Nas ruinas dos sonhos não vividos,
Construí um castelo para as lembranças.
Enfeitei as paredes com palavras sussurradas
Com a esperança que floresçam reencontros.
Abarrotei as mãos com a luz da esperança
E acariciei as palavras não ditas antes do plantio.
Com a luz da esperança irriguei o solo da saudade,
Saciando a sede do solo rachado pela solidão,
Que busca nas lembranças a felicidade de outrora.
Carcaça deitada no solo seco das ruinas,
Aguarda o germinar das palavras não ditas.
Quase sem vida a carcaça fita o céu,
Esperando dentro da sua própria espera,
O florescer das palavras não ditas.
Na longa espera os olhos refletem lembranças,
As mãos abrem as portas e as janelas do castelo
Os braços abertos aguardam o amor vivido a dois.
Com as flores das palavras não ditas nas mãos,
Perfumando o reencontro suplicado.
Elise Schiffer