões de saudades.


Palavras

Trajetórias de devaneios.

Textos escritos nas nuvens,

Buscando por amores vividos.


Palavras 

Sentimentos que não morrem.

Libertam suspiros 

E desprezam a realidade. 


Palavras 

Descrevem amores diferentes,

Com esperanças nas entrelinhas

Dos que vivem distantes.


Palavras 

Silenciosamente  chamam

Pelo amor ausente

De um coração solitário.


Palavras 

São símbolos dos que amam,

Versando esperanças 

Em poemas de espera.


Elise Schiffer 

15/09/25

2640 - Momentos


Há momentos 

Que são eternos.

Momentos únicos

Ficam na alma

E não voltam.

Bons momentos 

Com morada no passado.

Bons momentos

Revividos todos os dias,

Com a força 

Das boas saudades,

Alegrias pulsantes

E amor imortal.

Não importa se hoje 

Os caminhos são opostos,

Ninguém pode roubar 

As recordações 

Dos bons momentos.


Elise Schiffer

15/09/25

sábado, 13 de setembro de 2025

2638 - Perdemos


Hoje sua morada 

É no país da Saudade.

Você virou a esquina 

Sem nunca ter partido.

Eu tornei me solo seco

Buscando vida em céus ateus.

A vida perdeu você 

E eu perdi parte de mim.

Sonhos fermentam meus dias 

E lembranças alegram os seus.

Fiz um pacto com as lembranças 

Para busca lo todos os dias.


Elise Schiffer

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

2637 - Livro da vida


O livro da vida

É formado por páginas sutis.

Páginas silenciosas

Ocultando histórias e amores.

Os romances explícitos 

São os desejados pelo coração. 

O romance real vive oculto

Nas entrelinhas de cada capítulo. 


O livro da vida

É formado por páginas sutis.

Os rodapés são floridos 

E os cabeçalhos estrelados.

O conteúdo pode ser explícito 

Ou disfarçado nas entrelinhas.

As barras latetais do caminhar

Delimitam o amar do coração. 


O livro da vida

É formado por paginas sutis.

Flores perfumam os rodapés 

Burlando odores das decepções.

As estrelas do cabeçalho 

Permitem afagos nas desilusões. 

Amores escritos em linhas tortas

Versam o primeiro e ultimo olhar.


Elise Schiffer

Depois

Quando eu me for,

Não chorem por mim.

Riam e até gargalhem.

Pequei muito.

Amei extremamente.

Acertei poucas vezes.

Acima de tudo 

Eu cuidei...

Amparei...

E fiz me mãe 

De todos.

Elise Schiffer  -   12/09/23

2636 - Sigo

 Sigo dias solitários.

Cuidando de rosas sem vida.

Abraço árvores buscando afeto

E fujo dos fantasmas do futuro.

Gargalho mais ou menos,

Maquiando a solidão com versos

E sigo...


Sigo falsos dias de felicidades,

Rompendo com a esperança.

Faço me NÓS em UM para seguir.

Dou pódio ao passado no agora.

Não olho para o futuro sombrio.

Deito me nos braços dos sonhos

E adormeço...


Elise Schiffer

terça-feira, 9 de setembro de 2025

2634 - Sereno


O passado 

É o sereno da alma.

Condensando doces momentos,

Que refrescam a saudade.

As lembranças 

Andam de mãos  dadas 

Com o presente solitário.


Gotas de orvalho

Aconchegam se aos sonhos,

Reavivando esperanças,

No jardim seco da vida,

Que aguarda ansioso

O sereno da noite,

Com gotículas de vida.


Elise Schiffer

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

2633 - Palavras

 


Não podendo conversar 

Com a saudade,

Transformei a ausência 

Em palavras. 

A dor desnudou 

A força do querer bem.

Estar só apressou 

O desejo pelo fim.

O tempo é o fiel da balança 

Entre lembranças e versos.

Para completar o caminho,

Vesti me de você.

Calei me para ouvi lo em mim. 

E assim...

Sigo serenamente  o caminho,

Com a mente livre para voar,

O coração a pulsar saudade

E as mãos a tecerem palavras.

Em dias de lágrimas 

Faço me rio de palavras 

E corro para o mar do passado.

Em dias de alegrias 

Faco me flores de palavras

Para florir seu jardim.

Sem os grilhões da carcaça, 

Um dia volitarei até ti.


Elise Schiffer para Rosemberg

sábado, 6 de setembro de 2025

2631. - LXXIII Feliz dia

 


Por mais que eu lembre 

E teça palavras.

Tu não ouves minha saudade.

Coloco me a tua espera.

Tu não vens em meus sonhos.

O silêncio absoluto é dor.

Tu és o passado presente 

Dos meus dias sem futuro.

As rosas do nosso jardim 

Murcharam por falta de fé. 

Tu és outono permanente.

A solidão não destruiu meu amor.

Nossas memórias são fiéis.

A coragem pela vida minguou.

Tu deixastes me sem norte

E os versos órfãos do leitor.

Envio te abraços entrelaçados

Com fios de versos apaixonados.

Ciente que não os  receberás.

Meu maior pecado é relembrar.

Hoje tu és versos sem rima.


Elise Schiffer para Rosemberg

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

2629 - Ciclo do amor

 


O vento da sabedoria

Leva amores,

E deixa novas sementes,

No solo fértil do coração.


O sol da vida 

Traz esperança ao solo fértil

E assim sonhos e saudades,

São acolhidos no coração.


O tempo passa

E novas floradas surgem,

No solo fértil do coração. 

Novas vidas são acolhidas.

 

Floradas de amores e versos,

Surgem no solo fértil do coração.

Poemas vivos florescem.

No ciclo infinito do amor.


O vento da sabedoria traz e leva

Flores e sementes de amor.

Assim o amor falado e cantado

Vive ciclos em proesas e versos.


Elise Schiffer

2628 - Descendências



Uma rosa murchar, 

é um ciclo se fechando.

Um botão de rosas, 

é o início de um novo ciclo.

A alternância de ciclos

comprovam a força do existir 

nas descendências.


Elise Schiffer

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Fim breve e rápido ( ano 2014)

 

Sem forças para sonhar 

A carcaça tomba,

No solo rachado 

Por falta de esperança.

Joelhos ao chão 

E lágrimas no rosto.

Coração acelerado 

Na hora da suplica.


Suplicar o que,

Se não há mais desejo? 

Suplicar...

Um fim distante 

Breve e rápido.


O amor pelos seus 

É a pressa no fim.

Pés sangrando da peleja 

Não suportam o peso.

Mãos calejadas da labuta 

Ainda doam carinho.

Coração acelerado 

Se despedindo lentamente.


Suplicar o que, 

Se não há mais desejo? 

Suplicar...

Um fim distante 

breve e rápido.


O esmeril da vida 

Tirou lhe os sonhos.

Trabalhar dia e noite,

Foi sua jornada.

Por amor 

Sua escolha foi não ter vida.

Coração acelerado

Para derradeira estação.


Suplicar o que, 

Se não há mais desejo? 

Suplicar...

Um fim distante 

Breve e rápido.


Morrer é o que resta

Para salvar os seus.

Realidade do valer mais morta 

Do que viva.

Suplicar a morte

Libertadora da vida encarcerada.

Coração desacelerado

Sem desejo a suplicar.


Suplicar o que, 

Se resta um único desejo? 

Suplicar...

Um fim 

breve e rápido.


Elise Schiffer

02/09/2014

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

2626. - Setembro chegou.

 


Setembro chegou!

Os jardins anunciam florações.

Reavivando cores e aromas.

É tempo da natureza florescer.


Setembro chegou!

Flores e a vida pulsando.

A Montanha de Rosas floresce,

Mesmo longe o amor sobrevive.


Setembro chegou!

Realçando a trinta e nove anos,

O doce sabor da maternidade

Com risos, travessuras e orações 


Setembro chegou!

Com reverências a primavera,

O inverno se despede.

É  chegada a hora de alegrias.


Setembro chegou!

A alma enxerga o amor.

As palavras versam o amor.

A saudade abraça a primavera.


De Elise para Rosemberg e Pedro