quarta-feira, 25 de setembro de 2024

2286 - Loucura e realidade

 


As palavras abraçam.
As lembranças viram versos.
As entrelinhas escondem o amor.
Na loucura que anestesia a saudade.
É possível fingir que há um ouvinte.

No fim do torpor da loucura,
O vazio regressa e se impõem.
Escravizando sem piedade a realidade.

As palavras sobrevivem.
Versos sem rimas embalam a saudade,
Poetizando o amor desnudo nas entrelinhas.
A saudade finge ser de dois,
Porque na loucura não há regras.

No torpor há felicidades e prazer.
Impedido que o vazio viva nos devaneios,
Seu poder só escraviza a realidade.

De Elise para Rosemberg