Sem forças para sonhar
A carcaça tomba,
No solo rachado
Por falta de esperança.
Joelhos ao chão
E lágrimas no rosto.
Coração acelerado
Na hora da suplica.
Suplicar o que,
Se não há mais desejo?
Suplicar...
Um fim distante
Breve e rápido.
O amor pelos seus
É a pressa no fim.
Pés sangrando da peleja
Não suportam o peso.
Mãos calejadas da labuta
Ainda doam carinho.
Coração acelerado
Se despedindo lentamente.
Suplicar o que,
Se não há mais desejo?
Suplicar...
Um fim distante
breve e rápido.
O esmeril da vida
Tirou lhe os sonhos.
Trabalhar dia e noite,
Foi sua jornada.
Por amor
Sua escolha foi não ter vida.
Coração acelerado
Para derradeira estação.
Suplicar o que,
Se não há mais desejo?
Suplicar...
Um fim distante
Breve e rápido.
Morrer é o que resta
Para salvar os seus.
Realidade do valer mais morta
Do que viva.
Suplicar a morte
Libertadora da vida encarcerada.
Coração desacelerado
Sem desejo a suplicar.
Suplicar o que,
Se resta um único desejo?
Suplicar...
Um fim
breve e rápido.
Elise Schiffer
02/09/2014