quinta-feira, 26 de junho de 2025

2559 - Escriba

 

Há uma força imortal na escrita,
Que mantém se a espreitar,
Algo que só os escribas sentem.

Essa força arrasta saudades,
Sem saber de qual coração,
Lugar ou época, só há espera.

Aguardam quem partiu sem chegar,
Desfazem se da realidade,
E caminham na ilusão.

Esta centelha chama se desvario,
Que vive na alma dos escribas,
Abrigando sabe se lá o quê.

Como loucos e apaixonados,
Ardem por paixões profanas,
Vividas na mente e na escrita.

Escribas são imortais,
Amam e sonham sem tempo,
Por serem livres simplesmente.

Elise Schiffer