O silêncio atravessa o corpo,
Como uma fecha mata vagarosamente.
O tempo moroso faz a ferida queimar,
No abandono...
Na soleira da morte...
O que fazer além de sonhar?
Súplicas antigas não são recebidas no céu.
Resta ouvir a voz interior da solidão e
Declamar versos ao passado feliz em orações.
No abandono...
Na soleira da morte...
Resta o silêncio que dita regras de sobrevivência.
Restam horas infinitas que prolongam a vida.
Restam lembranças que chicoteiam a saudade.
Resta perecer...
De Elise Schiffer