domingo, 29 de setembro de 2024

2290 - Ser pó

 


Quando eu for pó,
E for entregue ao vento.
Desejo ser levada,

Como as folhas de outono que muito viveram.
Como os aromas da primavera que acalmaram.
Como o frio que estende se pelo ar aconchegando.
Como a luz radiante do verão vencendo as trevas.

Quando eu for pó,
E for entregue ao vento.
Desejo ser levada,

Como saudade branda sem lágrimas.
Como critica evolutiva aos defeitos.
Como lembranças ruidosas das gargalhadas.
Como amor pulsante pela vida.

Elise Schiffer

sábado, 28 de setembro de 2024

2289 - Luto coletivo

 


O tempo perde o sentido
Ao perdermos um amor.
Segurar a mão não é suficiente,
Para impedir a partida.
Um instante e perde se tudo.
Porque num único amor
Há muitos amores!
O luto torna se interminável,
Por ser um luto coletivo.
Esvai se metade da vida.
Ao perdermos o amor de uma vida.
Perder um "Bom Esposo",
É perder junto o Amigo constante,
O Companheiro de todas as horas,
O Namorado atencioso,
O Amante das orquídeas,
O Pai amoroso
E o Confessor bem ouvido.
Parte junto o Segurança do amor,
o Jardineiro que floria o caminho,
O Pedreiro que construiu um lar,
O Feirante bom de vendas,
O Pintor das paredes azuis,
O Mecânico curioso,
O Contador das finanças,
O Leitor e Admirador apaixonado,
O único Fã das entrelinhas poéticas.
A perda de dezessete amores,
De uma única vez,
Destrói o sentido do "Bom"
Deixando o presente e o futuro
Sem tempo.

Elise Schiffer

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

2288 - O luar

 


O luar secou suas lágrimas de dor.
Calado apenas observou o vazio de dois.
Piedoso fez do céu azul um manto acolhedor,
Das estrelas sonhos a cintilarem.
Preenchendo assim o vazio frio de dois.
No sonolento torpor da noite,
O luar levou o vazio de dois
Para o instante único dos enamorados.
Assim mundos distantes se encontram
Nas muitas moradas do pai.

Eĺise Schiffer

2288 - Conversar

 


A vontade infinita de conversar,
Faz germinar a admiração.
Adubada com palavras e ideias.
Conversar ao longo da vida
Faz da admiração um latifúndio.
As inquietações das palavras,
São a urgência em partilhar sonhos.
A vontade infinita de conversar
Enraíza bons sentimentos ao longo da vida.
Esqueçam os celulares e conversem.

Elise Schiffer
27/09/24

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

2287 - Medo e coragem

 


Conviver com o medo e a coragem.
Dependem
da capacidade de sonhar.
O medo imaginário camufla se em coragem.
A coragem faz se forte apesar do medo.
Medo e coragem vivem a duelar.
Sem vencedor ou vencido
O corpo desmorona de cansaço
Ao final de cada batalha.
Adormecido o corpo liberta a alma
Permitindo que ela refrigere se
No oásis dos sonhos.
Território blindado!
Sem acesso ao medo ou a coragem.
O caminhar nos sonhos é libertador,
Sem regras para saudade ou desejos.
Um terço do dia pertence aos sonhos.
Dois terços dividem se na mediação
Do medo com a coragem.

Elise Schiffer

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

2286 - Loucura e realidade

 


As palavras abraçam.
As lembranças viram versos.
As entrelinhas escondem o amor.
Na loucura que anestesia a saudade.
É possível fingir que há um ouvinte.

No fim do torpor da loucura,
O vazio regressa e se impõem.
Escravizando sem piedade a realidade.

As palavras sobrevivem.
Versos sem rimas embalam a saudade,
Poetizando o amor desnudo nas entrelinhas.
A saudade finge ser de dois,
Porque na loucura não há regras.

No torpor há felicidades e prazer.
Impedido que o vazio viva nos devaneios,
Seu poder só escraviza a realidade.

De Elise para Rosemberg

terça-feira, 24 de setembro de 2024

2285 - O amor

 


Quando...
O olhar irradiar a luz do sol.
A mão segurar a outra formando um só corpo.
Os corações baterem no mesmo compasso.
Os sonhos de dois tornarem se um.
Tenha a certeza de ter encontrado o amor.

Quando...
As flores desabrocharem na primavera da vida.
Os aromas da esperança invadirem a casa.
Os sorrisos inundarem dias de estiagem.
O simples tornar se tesouro de dois.
Tenha a certeza de ter encontrado o amor.

Quando...
O olhar perder a luz do sol.
A mão balançar sem outra para segurar.
Os corações não baterem no mesmo compasso.
Os sonhos de um não forem mais de dois.
Tenha a certeza de ter perdido o amor.

Quando...
As flores secarem no outono da vida.
Os aromas da esperança evaporarem.
Os sorrisos secarem mesmo sem estiagem.
O simples tornar se vazio de dois.
Tenha a certeza de estar sem seu amor.

De Elise para Rosemberg

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

2283 - O chamado

 


Há mais de duas décadas
desejando ouvir o chamado derradeiro.
Risadas e amores
vão preenchendo os dias e as noites.
A felicidade
está presente muitas vezes.
Persistir na espera
apesar dos pesares é a decisão.
Castigo maior
é a espera interminável.
Estar pronto
não basta para o convite ao retorno..
Cumprir o acordado
é a missão antes do embarque.

De Elise para Rosemberg

domingo, 22 de setembro de 2024

2283 - A casa amada

 


A casa amada é um jardim.
O reino animal, vegetal e mineral
Vivem em harmonia plena.
O lírio da paz enfeita a porta de casa.
A orquídea reina sobre a mesa externa.
A acerola cresce majestosa no jardim.
A jabuticabeira segue cautelosa.
O amaryllis prepara se para florir.
O tomateiro oferta lindos pequeninos frutos.
O manacá da serra mantém se tímido.
As onze horas espalham se exuberantes.
As flores beijos inundam com sua doçura.
As flores de pedra são pura delicadeza.
A pata de elefante cresce corpulenta.
O comigo ninguém pode é altivo a entrada.
A casa amada respira e expira amor.
Com filhos, netos, um filho de quatro patas
Duas calopsitas e muitas aves vizinhas.

De Elise Schiffer

sábado, 21 de setembro de 2024

2282 - Mosaico da vida



Vida boa!
O sol surge iluminando o dia.
Os pássaros cantam longe e perto.
O cachorro dorme na soleira da sala.
A rede aguarda os netos para bagunça
A mesa defronte ao sol para versar o amor.

Lembranças são revividas com caneta.
Saudades transformam se em versos.
Amores são transcritos em poemas imortais.
Sonhos apascentam medos do acabou.
Mosaico pronto com imagens da caminhada.
Amores, flores e versos declamam a trajetória.

De Elise para filhos e netos.

. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

2281 - Sonho

 


Voar entre os céus distantes.
Unindo sentimentos e vivências.
Conectando saudades e desejos.
Encontrar o amor nos sonhos.
Conversar pulsando saudades.
Borbulhar dúvidas que ferem.
Desejando entender,
Por que a solidão prolongada.
Na despedida a dor da separação.
Restando segurar o amor na alma.
Ao invés do beijo de despedida,
Um longo abraço com um cheiro.
Cheirar o amor desejando retê-lo.
Cheirar o pescoço descendo até o peito.
Cheirar profundamente num ato de amor.
Guardando o amor apartado
Na alma e no coração.
Despertar sozinha apenas com a lembrança,
De ter abraçado e cheirado o amor.

De Elise para Rosemberg.
20/09/2024

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

2280 - Rogativa sem Deus

 


Rogar…
Um pouco de sol
Para saber que é dia.
Um cheiro de flor
Para saber que o jardim vive.
Um pouco de estrelas
Para saber que os sonhos cintilam.
Um pouco de saudade
Para saber que vives no coração.
Um pouco das lembranças
Para apascentar à espera.
Uma semente de fé
Para germinar na solidão ateia.

Elise Schiffer

terça-feira, 17 de setembro de 2024

2278 - Halo de amor

 


Um halo de luz forma se
antes da chegada do amor.
A luz do amor ilumina
cabeças e corações antes de sua chegada.
Apaixonados se reencontram
não importando o tempo de espera.

Um halo de luz uni caminhos
e dois vivem uma única estrada.
Amar é caminhar no escuro
a luz do halo do amor.
Segurando um a mão do outro
confiante na direção sem receio

Um halo de amor beija corações
abraça corpos solitários.
Semeia confiança e calma
em terrenos antes árido de sonhos.
A luz do amor uni e ensina
a um não desistir outro.

De Elise para Rosemberg

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

2274 - Gratidão (conto)

 


Os sentimentos vivem livres no mundo.
Precisam apenas serem recepcionados com sabedoria.
Alguns sentimentos andam juntos.
...

Três amigos inseparáveis caminhavam pelo mundo de mãos dadas.
Ausência, Silêncio e Vazio.
Os três percorriam de norte a sul, de leste a oeste e mesmo assim nunca estavam satisfeitos.
Sempre comentavam que o grupo estava incompleto.

Até que um dia…

Encontraram a Saudade caminhando solitária e a convidaram para viajarem juntos pelo mundo.
O que foi aceito imediatamente.
O grupo finalmente estava completo.
Por onde o grupo passava todos faziam a mesma pergunta.

- Por que vocês vieram aqui trazer dor e sofrimento?

No que logo eram respondidos.

- Nós não trazemos tristezas, apenas lembranças.
Quem tem saudade sabe que já foi amado.
Quem tem ausência sabe que já teve alguém importante.
Quem vive no silêncio pode cantarolar enquanto relembra sons do passado.
Quem está vazio hoje tem espaço para preenche-lo com novos amores.
Nós trazemos sim o ensinamento da Gratidão.
Pensem nisso e busquem alegria por terem vivido e por estarem vivos.

Depois daquele diálogo, todos começaram a respeitar o grupo de sentimentos e suas visitas periódicas.

Elise Schiffer

2273 - Alma Seca (micro conto)

 


Alma Seca navegou por doces rios, mesmo assim sua secura externa e interna racharam sua vida.
Porque sua alma não queria mais enxergar.
Alma Seca tornou se uma carcaça impermeável ao amor, a fé e aos sonhos.
Porque seu coração não queria mais amar.
Navegar sem rumo era sua única necessidade, o olhar baixo a impedia de olhar para o céu.
Porque os olhos do corpo não queriam mais enxergam o horizonte.
Os rios cansados de suas atitudes insanas desrespeitando a vida, deram lhe um susto com a força da correnteza.
A jogando em suas águas.
Porque para viver é necessário ter garra e sonhos.
No tombo Alma Seca, nem mesmo tentou sobreviver. Sucumbiu, mas antes vislumbrou o céu azul e nuvens de vários formatos, e ela pensou que aquilo era bom.
Porque boas coisas precisam de um olhar amoroso.
Alma Seca partiu com o céu e as nuvens tatuados em sua retina, levando em seu coração a dor de não ter vivido.
Elise Schiffer

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

2272 - Amar

Amar é abrir o coração
para um amplo horizonte
onde a cumplicidade é o norte.

Amar é abrir os olhos
na certeza de enxergar doçura
nos olhos que tem o seu reflexo.

Amar é cair muitas vezes
e levantar-se confiante
com passos mais firmes.

Amar é manter harmonia
mesmo num turbilhão de emoções
e conseguir distribuir acolhimento.

Amar é alicerçar a vida
no bom ânimo diário
com tudo e todos ao redor.

Elise Schiffer

terça-feira, 10 de setembro de 2024

2271 - Senilidade

 


A senilidade trás sabedoria,
Há tempo para ouvir o silêncio
E ninar a saudade carinhosamente
Toda vez que ela chora.

O passado é cuidado com esmero
Nada pode ser perdido.
O tempo presente da senilidade
Alimenta se das mornas lembranças. .

No mapa da velhice o passado é continental.
O presente um pequeno território árido.
O futuro uma grande elevação rochosa.
Dificultando o acesso da senilidade.

Elise Schiffer

2271 - Seja flor

 


Seja flor
Encha os pulmões de perfume
e ao expirar perfume tudo a sua volta.

Seja flor
Aromatize as lembranças
de forma que sejam agradáveis as recordações.

Seja flor
Transmita amor aos corações
em qualquer cerimônia alegre ou triste.

Seja flor
Distribua beleza
mesmo quando estiver encarniçado pelo tempo.

Porquê,

O mundo precisa de uma atmosfera de paz
e só o amor apascenta corações.
Seja perfume.

As lembranças precisam ser respeitadas
pela força que o passado tem no presente.
Seja suavidade.

As alegrias ou as dores devem ser valorizadas
por serem o esmeril perfeito da nossa resistência.
Seja grato.

O olhar amoroso precisa ultrapassar seu horizonte
abrangendo todo o tipo de vida.
Seja caridade.

Elise Schiffer

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

2270 - Rotina

 


Benditas sejam as rotinas de nossas vidas,
que renovam se com o sol a cada manhã,
com a lua a cada noite e o brilho das estrelas,
com o vento acariciando todas as vidas
e a chuva trazendo gotas de renovação.

O sol trás vida e a lua romances aos corações.
As estrelas iluminam sonhadores e solitários. .
O vento acaricia a vida sempre temerosa.
A chuva renova com suas gotas a vida cansada.
Rotina é benção no caminhar de todos.

Carinho e reciprocidade são energias puras.
Vida é amor a tudo que existe nas rotinas.
Benditas sejam as rotinas que prenchem a vida.
Vidas preenchidas são corações aquecidos
E mentes sonhadoras aguardando o amanhã.

De Elise para Elise

domingo, 8 de setembro de 2024

2269 - Silêncio

 


No silêncio
Há paz e também solidão.
No tempo do silêncio
As lembranças brincam de roda.
E o passado
Volta colorindo o presente.

No silêncio
O relógio perde seus ponteiros
E os sonhos
São conjugados em dois tempos.
No passado e no presente.
Porque o tempo do silêncio não tem futuro.

No silêncio
A saudade baila na linha do horizonte
Ao som da ópera que versa o passado.
Assim caminham os dia e as noites,
Alternando passado e presente.
Cumprindo o trajeto final sem futuro.

De Elise para Rosemberg

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

2267 - Feliz dia!

 

Hoje 06/09 é dia de abrir a mala da memória e reviver todos os nossos momentos de amor.
Nós dois conversaremos em silêncio e as respostas virão nos sonhos.
A barca da saudade está ancorada nas nuvens, tentando navegar nas águas que unem o mundo terreno ao celestial.
Nosso leme são os corações solitários que navegam nas mares das lembranças.
Hoje nossa barca navega no "Feliz Aniversário", porque você completaria 72 anos.
Estamos separados há 2267 dias, ou seja 6 anos 2 meses e 14 dias. É muito tempo!
Estivemos juntos por 24 anos. de 1994 a 2018.
Dedico a você diariamente Poesias, Cartas de amor e Bordados.
Misturando tudo, temos nosso próprio mundo de saudades.
Resta viver o dia de hoje com Resignação.
Palavra criada para definir o sofrimento em silêncio.

De Elise para Rosemberg

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

2266 - Clamor

 


Clamar aos céus
Como pobre de esperanças
E rico em sonhos.

Clamar sem saber o quê.
Pobre chorando sozinho cheio de orgulho
E rico de solidão carregando seu fardo em público.

Clamar aos céus
Como pobre banido dos privilégios
E rico afortunado sem talento para amar.

Clamar sem saber o quê.
Ser submissão sem revolta ao banimento social
E agradecido a farsa da promessa aos humilhados.

De Elise Schiffer para Jönek

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

2265 - Planos

 


Planejar um outono
Repleto de flores primaveris
Sem bancos vazios no coração.

Guardar sonhos de verão
Para aquecer o outono
Sem pés solitários e frios.

Deixar o inverno guardado
Para esfriar a paixão juvenil
Sem abalar corações maduros

Caminhar no outono das folhas secas
Com pês feridos pelo frio do coração
Com armadura forjada de lembranças

Sentar solitário no outono da vida
Com flores secas de saudades nos braços
Aguardando com frio o chamado derradeiro

De Elise para Rosemberg

terça-feira, 3 de setembro de 2024

2264 - Amor dos Poetas



Os poetas vivem muito
seus mundos não desperdiçam amor.
Seus dias são atemporais
somando apenas sentimentos e sonhos.
A cada dia de amor pleno
os poetas somam mais um dia a vida.
Dias de amor não possuem garantia
apenas os sonhos ditam as regras.
Poetas amam amar
mesmo sem reciprocidade do amor.
Seus corações não possuem trancas
chegar ou partir tem o mesmo peso.
Porque amor é liberdade e não prisão
é voo livre sem o abrigo de gaiolas.
Amor é aroma solto no ar
buscando um jardim para perfumar.

De Elise para Rosemberg 

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

2263 - Crepúsculo



O crepúsculo do tempo,
Premia os que souberam amar.

A releitura das lembranças,
É o minuto sagrado dos que amaram.

Ciências e religião não limitam o amor,
Que livre preenche o céu das almas apaixonadas.

A sabedoria e os sonhos se unem,
Iluminando o horizonte de quem viveu e amou.

De Elise para Rosemberg

domingo, 1 de setembro de 2024

2262 - Olhos

 


Olhos da alma,
Que enxergaram o verdadeiro amor,
Nunca ficam cegos pela ausência.

Olhos do coração ,
Que enxergaram um grande amor,
Seguem sorrindo a trajetória solitária.

Olhos da vida,
Que enxergam a luz da amizade,
Seguem iluminados sem conhecerem a solidão.
.
Olhos de cumplicidade,
Que enxergam o verdadeiro sentido do amor,
Nunca ficam cegos pela ausência.

De Elise para Rosemberg

2261 - Burlar o tempo

 


Recomeçar diariamente.
Amanhecer com esperança.
Pular de nuvem e nuvem.
Deixando os sonhos garoarem,
Sobre flores de lembranças.
.
O anoitecer da esperanca,
Deixa o céu cintilar saudades.
A boa saudade que faz sorrir,
Pela certeza de ter sido feliz,
E ter deixado sonhos garoarem.

O ciclo da esperança burla o tempo,
Permitindo que dia e noite se toquem.
Instantes de doçura onde dois são um.
Amanhecer e anoitecer são milagres,
Onde esperança e saudade param o tempo.

De Elise para Rosemberg