quarta-feira, 30 de outubro de 2024

2321 - Busca incansável

 

Tentando aceitar o abandono
E buscando por respostas,
Guardo palavras indizíveis em mim.

Procuro por você nos sonhos.
A dor e o vazio machucam,
Porque ainda vives em mim.

Mesmo fingindo felicidade.
Busco incansavelmente por ti
Nas loucuras dos sonhos.

O vazio feri como lâmina cega,
O corte lento machuca a alma
Que teima em procura lo.

De Elise para Rosemberg

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

2319 - Reencontro suplicado



Nas ruinas dos sonhos não vividos,
Construí um castelo para as lembranças.
Enfeitei as paredes com palavras sussurradas
E plantei as não pronunciadas num jardim,
Com a esperança que floresçam reencontros.

Abarrotei as mãos com a luz da esperança
E acariciei as palavras não ditas antes do plantio.
Com a luz da esperança irriguei o solo da saudade,
Saciando a sede do solo rachado pela solidão,
Que busca nas lembranças a felicidade de outrora.

Carcaça deitada no solo seco das ruinas,
Aguarda o germinar das palavras não ditas.
Quase sem vida a carcaça fita o céu,
Esperando dentro da sua própria espera,
O florescer das palavras não ditas.

Na longa espera os olhos refletem lembranças,
As mãos abrem as portas e as janelas do castelo
Os braços abertos aguardam o amor vivido a dois.
Com as flores das palavras não ditas nas mãos,
Perfumando o reencontro suplicado.

Elise Schiffer

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

A caçadora de cabides (conto)

 

Uma mulher comum, com uma vida medíocre cumpre seus afazeres diários com amor.
A mulher comum entende que a rotina é uma bênção para os sabem apreciar.
Todos os dias desperta e pensa.
"- Não sonhei contigo". Amanhã quem sabe. Diz ao seu amor.
Caminha até sua varanda e observa sua grande amiga Árvore, vivendo no terreno ao lado. Sua amiga é frondosa e as duas se olham diariamente numa cumplicidade de carinho.
A mulher comum logo depois coloca água em suas plantas e as beijam. A troca mútua é um conforto ao seu coração deserto.
Cuida em seguida do seu filho de quatro patas, da sua colopsita que não sabe voar e do peixe solitário.
Assim começa mais um dia da mulher comum.
Sem ter com quem falar ou sair, seu melhor momento é ser a caçadora de cabides.
Diariamente ao arrumar as roupas do seu filhos, ela busca por cabides vazios para penduras as roupas.
Suas pequenas mãos vão passando pelas roupas a procura de cabides. Enquanto busca pelos cabides a mulher comum acaricia as roupas para que seu carinho possa tocar em seus filhos tão apressados.
Cabide encontrado é hora de pendurar a roupa e colocar no armário.
Antes de colocar a roupa no armário a mulher comum fechar seus olhos e vive o que cada roupa viveu.
- Você trabalhou muito. Cumpriu horário, ouviu conversas, sorriu e ate ficou cansada. Certo?
- ...
- Descanse bem perfumada até sua próxima vez, porque sair é muito bom. Eu não saio é verdade, porque ele pode aparecer.
Assim a mulher comum segue com tudo.
- Olá dona sunga. Aproveitou a praia? Claro que sim, o dia estava lindo. O céu era um convite a felicidade. Agora descanse na gaveta até o próximo mergulho.
Falar com objetos foi a forma que a mulher comum encontrou para conversar.
Os cabides...
Esses sim eram a chave para os sonhos.
Muito mais que pendurar roupas. a mulher simples pendurava lembranças do tempo que era Mulher.
Pendurar as roupas do seu filho era estar na soleira da felicidade.
Quantas idas ao cinemas, shows, passeios e viagens penduradas num cabide.

De Elise para Rosemberg-filho.
26/10/23

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

2315 - Poesia

Versos
guardam amor nas entrelinhas.
Estrofes
guardam lembranças preciosas.
Poemas
guardam saudade em cada letra.
Declamações
eternizam declarações de amor.

Elise Schiffer


2315 - O Errante

 

A culpa é a vergonha do Errante,
causada por seus atos indecorosos.
O coração vil do Errante
não permite que ele se perdoe.
A culpa do Errante rasteja na lama
sem rumo ou horizonte.

A vergonha escurece o céu da vida
impedindo ao Errante novos rumos.
O coração ateu tenta orar
pedindo perdão aos céus insensíveis.
A culpa enraizada na alma
impede ao Errante floradas de integridades.

Elise Schiffer

terça-feira, 22 de outubro de 2024

2313 - Não soube amar

 


Insanidade adulta...
Construir sua própria prisão achando se feliz.
Forjar no fogo dos amores os cadeados.
Edificar altos muros somente com lembranças.
Restringir os números de corações para amar.
Senilidade vazia...
Sobra amor sem ter para quem doar.
Lembranças cerceiam novos caminhos.
Cadeados não possuem mais chaves.
A prisão migra para a alma sem horizonte.
Carcaça cansada ...
Constrói sua cova com a pá das lembranças.
Tenta transpor seus muros invisíveis.
Forja os cadeados sem chaves no fogo da solidão.
Cria sua lápide - Aqui jaz quem não soube amar.

Elise Schiffer

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

2312 - Montanha de rosas e o Tempo

 

Ontem...
Montanha de rosas.
Grandioso jardim que floriu sonhos.
Local poético permitindo uniões.
Passado e presente de mãos dadas,
Rumo ao futuro onde a saudade
Tudo poderá reviver.

Hoje...
Montanha de rosas
Tornou se um jardim desértico.
Local de realidade dura e medo futuro.
Caminhar em frente solitariamente
Faz se realidade espinhosa,
Sangrando pés feridos pelo desamor.

Amanhã...
Montanha de rosas
Jardim florindo novos sonhos.
Local para semear novos caminhos.
O futuro vai tornar se presente
E todo o resto será um passado sem dor.
O aprendizado "libertar amores do passado".

Eĺise Schiffer para Rosemberg

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

O pássaro azul (assim são os escritores independentes)


Houve um pássaro que voava para vários lugares se achando azul.
Ele se via azul.
Fechava os olhos e se via azul.
Os outros pássaros sabiam que ele não era azul, mas não falavam nada, apenas o chamavam de azul.
O tempo passou...
Um dia o pássaro azul encontrou um bando de pássaros azuis e quis juntar se a eles.
Neste dia ele descobriu que não era azul e resolveu afastar se de todos.
A tristeza tomou conta dos seus dias embora ele se sentisse azul.
O pássaro azul viveu sentido se azul até seu último voo.

O tempo correu e ainda hoje os pássaros cometam do belo pássaro azul que conheceram. 

Elise Schiffer

25/04/2018

2308 - Dias vão e outros vêm.

 


Dias vão e outros vêm.
O que desejar no fim de uma caminhada?
Dias com o tempo acelerado.
Chegar é a meta do andarilho cansado.
A carcaça não suporta mudanças bruscas.
As tempestades passam maltratando,
As calmarias pedem recomeços a carcaça.
Dias vão e outros vêm.
Enquanto os pés calejados caminham,
Lentos e doloridos na seara árida,
O coração pulsa suplicas de amor,
Por todos os seus, certos ou errados.
Seguir rumo ao fim é o destino
Na estrada que nunca termina.
Dias vão e outros vêm.
Elos de preocupações e amor,
São eternos numa corrente infinita
Chamada família.
No fim da viagem,
Há apenas o desejo de regressar,
Estar em casa novamente,
Dias vão e outros vêm.
Apesar das preocupações terrenas

Elise Schiffer

2309 - Estante/Gavetas

 

Em tudo há uma história. Bastar haver um olhar bondoso.

Houve três gavetas que guardavam sonhos e amores, ao serem abertas era possível sentir se a alegria que exalavam por toda a casa.
O tempo correu...
O amor se foi…
Os sonhos secaram…
E as gavetas?
Permaneceram firmes ao tempo.
No fim de um ciclo, não podiam ser jogada ao léu.
Suas histórias eram forte.
O tempo que modifica tudo, modificou as gavetas, transformando-as numa pequenina estante para abrigar tesouros de um passado feliz.
As gavetas/estante hoje acolhem com amor uma pequena Bíblia em alemão com mais de 200 anos, medalhas de heróis de guerra, um cofre livro que guarda o companheirismo, bibelôs com mais de 50 anos, livros amados é um binóculo que pode ver sonhos, transformando os em doces imaginações.
Altiva e acolhedora a estante/gaveta segue sua trajetória.
Eĺise Schiffer

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

2307 - Renascer diário



A vida é um renascimento diário.
O alimento para seu crescimento forte,
São o amor e o convívio familiar.
Nas mãos durante o caminhar,
A bandeira da benevolência vai a frente.
As vestias devem ser afetuosos abraços
E as sandálias cerzidas com sonhos.
Na cabeça um chapéu de luar a iluminar,
No coração um por do sol aquecendo a fé.
Na alma guarda se a "Saudade"
Que reluz no olhar os amores apartados.
Renascemos a cada amanhecer.
Elise Schiffer para Rosemberg

terça-feira, 15 de outubro de 2024

2306 - Lacrimatório

 



As lágrimas tão pequeninas,
Conduzem diversos sentimentos.
Além da sensibilidade da alma,
Seguem cheias de pesar ou alegrias.

As lágrimas são como rios,
Esculpindo sabedoria no trajeto.
Ensinam navegar nas emoções
E aliviam as dores como todo bálsamo.

Quando chorar se fizer necessário,
Choremos as mazelas da alma.
O universo recolhe cada lágrima vertida.
Pois todos temos um “Lacrimatório” no céu.

Elise Schiffer

domingo, 13 de outubro de 2024

2303 - Gratidão

 


Caminhar pela vida
Tendo coragem e pouca sabedoria.
Aprender a cada passo com amor.
Juntando bônus para o final.

Todos recebemos tesouros.
Basta olharmos com gratidão.
Nada é pouco se o coração é grato.
Tenho muito mais que mereço.

Elise Schiffer



2303 - Céu

 


Céu nublado sem estrelas,
É ensinamento de esperança e paciência.
O céu nublado passará
E as estrelas voltaram a cintilar.

Céu nublado com garoa
Significa boas vindas das nuvens.
O céu nublado passará
E a garoa deixara lembranças..

Céu estrelado a cintilar
São sonhos alcançados por corações.
As estrelas deixam de brilhar ao sol,
E os sonhos formam constelações.

Céu estrelado com luar
São testemunhas de amores serenos.
Sentimentos que trilham
Por todos os tipos de céus.

Elise Schiffer

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

2302 - Viagem errante

 

   


Viagem com paradas erradas.
Levando como bagagem,
Escolhas incorretas
Com os sentimentos a frente.

Inícios sem sensatez.
Geram erros órfãos,
De sabedoria e persistência
No duro caminho do amor.

Amores imprecisos
São sementes de solidão.
Restando apenas viajar errando
E amando na seara estéril.

No fim da viagem,
Lágrimas ácidas queimam a face,
Dos tropeços infinitos.
Sobrando apenas o amor nas mãos.

Elise Schiffer

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

2301 - Semear palavras

 



Minhas palavras são sementes.
Cultivadas com esmero.
São palavras que embalam a saudade.
Perfumam a solidão enraizada.
Alimentam a alma que definha.
Desintoxicam o coração das tristezas.

Minhas palavras são sementes.
Cultivadas com esmero.
Sementes que florescem doando vida.
Perfumam corações entristecidos.
Fortalecem almas sem fé no futuro.
Preenchem os dias com esperanças.

Minhas palavras são sementes.
Cultivadas com esmero.
Palavras que formam versos de amor.
No jardim interno da alma.
Compondo e cultivando amor nas entrelinhas.
Permitindo o retorno da felicidade nos sonhos.

De Elise para Rosemberg.

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

2300 - Chegará o tempo


 












Chegará o tempo
das tristezas evaporarem.
Das alegrias reinarem
sobre as maldades.
Das mãos dadas
estarem entrelaçadas com amor.
Dos olhares sorrirem
ao reencontrarem amores de outrora

Chegará o tempo
da razão e do coração serem alma.
Da sabedoria milenar
pacificar corações endurecidos.
Da saudade transmutar se em luz
para evolução dos aprendizados.
Do perdão ser árvore frondosa
que acolhe a todos carinhosamente.

Elise Schiffer

terça-feira, 8 de outubro de 2024

2299 - O Elefante acorrentado (conto)




O Elefante acorrentado não conseguia voar.

A corrente que o prendia possuía elos fortes e pesados. Os seus sonhos eram pequenos e fracos para liberta-lo. Seu coração estava enterrado na savana familiar.

O Elefante acorrentado tentava alegrar a todos. Seus malabarismos apesar de serem cheios de amor, nunca conseguiam atenção ou aplausos.

O seu sonho era voar alto sem olhar para trás e talvez quem sabe, fazer parte e um bando de aves migratórias.

Mentira!

O tempo passou...

O Elefante acorrentado envelheceu...

A idade trouxe sabedoria e diante do final solitário, acabou descobrindo que a corrente sempre esteve solta. O seu caminhar havia sido curto e em círculos, sem nunca buscar um horizonte para si.

Na verdade a pequenez de sua trajetória acabou enroscando falsos elos de uma corrente em sua própria pata.

O Elefante acorrentado entendeu que nunca esteve preso ou tentou ser livre de verdade, que o sonho de voar era apenas para chamar atenção do seu bando, que nunca aplaudiam seus malabarismos.

O Elefante acorrentado seguiu seus dias tentando alegrar a todos que amava, não esperando mais por atenção ou aplausos, ao final de cada dia, soltava se da corrente apenas esperando o derradeiro voo libertador.


Elise Schiffer

sábado, 5 de outubro de 2024

2296 - Compaixão

 


Compaixão abra seus braços,
Envolva o mundo tão sofrido.
Alivia as mazelas das guerras,
Aquece os corações gananciosos por poder

Compaixão deite seus olhos,
Envolvendo os idosos solitários.
As crianças que vivem abandonadas,
Os animais que choram diante do sacrifico.

Compaixão acalenta as matas perante as queimadas,
Guarda os rios e as nascentes que secam.
Cuida da terra que racha de sede e fome,
Leva os corpos sem alma ao retorno do pó.

Elise Schiffer

2296 - Diante de um jardim

 

Estar diante de um jardim,
É compreender a criação no mundo.
Onde se pode sentir, pensar e respirar paz.

Estar diante de um jardim,
É conviver com borboletas, abelhas e pássaros,
Além de caracóis, joaninhas e tantas outras vidas.

Estar diante de um jardim,
É poder doar e receber amor na floração da vida.
Fertilizar a vida com um olhar carinhoso.

Estar diante de um jardim,
É estar em comunhão com a natureza,
Tendo gratidão por cada novo dia.

Elise Schiffer



quinta-feira, 3 de outubro de 2024

2294 - Jardins e flores

 


As flores.
São sentimentos com cores e aromas.

Plantar flores dói menos
Que cultivar decepções.
Tocar as flores alegram o dia
Afastando saudades do coração.
Doar tempo a um jardim é ganhar vida
Muito melhor que chorar desamores.
Os jardins são energias de amor
Purificando qualquer que seja a dor.

As flores.
São sentimentos com cores e aromas.

Plantar flores colorem a vida
Afastando o cinzento da amargura.
Acariciar as flores perfumam a fé
Fortalecendo a esperança no amor.
Observar um jardim é ganhar vida
Com olhos e pulmões cheios de amor.
Os jardins grandes ou pequenos
Purificam qualquer ambiente.

As flores.
São sentimentos com cores e aromas.

De Elise para Montanha de Rosas

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

2293 - Dores

 


Há dias que a florada das dores é exuberante,
Nestes dias restam a quietude e a contemplação.
As floradas das dores possuem tempo certo,
Basta acalmar o coração e aguardar.

Os dias de felicidades e dores alternam se,
Na grande sabedoria dos ensinamentos do amor.
As tempestades possuem tanta beleza,
Quanto o arco íris dando boas vindas.

Dores bem vividas fortalecem o caminhar,
Cintilam esperanças em céus tempestuosos.
Acomodam os velhos medos da alma,
E valorizam a preciosa felicidade.

Elise Schiffer

2293 - Flores

 


Meus olhos plantam jardins
Nos corações que envolvo.
Um coração florido
É uma declaração de amor a Deus.

Meu olhos enxergam jardins
Nos corações que envolvo.
Meu coração é um jardim florido
Cultivado pelo jardineiro Rosemberg.

Meus olhos por vezes choram flores
De um jardim cheio de saudades.
A poesia ameniza a dor nos versos
Decifrando o inexpressivo com palavras flores.

De Elise para Rosemberg

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Roda de poesia - 30/09/24 - Paquetá. (AGRADECIMENTO)

 

Onde está a felicidade?
Digo que felicidade são momentos harmônicos.
União de pequenas coisas e um olhar amoroso.
Formando assim um dia grandioso.
Daqueles que tatuamos no coração.
Felicidade é o apoio do genro para passearmos.
Estar junto de um filho num belo passeio litetario.
Andar de eco taxi pela primeira vez e adorar.
Amigos unidos com o mesmo gosto literário.
Declamar e ouvir poesias louvando a primavera.
Receber uma carta escrita a mão.e se emocionar.
Felicidade é o olhar generoso para vida hoje.
É ser grata por viver um dia de imensa felicidade.
Meu muito obrigada a todos.


Elise Schiffer





2291 - Poesia

O mundo precisa de Poesia.

Porque Poesia é amor.

amor generoso pela vida.


Poesia é doar algo de bom.

Porque Poesia é amor.

Seja qual for a inspiração.


Elise Schiffer