Interiormente há uma saudade silenciosa.
Com acesso ao pretérito sem toca ló.
Vive receosa ao que está para chegar.
Saudade que saboreia o sal das lágrimas,
Que realça ainda mais o sabor dos tempos felizes.
Seu caminhar é cheio de tropeços e fé.
Seus pés estão acorrentados aos grilhões da dor.
O hoje vazio é entretenimento para dor.
O pretérito companheiro de antes descoloriu.
Aguardar um fim longínquo é temeroso.
O silêncio fez se família numerosa.
O sal das lágrimas dão sabor a ceia das recordações.
Os pés cansados arrastam seus grilhões.
O chão limpo de hoje busca pelos farelos do ontem.
A casa antes amor, chora silenciosamente seu vazio.
Elise Schiffer