A loucura faz da realidade algo suportável.
O silêncio faz-se sussurros de amor.
O caminhar apoia-se no coração cansado.
A loucura faz da realidade um templo sagrado.
Os versos são o consórcio da nova aliança.
Os poemas falam de dois num mesmo sonho.
As cartas cruzam o infinito entre vida e morte.
A loucura faz da realidade algo primoroso.
A saudade repousa na espera contínua.
O grito silencioso ultrapassa o horizonte.
A vida floresce no jardim da esperança.
A loucura uni o impossível ao inesquecível.
A solidão busca por vida no passado de glória.
A saudade incurável vence o tempo sorrateiro.
A caixa da loucura guarda a felicidade vivida.
De Elise para Rosemberg