É solidão
Procurar você todas as noites
nos sonhos.
Vasculhar cada canto e recanto nas
gavetas da memória,
E nunca conseguir chegar a você.
É exílio.
Procurar você noite após noite nos devaneios das lembranças.
É exílio.
Procurar você noite após noite nos devaneios das lembranças.
Ir ao nosso recanto,
chamar, gritar e chorar de melancolia.
Nunca me aproximar de você, a
barreira da morte impede o contato.
É afastamento.
Retornar dos sonhos cansada de
tanta dor.
Procurar não é o bastante para te
encontrar.
Não basta apenas um coração
procurar, é preciso dois a buscar.
É indiferença.
Retornar com o vazio da busca
marcado na alma.
Lembrar de cada de canto ou
chamado por você.
Vê-lo longe, nunca
toca-lo, porque me negas.
É fé da ilusão.
Procurar nos sonhos, retornar e sonhar todos os instantes.
Matar a saudade vasculhando lembranças da memória e do coração.
Poder toca-lo nas poesias ou cartas, dedicadas a ti, é a esperança.
É desfaçatez do amor.
Sonhar, procurar e retornar na busca enquanto houver vida.
Escrever, escrever mesmo que não
recebas e mesmo assim escrever.
Alterando a busca por palavras, palavras por textos e textos por sonhos.
É desvario da fé.
Esperança de procurar e encontrar.
Chorar de alegria no aconchego do abraço.
De olhos fechados, ter a mente e o coração abertos junto de ti.
Chorar de alegria no aconchego do abraço.
De olhos fechados, ter a mente e o coração abertos junto de ti.
355
De Elise para Rosemberg.