terça-feira, 2 de dezembro de 2025

2718 - Saudade

 

Saudade

Vazio que não é preenchido.

Dor silenciosa que ninguém vê.

Lembranças vivas na alma.

Eu o vejo com o coração. 


Saudade

Lágrimas doces de recordações.

Ontem que pavimenta o hoje,

Onde transitamos livremente. 

Eu o ouço com o coração.


Saudade

Fragmentos vivos do passado,

Palpitando em um só coração.

Presença aquecendo a solidão.

Eu o sinto com o coração.


Elise Schiffer

2718 - Versos

 

Enquanto mãos solitárias

Sonhavam e escreviam

Versos de saudades,

Sei lá do que ou de quem,

O amor companheiro 

Chegou de mansinho

E pela porta entre aberta,

Entrou e fez morada,

Semeando rosas de carinho

Nas terras áridas da vida.

Perpetuando assim 

Uma montanha de rosas,

Nas terras semeadas 

Com flores e esperanças,

Na alma e no coração.


Elise Schiffer

A alma anseia voar. Ano 2015


A alma anseia voar….

Quando o cansaço chega

e o cárcere perpétuo impede a alma de voar, 

as lágrimas rolam.


A alma anseia voar….

O cárcere da alma 

é a carcaça pesada 

que esmaga sonhos e lembranças.


A alma anseia voar….

Liberdade nos sonhos

sofrimento nas lembranças 

e por saber que está em solitária perpétua.


A alma anseia voar…. 

O efeito dessa sentença 

varia de acordo com a visão 

da alma através das janelas.


A alma anseia voar….

A carcaça que não sangra mais 

no esmeril da vida 

permite que a alma chore por liberdade.


A alma anseia voar….

As pernas pesam 

concretando a carcaça no solo, 

os braços estão vazios de amores a abraçar.


A alma anseia voar….

A coluna não rodopia mais, 

os olhos com visão nublada 

ainda anseiam pelo azul do céu.


A alma anseia voar….

O coração traquicardíaco 

ainda ama

amores da eternidade.


A alma anseia voar…. 


Elise Schiffer

02/Dez/2015

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

2716 - Montanha de palavras


Desejo que minhas palavras

Toquem seu coração 

E que nós dois caminhemos 

De mãos dadas na mesma direção 

Em uma montanha de rosas.


Desejo que minhas palavras 

Floresçam em seu coração 

E de mãos dadas na mesma direção 

Possamos colher rosas

Em uma montanha de rosas.


Desejo que minhas palavras 

Sejam atalhos ao reencontro

E que o amor siga a mesma direção 

Transformando-se em rosas

Em uma montanha de rosas.


Elise Schiffer

domingo, 30 de novembro de 2025

Livro fechado. 16/11/2917

Um livro fechado.

Um livro sem letras ou desenhos.

...

“ Houve uma mulher que de tanto ler, sonhou ser escritora.

Depois deste sonho a mulher passou a viver e escrever sobre tudo.

A mulher escreveu romances, contos e poemas.

Publicou livros e viveu seus personagens.

Na verdade a mulher achava-se escritora e como tal, trilhou o mundo dos escritores, sem perceber que sua presença era aceita apenas por delicadeza.

A mulher que sonhava ser escritora, caminhou feito Dom Quixote, enxergando apenas os moinhos dos seus sonhos literários.

Correu feiras literárias impondo a presença de seus livros, buscou livrarias forçando e cedendo seus livros, participou de concursos denominados antologias, onde a participação está vinculada ao pagamento de cotas. A mulher sentia-se escritora.

Toda a indiferença nas feiras literárias, livrarias e lançamentos eram interpretados como conquistas vagarosas, havia a convicção de que o reconhecimento chegaria.

A mulher que sonhava ser escritora vivia plenamente seu sonho.

Acreditava que seus escritos eram fabulosos. Lia e os relia para todos.

A mulher sonhadora deu entrevistas em uma emissora de TV e lutou bravamente tal qual Dom Quixote.

Como em qualquer sonho, a mulher acordou vencida pela realidade.

A tristeza e a vergonha aniquilaram a guerreira-mulher-escritora que lutava bravamente de caneta em punho.

Restou um grande vazio.

A realidade nua e crua foram lanças a rasgarem seus sonhos.

A mulher que de tanto ler acreditou ser uma escritora, secou e virou um livro sem letras ou desenhos, apenas páginas em branco.


Elise Schiffer


Sem sentido. 10/11/2017


Sem Sentido.


As palavras que descrevo o mundo

são expressões de uma solidão sem desejos

um despertar de poetiza sem ser poeta.


Meus sonhos são meu rebanho

nascido a cada amanhecer

num sentido sem filosofia.


Minha fé esta nas árvores e flores,

nos morros e montanhas

meu Deus é o sol e a lua.


Minhas palavras e sonhos

são do tamanho que os enxergo

expressando lucidez sem sentido.


Elise Schiffer

sábado, 29 de novembro de 2025

2715 - Adaptações

 

Adaptando me

Sigo na labuta diária 

Onde reina a saudade.


Lágrimas correntes

Deixam a alma vazia e cristalina 

Para recomeçar diariamente.


Alma transparente 

Com grande bagagem 

Dos amores pelo tempo.


Adaptando me

Alimento sonhos e amores

Para que o bem floresça.


Lágrimas se acalmam

Virando estiagem 

Onde a esperança não navega.


Alma velha e cansada

É barco encalhado a ranger

Lembranças e sonhos não vividos.


Elise Schiffer